sábado, 4 de agosto de 2007

Piquet II - a missão

Notícia que tornou-se pública ontem, depois dos treinos livres: a Renault assinou contrato de piloto titular com Nelson Ângelo Piquet. A partir de 2008, portanto, veremos o primeiro sobrenome tricampeão do mundo de volta à categoria máxima, dezessete anos depois da aposentadoria de Piquet pai.

É uma novidade que já era esperada e enche os fãs do clã Piquet de orgulho. Afinal, todo mundo espera e torce para que a segunda geração seja tão vitoriosa quanto a primeira. Herdeiro do nome e do sobrenome do pai, Nelsinho foi um piloto de currículo muito positivo em todas as categorias, desde o kart, passando pela Fórmula 3 - com um título sul-americano em 2002 e outro do inglês, em 2004 - e chegando na GP2, onde foi o mais difícil rival de Lewis Hamilton no ano passado.

Correndo na equipe que o pai montou para gerir sua carreira até a chegada na F-1, ele mostrou sempre muita velocidade e venceu corridas ano passado de forma incontestável, como provado na rodada dupla da Hungria e na primeira prova disputada em Istambul - exemplos que ilustram muito bem do que ele foi capaz.

Como piloto de testes de uma escuderia (a Renault) que ainda não digeriu a perda do bicampeão Alonso e tampouco se adaptou por completo aos pneus Bridgestone, ele mostrou grande dose de amadurecimento e comprometimento com a escuderia, estando presente em todos os treinos e corridas do ano - aliás, como todo bom aprendiz de piloto de F-1 tem que fazer.

Porém, a notícia que foi divulgada ontem ainda não tem status "oficial", conforme a assessoria da Piquet Sports faz questão de frisar. No desmentido, a Williams ainda está na disputa pelo passe do jovem piloto brasileiro, e a Renault "anunciará" a sua dupla de pilotos no GP da Itália, em Monza.

Bom... a Renault pode se dar ao direito de fazer isso, mas conhecendo o mundo da F-1 como eu conheço há mais de 20 anos e acostumado com tantos desmentidos, posso afirmar que dessa fumaça vai sair labareda. Nelson Ângelo Piquet é, sim, piloto da equipe francesa para 2008.

Fisichella e Kovalainen que saiam na porrada em busca da vaga restante, pois.

Em tempo: na enquete que propus sobre a recusa de Nelsinho para correr na Spyker já neste ano, 80% dos votos foram para a opção de que ele agiu de forma certa e os restantes 20% achavam que ele deveria aproveitar a chance para ganhar quilometragem.

É... parece que ele já sabia - e muito bem - do seu destino.

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