quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Walk Over

Quem conhece a expressão acima sabe que ela é muito ligada a esportes - afinal, Walk Over nada mais é que o famoso W.O. - o forfait largamente usado no futebol e outros esportes com bola.

Pois bem: não conheço nenhum caso de W.O. no automobilismo, pelo menos no que diz respeito a equipes e pilotos. Mas patrocinadores, sim.

No próximo domingo, durante o GP da Turquia, a marca de uísque Johnnie Walker não terá sua propaganda veiculada nas McLarens de Fernando Alonso e do líder do campeonato Lewis Hamilton. É por um simples motivo: parte do país que recebe a 12a. etapa do campeonato é de orientação religiosa muçulmana, e eles proíbem a ingestão, a comercialização e a propaganda de qualquer tipo de bebida alcoólica.

Por isso, num evento promocional de patrocinadores, o capacete e o macacão do bicampeão Alonso apareceram com um "Diageo" - que nada mais é do que a empresa fabricante do "Keep Walking".


Para quem não sabe, durante os cinco anos em que teve apoio do mundo árabe, Frank Williams teve que incluir na cláusula contratual de todos os seus pilotos - Alan Jones, Clay Regazzoni, Carlos Reutemann, Keke Rosberg, Derek Daly e Jacques Laffite - um adendo onde eles não podiam estourar a famosa garrafa de Möet Chandon no pódio e muito menos deixarem-se fotografar bebendo.

Rosberg, até prova em contrário, era um bom bebedor, mas cumpriu regiamente as ordens. Não abandonou o cigarro. E como todos os outros, às vezes comemorava no pódio com prosaicas latas de uma marca de suco de abacaxi - também de uma empresa árabe que patrocinava a Williams.

Aliás, vocês sabiam que a família Bin Laden já inscreveu seu nome num carro da escuderia inglesa?

3 comentários:

Anônimo disse...

Como é a história dos Bin Laden na Fórmula 1???

Unknown disse...

Anônimo:
http://www.google.com.br/url?sa=t&ct=res&cd=1&url=http%3A%2F%2Fwww.f1db.com%2Ff1%2Fpage%2FAlbilad-Williams_Racing_Team_1981&ei=GuPORseVA4TAmwODwvy-CQ&usg=AFQjCNHMowMGco-vA4Sk-NuIT7Pg2PvdhQ&sig2=4hYWgd_T3nwrk9FfabQ0gw
A rede de hotéis pertence a um dos 200 irmãos do cara do turbante que quer explodir os States.

De todo o post a única novidade para mim foi a do suco de abacaxi em lata. Deve ser intragável...

Anônimo disse...

O caso mais vergonhoso de W.O. na F1 foi o GP de Indianápolis de 2005, quando as equipes com pneus Michelin se recusaram a correr...
Abraço