Em meio ao turbilhão em que me envolvi durante a Copa, passou batida por mim uma perda do mundo da música.
Morreu no último dia 7 aos 60 anos de idade o fundador do Pink Floyd, Syd Barrett.
Guitarrista dos bons, ele foi um dos primeiros a explorar a capacidade de distorcer sons com o seu instrumento. E ao mesmo tempo que mostrava toda sua criatividade no primeiro disco do grupo - "The Piper at The Gates of Dawn" - lançado em 1967, tornou-se dependente de drogas psicotrópicas, especialmente LSD.
Chapado de ácido, ele dificilmente rendia nos shows do grupo e, pior, passou a apresentar um comportamento imprevisível que preocupou a todos.
Como não melhorasse, acabou dispensado do grupo em 1968, quando já gravara em estúdio partes do segundo disco do Pink Floyd, intitulado "A Saucerful of Secrets". Imediatamente David Gilmour foi chamado para seu lugar e por lá permaneceu até o fim do grupo, há uns dois anos.
Mesmo se desintegrando como homem e especialmente como músico, ele ainda gravou dois discos-solo. Provavelmente "The Madcap Laughs", lançado em 1970, continha muitas músicas escritas por ele que não foram usadas nos dois primeiros álbuns do Pink Floyd - porque já nessa época ele não conseguia mais produzir nada.
Nos últimos anos, Barrett vinha sofrendo de diabetes e ocasionalmente foi hospitalizado para se tratar. Porém, a doença veio pagar-lhe a conta de abusos cometidos ao longo de sua vida. E na última sexta-feira, em Cambridge, ele partiu para o andar de cima.
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