quinta-feira, 13 de abril de 2006

Nordeste Maravilha

Enquanto o automobilismo no Rio de Janeiro agoniza para morrer, em outros pontos desse Brasil o esporte, graças a Deus, ainda é respeitado.

Santa Catarina prepara-se para erguer um dos mais modernos complexos esportivos da América do Sul, sem para isso precisar de fazer arenas multiuso a troco de 15 dias de um evento de terceira categoria.

Mais do que isso: de mentes inventivas surgem propostas cada vez mais interessantes de campeonatos - e quem disse que não temos potencial e muito menos talento para investir na modalidade vai se estrepar de vez.

Lembro bem que há uns 10 anos, quando uns protótipos construídos por Pedro Virgínio viraram febre em Fortaleza, Nelson Piquet - ele mesmo, o tricampeão mundial de F-1, viu o carrinho, gostou, se amarrou e criou a Espron, com motores BMW de 1900cc. Baixíssimo custo e competitividade a toda prova.

Foi bom enquanto durou e hoje os Espron são coisa do passado.

O Nordeste, que hoje tem três pilotos na Stock - Rogério dos Santos (salve, véio Jegue!), Hybernon Cysne e Geraldo "Mano" Rola - dá luz a um campeonato muito bacana: o CTM2000.



A competição pra valer só vai rolar em 2007. Serão oito etapas - cinco no Autódromo do Eusébio, em Fortaleza, e outras três em Caruaru, interior de Pernambuco. O vizoo do carrinho (acima e abaixo) é ultra-agressivo e há a possibilidade do uso de diferentes bolhas. Só a mecânica, como na Stock Car, é monomarca. Serão usados os motores AP2000 da Volkswagen, por seu baixo custo de manutenção.



Olha, vou contar uma coisa: achei a idéia ótima e o protótipo apresentado no último dia 5 é um grande barato, um tesão.

Tem tudo pra dar certo. E conta, claro, com a minha torcida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é apenas no Rio que o automobilismo desaba. Em Goiás também (terra do medonho ex-presidente da CBA) está em estado de total abandono. O antes elogiado autódromo de Goiânia (primeira pista que o Nélson Piquet correu em sua vida, me corrija se eu estiver errado Rodrigo, antes mesmo de disputar a Formula Vê) que recebeu corridas do Mundial de Motovelocidade e era considerada a melhor do campeonato virou um deposito de lixo e quando chove do mosquito da dengue. Tirando as mini reformas que o pessoal da Fórmula Truck faz antes de sua etapa aqui na cidade (ano passado foram mais de 60 mil pessoas em todo evento) a pista fica jogada a própria sorte. O descaso é até pior do que aconteceu no Rio, que ao menos tem um projeto de revitalizar a praça esportiva depois do Pan, e em Goiânia que só vivemos de promessas a mais de 14 anos?

Rodrigo Mattar disse...

Perfeito Wallace, aliás, o autódromo de Goiânia merece um post à parte. Valeu pela dica... abração!