sábado, 8 de abril de 2006

Stock em expansão desenfreada

A principal atração das pistas brasileiras começa neste fim de semana em São Paulo.

E como convém a um evento de grande porte, cresceu. Até demais.

A Stock Car é hoje um campeonato recheado de pilotos (serão mais de oitenta em Interlagos), equipes e divisões - agora são três com a estréia da Júnior. Esta categoria tem um carrinho que mais parece o Cupê Mal-Assombrado do lendário desenho "Corrida Maluca", dotado de motor Yamaha com 1200 cilindradas e 130 HP de potência.

Enfim, o créme de la créme é a V-8, incrementada com a inscrição de 42 pilotos para a abertura do campeonato. Diversos deles com passagens por categorias do automobilismo internacional, Fórmula 1 inclusive. Casos do multicampeão Ingo Hoffmann (o mais velho do grid, com 53 anos), Chico Serra, três vezes vitorioso na Stock, Luciano Burti e de Tarso Marques, que chega para se juntar a eles e mais a Christian Fittipaldi, que está correndo nos EUA neste fim de semana.



Na ala internacional, também se imiscuem Rodrigo Sperafico (foto acima), Hoover Orsi, Felipe Maluhy, Ricardo Maurício, Wagner Ebrahim e muitos outros. Inclusive o bicampeão Giuliano Losacco e o tri-vice-campeão Cacá Bueno, que correu na TC2000 aqui pertinho, na Argentina.

É sem dúvida um grande campeonato, cujo status fica ainda maior graças a volta de um gigante adormecido do nosso automobilismo - a Volkswagen.

Criadora e incentivadora da Fórmula Supervê e da Fórmula Vê, além de injetar somas incríveis no Brasileiro de Marcas, a montadora alemã com subsidiária no Brasil demorou quase 20 anos para perceber que o esporte ainda é uma tremenda ferramenta de marketing direto entre público, fabricantes e patrocinadores.

E quando o fez, atirou no alvo. A Stock precisava se livrar do estigma de "categoria da Chevrolet" e a partir do ano passado, quando aceitou a entrada da bolha do Mitsubishi Lancer, fez valer a abertura de um leque até então inexistente no nosso automobilismo.

Como efeito, a Volks entrou e há uma fila batendo na porta do organizador Carlos Col para que uma das pretendentes (dizem que tem Renault, Ford, Toyota e FIAT na lista) entre como a quarta montadora.

E aí poderá acontecer um fenômeno que já é comum no TC2000 argentino e no DTM, na Alemanha: as montadoras se envolverem de tal forma que sejam criadas torcidas organizadas para os carros, e não para os pilotos. Nos dois campeonatos citados, isto é fato mais do que corriqueiro.

A Stock também incorpora, além da terceira marca em 2006, novidades by Nascar e by Fórmula 1. Da categoria americana, traz o sistema de playoff, onde os dez primeiros colocados até a oitava etapa vão disputar o título nas quatro últimas. Uma iniciativa interessante, mas o sistema de pontuação adotado deixa tudo muito estranho no ar.

Durante um dos programas "Linha de Chegada" da semana passada, sugeri que a pontuação começasse por exemplo de 200 para o primeiro colocado, baixando 10 pontos sucessivamente até o décimo colocado. A Nascar pré-estabeleceu um limite e o cálculo de pontos foi perfeito. Por que não fazer parecido por aqui?

Mas o que sem dúvida vai motivar os pilotos é a Superpole: um treino de dez minutos, tiro curtíssimo, sem limite de voltas, onde os dez melhores ao longo das três sessões oficiais anteriores vão se digladiar pelo melhor tempo no grid.

Tenho certeza de que será um grande campeonato. E aí, você concorda ou discorda do meu ponto de vista?

Um comentário:

Anônimo disse...

KAKA BUENO, CAMPEÃO DO STOCK CAR.
BELEZA....
GRANDE MENINO!!!!
bjs
georgia