Fico triste sempre quando tenho que escrever sobre alguém que vai para o andar de cima.
Mas confesso que estou mais chateado ainda porque o teatro, o cinema e a TV brasileiros perderam um grande nome nesta terça-feira: Raul Cortez.
O ator, de 73 anos, vinha lutando contra um câncer desde meados de 2004 - doença que o afastara de sua última novela, "Senhora do Destino", onde interpretava o Barão de Bonsucesso.
Alto, de família rica, Raul Cortez começou a carreira artística em 1955, levado por Ítalo Rossi para o Teatro Paulista do Estudante, dirigido por Oduvaldo Vianna Filho, o inesquecível Vianinha. E daí até seu trabalho mais recente - a minissérie "JK", de Maria Adelaide do Amaral - não parou mais. Interpretou os mais diversos tipos, de travestis a ricaços, em peças escritas por autores tão díspares como Gorki, Garcia Lorca, Jorge Andrade, Nelson Rodrigues e Edward Albee.
Foi casado com a atriz Célia Helena, com quem contracenou na novela "Partido Alto", de Janeth Clair - dois anos depois de interpretar o polêmico personagem Miguel Fragonard, em "Água Viva".
Seus personagens mais marcantes na telinha foram o fazendeiro italiano Jeremias Berdinazzi, rival de Bruno Mezenga (Antônio Fagundes) em "O Rei do Gado" e Gennaro, pai de Toni (Reynaldo Giannechini) em "Esperança".
No cinema, ele fez trinta filmes, entre eles "Roberto Carlos a 300 km por hora", no papel do empresário Rodolfo Lara.
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