Fui buscar na edição eletrônica do velho e bom Aurélio a definição para a palavra ídolo.
S.m. derivado do grego eidolon, do latim idolu
1. Estátua ou simples objeto cultuado como Deus ou Deusa
2. Objeto no qual se julga habitar um espírito e por isso venerado
3. Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo.
Muito bem.
Eis que o SBT de Silvio Santos tem nos "brindado" com um de seus novos programas derivados de produções internacionais, como o Supernanny copiado de uma atração do Discovery Channel.
No caso de Ídolos, a inspiração é o programa American Idol, do Sony Entertainment Television. A versão brazuca é apenas um dos filhotes do produto desenvolvido pela Fremantle Media. Tem até na Malásia e apareceu no Superig um vídeo divertidíssimo mostrando algumas figuras "cantantes".
O formato da atração criada em 2001 visa o surgimento de um novo artista pop no Brasil. A gravadora até já foi escolhida - é a Sony/BMG, uma das mais fortes do planeta. E mais de doze mil pessoas (isso mesmo, doze mil!) participaram das cinco maratonas de audição em Recife, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A triagem ceifou o sonho da esmagadora maioria, pois apenas 120 foram classificados para a segunda fase. E daí saem trinta, apenas, para aparecer o novo "ídolo" do Brasil.
E como em todo reality show que se preze, os vilões são os jurados.
Os quatro responsáveis e sofredores ao mesmo tempo, porque ouviram cada coisa que até Deus duvida, são Carlos Eduardo Miranda, o "véio" Miranda produtor de Raimundos, Skank e outras bandas boas; Thomas Roth, compositor e produtor, participante de diversos Festivais da Canção; a pernambucana Cynthia Zamorano, especialista em música eletrônica; e Arnaldo Saccomani, produtor que já trabalhou com artistas de diversas vertentes, do rock ao pagode.
É claro que, exigentes ao extremo, eles chegam a execrar publicamente diversos candidatos. Na reprise que passou (e que assisti) neste domingo, vi cenas hilárias de candidatos cantando pessimamente e depois, momentos constrangedores de devastação humana.
Quem mais pegaram pesado foram candidatos reprovados em Recife, Brasília e Porto Alegre. Um deles, um gordinho de cavanhaque, ameaçou matar Arnaldo Saccomani com uma faca se este aparecesse na sua frente novamente.
Apesar da aparição de dezenas, centenas de candidatos bizarros e hilários, alguns conseguiram convencer o júri, que disse o "sim" para gente que, inclusive, nunca cantou profissionalmente mas que mostraram firmeza na interpretação (que é à capella) e presença firme diante de tamanha pressão. Que o diga o mineiro José Alves, classificado na audição de Porto Alegre. Ele foi o último dos últimos a cantar, foi classificado e ao sair da sala, desmaiou!
Em tempo: ontem era uma reprise editada dos melhores momentos dos cinco primeiros programas.
E não é que Ídolos deu pau no programa de Eliana Dedinhos, na Record?
Das duas às quatro da tarde, o SBT esmagou a emissora do Bispo Macedo com um pico de 20 pontos na audiência. Ou seja, em dado momento do período, até a Globo perdeu pra emissora do homem-que-ri.
O formato do programa pode não ser ideal e essa coisa de reality show meio que me tira do sério. Mas assistindo despretensiosamente, gostei de Ídolos.
Mas será que vou ter paciência pra ver isso até o fim?
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