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terça-feira, 11 de julho de 2006
A porta da rua é a serventia da casa...
É moçada... Juan Pablo Montoya é página virada na Fórmula 1.
A partir deste fim de semana, seu lugar na McLaren passa às mãos do espanhol Pedro de la Rosa, que promete agarrar a chance de ouro de sua carreira com todas as forças.
Trazido em 2000 a peso de ouro por Frank Williams, JPM nunca esteve realmente à altura de tamanha expectativa.
Claro que quando cometeu uma soberba ultrapassagem sobre Michael Schumacher no Esse do Senna em Interlagos, muitos vislumbraram ali a nova ameaça ao predomínio do alemão - que ganharia todos os títulos daquela data até o ano passado.
E tem uma pergunta que martela a minha cabeça constantemente:
Por que cargas d'água sua presença na F-1 resultou em fracasso retumbante?
Eu acho que foi uma mistura de vários fatores.
Primeiro, o fato dele não ser realmente profissional. Montoya nunca cuidou da forma física e principalmente da parte mental. Sempre pareceu despreocupado com todos esses aspectos e isso se refletiu em suas atitudes dentro e fora das pistas.
Seu manager é Julian Jakobi, um mercenário na mais pura acepção da palavra - só pensa em dinheiro. E para completar, o pai do piloto, Diego Montoya, só quer saber de aumentar sua coleção de carros nos EUA.
Segundo, as seguidas bobagens que fez dentro e fora das pistas em seu período de McLaren. A do ano passado ninguém engoliu. Quebrar o ombro jogando tênis?
Nem se o Guga imitasse Daiane dos Santos, dando um duplo twist carpado!
Montoya omitiu que andou de moto e por isso se machucou feio, ficando fora de duas corridas.
Este ano, bateu em Nico Rosberg no GP do Canadá e provocou o salseiro que tirou, na primeira curva, sete carros do GP dos EUA em Indianápolis, incluindo claro o seu monoposto.
Talvez de saco cheio de tudo isso que acontecia consigo e à sua volta, num ambiente péssimo que ele mesmo criou, o colombiano foi pedir arrego e socorro a ninguém menos que Chip Ganassi - o mais cruel dos chefes de equipe do automobilismo contemporâneo.
"Me convença que você pode correr pra mim de novo", teria dito Chip no primeiro contato telefônico entre os dois.
E Montoya o convenceu o suficiente para conseguir - ora vejam - uma vaga na Nascar, a Stock Car americana, a principal categoria do automobilismo ianque.
O anúncio foi feito com pompa e circunstância no Chicagoland Speedway, onde houve corrida no último fim de semana. E a ousadia de Montoya em se transferir para a Nascar lhe custou o emprego na McLaren - pois quebrou uma cláusula do contrato.
Demitido, "saído" pela porta dos fundos, JPM provavelmente estréia na Nascar já este ano.
E convenhamos: lá nos Estados Unidos ninguém vai se preocupar com a pouquíssima forma física do colombiano. Ele vai poder abusar dos hambúrgueres e cachorros-quentes o quanto quiser.
Além do mais o carro tem bastante espaço e Tony Stewart, o atual campeão, é bem gordinho.
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3 comentários:
Aonde é que eu assino ?
Texto perfeito, sintetizou a carreira de Montoya na F-1.
Na realidade Montoya não serve pra F-1 atual. Ele ainda pensa que está nos EUA correndo de Ganassi aonde poderia dar ataques histéricos com os mecânicos e com o chefe de equipe na frente de todo mundo. Na Europa a história é outra amigo...
Juan Pablo Montoya teve tudo para fazer sucesso na F-1, bastava dançar conforme a música que os resultados e os títulos chegariam.
Não dançou, acabou dan-çan-do.
Vai dançar agora na Florida aonde ao menos tem que o auture e aplauda ao mesmo tempo.
Mesmo Assim Rodrigo, Para mim a formula 1 ira perder muita coisa sem o Montoya, vai perder a ousadia, o Arrojo e a Garra de um Latino. Pena mesmo, Montoya tem Lugar na f-1 Com Certeza. Espero que na nascar ele traga uma atenção maior para os brasileiros.
Não é por nada não, mas a partir do ano que vêm a Nascar vai ocupar o espaço que um dia pertenceu a Indy: a de categoria que poderá disputar a hegemonia do automobilismo mundial com a F-1 só que ao contrário da antiga Indy a Nascar não possui problemas políticos e tem muito mais profissionalismo administrativo.
Cuidado F-1!
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