No próximo dia 16, há 30 anos, aconteceu o passamento de um ícone de toda uma geração:
Elvis Aaron Presley.
O cantor do Memphis, descoberto por um holandês alcunhado Coronel Tom Parker e depois apadrinhado por Sam Phillips, executivo da Sun Records, despontou para a música aos 16 anos e causou furor com seu rebolado que lhe valeu o apelido "The Pelvis" - censurado de saída em diversos estados e na televisão, em suas fulgurantes apresentações.
Logo foi alçado à condição de Rei do Rock e mesmo quando serviu o exército como pracinha na Alemanha, sua popularidade jamais diminuiu.
Elvis não se contentou em ser apenas um cantor capaz de despertar o tesão nas mulheres estadunidenses e do mundo afora. Quis ser ator e, embora os roteiros dos filmes dos quais participou fossem duvidosos, não decepcionou - embora estivesse longe de ser um Marlon Brando. Ele incendiava corações ao atacado e a sueca Ann-Margret, de rara beleza, rendeu-se aos encantos do Rei do Rock. Os dois tiveram um caso rumoroso durante as filmagens de "Viva Las Vegas", em 1963 - que vem a ser um dos maiores sucessos da carreira cinematográfica do cantor.
Que, por sinal, gostava muito de outros artistas roqueiros. Nessa mesma época, encontrou-se com os Beatles e nos anos 70, já na fase gospel (e gordíssima), o cantor fez questão de mencionar a presença do Led Zeppelin num de seus espetáculos, pedindo os aplausos das fãs a Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John 'Bonzo' Bonham.
Mesmo tido como decadente, ele ainda arrastava multidões e vendeu milhões de discos, além de protagonizar o ótimo documentário "Elvis é assim", que imediatamente após seu lançamento nos EUA em 1971, veio ao Brasil. Também é antológico o registro de um show gravado no Havaí, em 1973, que marcou o retorno triunfal de Elvis Presley depois do fim de seu casamento com Priscilla Beaulieu. O show foi exibido também por aqui pela TV Tupi e no mundo inteiro, atingindo a casa de 1,5 bilhão de espectadores - algo inédito para a época, atestando a imensa popularidade do cantor.
Daí até o fim de sua vida, apresentou-se em grandes ginásios, arrebatando o público e cantando como sempre, mesmo com a saúde cada vez mais deteriorada pelo uso contínuo de barbitúricos e outros medicamentos para se manter em condições de fazer mais de 100 espetáculos / ano.
Então, na manhã de 16 de agosto de 1977, na mansão Graceland em Memphis, Tennessee, o pior aconteceu: Elvis morreu em virtude de um colapso cardíaco e o anúncio da perda provocou imensa comoção mundial, como raras vezes se viu / ouviu em relação a qualquer artista. Seu falecimento foi chocante porque o cantor tinha apenas 42 anos de idade, mas de certo modo previsível dadas suas condições de saúde, cada vez piores.
Como todo artista que perece cedo, Elvis foi alçado à condição de mito instantaneamente. Sua obra é cultuada no mundo inteiro, seus discos ainda vendem milhares de exemplares, a mansão Graceland tornou-se um santuário da vida e da obra do Rei do Rock, e ele é sem dúvida o artista mais coverizado da história - muito mais do que Beatles e Michael Jackson, especialmente por fãs e cantores trajados com roupas baseadas no figurino do cantor nos anos 70. Um deles levou a coisa a sério: Tortelvis, cantor da banda Dread Zeppelin, que se apresenta com roupas remetendo o show de Elvis no Havaí, tem timbre vocal bem semelhante ao do ídolo e lidera uma banda que toca músicas dele - e do Led Zeppelin - em ritmo de reggae.
E como até o dia 16 teremos muito o que homenagear Elvis Presley, segue um vídeo do cantor arrebentando em um de seus clássicos: "Heartbreak Hotel". E repare que ele é mostrado apenas da cintura para cima...
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