sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Os F-1 que nunca correram - V

Dando seqüência à série de projetos de F-1 que nunca foram para as pistas por força de regulamento ou porque foram grandes fracassos, a sexta-feira apresenta uma dessas "bombas" que entraram para a história por seus pífios resultados.

A estrela da vez é o Coloni C3, de 1990.



A pequena equipe italiana arriscou o pouco prestígio que tinha na época como integrante do fim do pelotão. Enzo Coloni encomendou ao holandês Christian Vanderpleyn um novo carro, que seria impulsionado pelo motor Subaru de 12 cilindros opostos a 180º, desenvolvido pelo engenheiro Carlo Chitti (Motori Moderni). Como efeito do contrato, a Fuji Heavy Industries, dona da Subaru, tornou-se sócia do time e Yoshio Kataoka foi guindado à condição de presidente da Coloni-Subaru.

Consta que antes do acordo fechado com a Coloni, esse mesmo propulsor fora instalado num chassi Minardi M189 para testes e Giancarlo Minardi, ao perceber o tamanho da encrenca (ou seja, que o motor era uma bosta), caiu fora rapidinho.

Muito embora o time de Giancarlo não tenha feito um único ponto em 1990, pelo menos a Minardi era presença constante nos grids. A Coloni, coitada, mesmo contando com o franco-belga Bertrand Gachot, jamais conseguiu extrair velocidade do bólido.

Em Phoenix, com problemas na caixa de câmbio, Gachot sequer completou uma volta na pré-classificação. No Brasil, o carro foi 10 segundos mais lento que o Lola-Lamborghini de Eric Bernard. Em San Marino, ficaram a uma posição da vaga, mas seis segundos mais lentos que o brasileiro Roberto Moreno.

Como o panorama continuasse desalentador e brigas internas prejudicassem o ambiente, Enzo Coloni saiu da equipe em maio. Os desastres prosseguiram em Mônaco e no Canadá. No México, a altitude ajudou que Gachot ficasse a apenas 3 seg do melhor tempo, insuficiente porém para se classificar.

Em Paul Ricard, o carro não marcou tempo. Na Inglaterra, a novela de sempre. E antes do GP da Alemanha, a Subaru desistiu da aventura. O Sr. Kataoka voltou para o Japão e Enzo Coloni foi reconduzido ao comando de sua equipe.

A partir de Hockenheim, entrou em ação a versão B do chassi C3, com motor Ford Cosworth DFR. Não adiantou nada: a Coloni estava fadada ao fracasso e mesmo com a insolvência da Life e da Eurobrun nas etapas finais, Gachot jamais conseguiu se classificar para qualquer corrida naquele ano de 1990.

3 comentários:

Anônimo disse...

Grande Rodrigo,

como vc mesmo falou o motor era da subaru cuja dona é a Fujy Heavy Industries e com efeito do nome dizem que o motor era pesadíssimo, além beber muito e não ser dos mais potentes, enfim uma porcaria completa, foi uma conjunção que se tinha tudo para dar errado, e deu ! hehehe

Não tenho certeza mas acho que a Koenigsegg chegou a usar ou testar no inicio de suas atividades, esses motores, sem qualquer ligação com a Subaru e sim com o Chiti, que teria vendido o projeto a eles, mas depois passaram a usar um v8 bloco Ford e atualmente no seu novo modelo CCX um v8 com bloco de fabricação própria.

Anônimo disse...

Um detalhe interessante é que esse motor foi usado também em 1990 no Alba AR20 em Silverstone,não se classificou.
Em 93 um carro esportivo acho que feito em Monaco, o MIG M100 usou o boxer12 em Le Mans ,mas não classificou também.
Foi uma época que apareceu um monte de novidade, teve aquele motor boxer da Mercedes que foi o maior fiasco,ai compraram a Ilmor.

Jonny'O

Anônimo disse...

Fala Jonny´O

esse motor mercedes não foi tão mal assim não !

eles tiveram até bons resultados como segundo lugar em Silverstone e até ganharam em Autopolis no Japão !

mas realmente eles sofreram muito com problemas de lubrificação (que foi resolvido) mas o motor continuava muito pesado +/- uns 170kg oque certamente limitava a performance.