segunda-feira, 6 de novembro de 2006

O inferno é pouco pro que Saddam fez

Não sou xiita, embora seja neto de muçulmanos. Contudo, compartilho da mesma satisfação que eles, ao abrir o jornal e me deparar com a notícia de que o ditador iraquiano Saddam Hussein está com os dias contados.

Genocida como o sérvio Slobodan Milosevic, Saddam ordenou sem dó nem piedade a morte de 180 mil curdos nas campanhas militares de Anfal, circa 1987-1988. Por este e outros crimes, foi condenado à morte por enforcamento.

Os cientistas políticos não duvidam que este anúncio da pena de morte do ex-ditador tenha caído como uma luva para as pretensões políticas do presidente George W. Bush. Afinal, às vésperas de eleições parlamentares nos EUA, os republicanos estão por um fio.

O partido do atual governo corre o risco de ser minoria no legislativo e isso seria a pá de cal num governo que, se não foi completamente caótico, foi sem dúvida um dos mais desastrosos que se tem notícia - pior do que os do falecido Ronald Reagan, um ator de terceira categoria que sentiu o gostinho da política, foi governador, cresceu e virou presidente.

Nesta eleição de quarta-feira, onde cerca de 200 milhões de eleitores deverão ir às urnas (lá o voto é facultativo), serão eleitos os 435 membros da Câmara dos Representantes e um terço do Senado.

Se os democratas conquistarem seis cadeiras no Senado e pelo menos 15 na Câmara, será um duro golpe para Bush. E fica evidente que a guerra no Iraque só recrudesceu a antipatia da população e dos políticos de oposição pelo atual governo.

Também, com essa mania que os EUA têm em querer meter o bedelho em tudo...

Mas não tem nada não. Mesmo que os americanos estejam politicamente (quase sempre) errados, a condenação de Saddam é justa, embora aqui e alhures algumas vozes se manifestem contra prática tão cruel.

Querem saber mesmo? O inferno é pouco para o que ele fez... vá, Saddam, e fique por lá de vez!

Um comentário:

Luly disse...

Eu tbm achei justa a condenação... a mesma pena que ele costumava dar, agora vai experimentar.
Luly.