sexta-feira, 30 de novembro de 2007

30 vezes Audi

Dezenas de vezes, a presença da Audi é invocada na Fórmula 1 porque para os fãs do automobilismo é um acinte que a marca que pertence ao grupo Volkswagen até agora nunca se interessou na categoria máxima.

E parece que não será num futuro próximo que isto vai acontecer.

A montadora sediada em Ingolstadt anunciou hoje no Essen Motor Show seu programa de motorsport para 2008, contemplando 30 eventos - mais do que no ano passado - porque a Audi investirá numa presença a tempo inteiro na... Le Mans Series.

Sim! Depois da passagem do R8 pela categoria em 2004 e 2005, no próximo ano a categoria verá o duelo Audi x Peugeot - ambos os protótipos com motores turbodiesel. Os franceses venceram as seis corridas neste ano, e se prosseguirem na LMS não terão a menor moleza.

A preparação do único Audi R10 TDi confirmado na categoria e que estréia nos 1000 km de Barcelona, ficará a cargo do lendário Reinhold Joest, vencedor dos 500 km de Interlagos em 1972, com um Porsche 908/3. Os pilotos não foram confirmados, mas tudo indica que serão Alexandre Prémat e Mike Rockenfeller, que correrão no DTM - o Campeonato Alemão de Turismo.

A Audi seguirá na ALMS, que tem 11 etapas previstas para 2008, com dois carros e quatro pilotos: Dindo Capello, Allan McNish, Marco Werner e Lucas Luhr, cuja escolha foi uma surpresa. Frank Biela e Emanuele Pirro correrão em Le Mans, Sebring e Road Atlanta. Em Le Mans, a marca inscreverá três protótipos, com os mesmos pilotos de 2007.

Os 30 eventos da Audi em 2008 serão:

DTM - 12 etapas
American Le Mans Series - 11 etapas
Le Mans Series - 6 etapas
24 Horas de Le Mans

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Alonso em outra direção?!?

Lembram quando um passarinho me contou em Jacarepaguá que um piloto experiente tinha ido conversar com Ron Dennis e que o destino de Alonso em 2008 passava por uma terceira opção, sendo que as outras duas eram Renault e Red Bull?

Pois é, camaradas... o asturiano, para surpresa geral, pode parar na Honda. Pelo menos é o que diz o Mundo Deportivo em seu site nesta quinta-feira, com base em reportagem do semanário alemão Sport Bild. Segundo informações, Alonso já teria ido a Brackley - sede da equipe - e experimentado banco e pedais para se adaptar melhor ao RA108.

A Honda quer passar uma borracha na péssima temporada deste ano e já contratou Ross Brawn para ser o diretor-geral, o dínamo da virada que a montadora japonesa precisa para esquecer o que passou com o pior carro que a Fórmula 1 viu em 2007. E nessa história toda, fica a pergunta:

Se Alonso assinar, quem sai? Button? Ou Rubens Barrichello?

Cartas para a redação.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Container

Muitas vezes já expressei minha admiração a figuras da MPB como Mutantes, Chico Buarque, Elis Regina, Raul Seixas, Rita Lee, Sérgio Sampaio, Erasmo Carlos, Tim Maia e outros mais. E também meu pouco - ou quase nenhum - apreço a gente do naipe de Marisa Monte e Caetano Veloso, por exemplo.

"Gosto não se discute", eu sei. "Lamenta-se", responderão os que defendem os artistas que acho dispensáveis e/ou pretensiosos em seu trabalho. E porque não dizer, chatos!

Deste modo, listo seis nomes da música nacional que realmente eu reputo como tremendas malas-sem-alça!

Oswaldo Montenegro, talvez a pior herança da cena musical de Brasília, chato até o osso, autor das canções "Agonia", "Bandolins", "Condor", "Lua e Flor" e outras que só de ouvir me dão asco;

Los Hermanos, o cultuado e agora (felizmente) extinto grupo pop que virou para a juventude de hoje o que era a Legião Urbana na minha época. Com a diferença que a Legião tinha o Renato Russo;

Marisa Monte, a cult-cantora que quer ser a Elis Regina da vez;

Arrigo Barnabé, o chato-maldito que nunca saiu da cena independente musical, made in Londrina e que provavelmente segue por aí;

Ana Carolina, mais uma entre as "n" cantoras (cantoras?) que se auto-intitulam de personalidade, com voz grossa e músicas chatíssimas;

e Caetano Veloso, mui possivelmente o primeiro a quem pôde ser conferido o rótulo de pentelho na MPB. Criador notório de casos, inteligente, porém pernóstico, e afetado demais.

A eleição já começou e você pode escolher o "mais mala" da MPB. Uma amiga minha fez questão de liderar uma campanha de votos pró-Caetano pro Oswaldo Montenegro não ficar em primeiro. Mas tudo pode acontecer.

Participe!

Bizarrice pouca é bobagem!

Aproveitei que o Flavinho Gomes postou um link em seu blog sobre um fórum português de automobilismo - e também a Tyrrell 012 do Alboreto que eu coloquei mais abaixo - e fui visitá-lo para descobrir mais coisas bizarras no esporte.

Já tinha visto os F-1 com aerofólios traseiros montados na frente, carros com candelabros, chifres, ventoinha, asa no limite mínimo do regulamento, mas como este carro aqui da foto abaixo, eu nunca vi!


Este é um Brabham F2 pilotado por ninguém menos que Jochen Rindt numa prova disputada na França - possivelmente em Reims ou Rouen Les Essarts. O ano, palpite puro, é 1968 - uma vez que o austríaco corria com um carro da equipe de Jack Brabham na Fórmula 1.

A que os pilotos tinham que se submeter para os primeiros estudos de eficiência aerodinâmica no automobilismo...

É dando... que se recebe?

Mais uma para a série de "coisas bizarras que você jamais achou que veria na internet". O texto foi extraído do G1, no portal globo.com.

Uma prostituta chilena ofereceu doar o dinheiro que arrecadar por 27 horas de seus serviços para um evento beneficente anual em favor de crianças carentes.

María Carolina, uma prostituta que disse cobrar US$ 300 (cerca de R$ 550) por uma hora e meia de serviço, contou à agência Reuters que um de seus clientes já comprou "horas de amor" para ajudar o evento, que se baseia em doações privadas, e que será transmitido pela TV chilena ao vivo a partir desta sexta-feira (30).

"As 27 horas de amor já repassei entre os meus clientes e não significa que vou ficar 27 horas ocupada, ainda que assim teria rendido mais dinheiro, mas as repassei por menos", disse María Carolina.

A mulher afirmou ainda que como mostra de suas "boas intenções" publicará em sua página na internet o comprovante de depósito no banco que colabora com o evento beneficiente.

A presidente do Sindicato Nacional Independente de Trabalhadores Sexuais, Marcia Poblete, apoiou a iniciativa, mas disse ao jornal "Las Ultimas Noticias" que muitos integrantes da associação colaboram com a campanha, só que de forma anônima.

'Limite moral'
O apresentador do programa na TV, o animador Mario Kreutzberger, conhecido como Don Francisco, não está contente com a forma incomum de doação da prostituta.


"Claro que está fora dos meus limites morais. Eu não posso apoiar isso", disse Don Francisco ao "Las Ultimas Noticias". "O Teletón se realiza dentro dos limites legais e morais", acrescentou.

Dançou... e ganhou!

O texto é do Globoesporte.com

Rei das pistas de corrida, Hélio Castroneves provou nesta terça-feira que também é bom nas pistas de dança. Ao lado da dançarina Julianne Hough, Helinho se sagrou campeão da quinta edição do “Dancing with the stars”, quadro-irmão do “Dança dos famosos”, do “Domingão do Faustão”.

- Vai ficar muito bonito junto com os meus dois troféus da Indy 500. Estou chocado. Não estava esperando por isso. A Mel é uma dançarina incrível – disse ele, elogiando a sua adversária na final, a spice girl Melanie Brown, em matéria do site “ESPN”.

O carisma de Helinho e a experiência de sua parceira, campeã da quarta edição, contaram muito na decisão da competição. Na final, o piloto e sua parceira chegaram um ponto atrás dos adversários. Na primeira participação, a dupla empatou a disputa, decida apenas na última prova.

A pergunta que não quer calar:

O troféu Borg-Warner, onde o rosto do vencedor fica incrustado, não é entregue ano após ano? Então... por que é que Helinho diz que tem dois troféus? Será que se referem aos anéis que de fato ele tem?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Raridade "by Tyrrell"

Mesmo em épocas de vacas magras, a Tyrrell sempre foi lembrada como uma das equipes mais criativas da Fórmula 1 moderna. Nos tempos da Elf, quando a gaita não era pouca, houve o famosíssimo carro de seis rodas - o P34.

Nos anos que antecederam seu fim, antes de ser comprada pela British American Tobacco, graças ao talento de Harvey Postlethwaite e sua trupe de engenheiros, ainda vimos coisas interessantes como o bico alto estilo "asa de gaivota" usado nos modelos 019 e 020, os candelabros que apareceram no 025 e no 026 e também experiências com quatro pneus dianteiros nos treinos em Hockenheim para melhorar o arrasto aerodinâmico.

Em 1983, ano da última vitória da história da equipe, a Tyrrell fez metade do campeonato com o modelo 011 modificado de acordo com o regulamento vigente e estreou o 012 na parte final, com Michele Alboreto experimentando a primeira versão do carro. O que pouca gente sabe é que esse Tyrrell tinha também uma invencionice - um aerofólio traseiro em forma de V, como visto nos treinos livres para o GP da Áustria, em Zeltweg.

Alboreto e o Tyrrell "asa em V" na única aparição desse artefato, em Zeltweg/1983




Como a experiência não foi bem-sucedida, ela acabou abortada e não se sabe se a FIA proibiu aerofólios ou artefatos aerodinâmicos do gênero. Mas que foi uma sacada e tanto, ah isso foi... não faltava genialidade ao pessoal da Tyrrell. Faltava era dinheiro.

Reeleito

Até já se esperava: Roberto Horcades é reeleito para mais três anos de mandato à frente do Fluminense Football Club. O cardiologista de 60 anos de idade conseguiu na votação realizada hoje nas Laranjeiras um total de 901 votos. Peter Siemsen, principal candidato de oposição, conseguiu 631 e Paulo Mozart, o grande azarão do pleito, teve apenas 215. Houve também onze votos nulos e um em branco.

A expressiva votação de Siemsen não permitiu que Horcades elegesse a totalidade dos 150 membros indicados para o Conselho Deliberativo do clube. Quinze dessas cadeiras serão da oposição, o que é um bom sinal para o Fluminense - que viveu um clima pacífico entre os correligionários dos três candidatos durante todo o período de campanha.

Uma prova cabal disto foi uma manhã em que estive no clube na companhia de amigos. No Bar do Tênis, duas ou três mesas tinham a turma de Peter Siemsen. Outras tantas, os adeptos da situação, alinhados com Horcades. E também os que apoiavam Paulo Mozart. Tudo na mais absoluta cordialidade.

Agora cabe a Horcades responder algumas perguntinhas que não querem calar:

- Será que ele terá coragem de dizer que a dívida ativa do clube, estimada em R$ 136 milhões, é impagável?

- Ele vai fazer mais três anos de mandato pra turma da piscina ou para o carro-chefe do clube, que é o futebol?

- Conseguirá o presidente arrancar mais dinheiro do patrocinador?

- Quando é que o Fluminense deixará de ser subserviente ao Eurico Miranda, balançando a cabeça ao estilo "seu mestre mandou", para tudo o que o nefando dirigente vascaíno consegue na FERJ?

- Teremos um time competitivo para a Libertadores?

- Ou será que Horcades vai viver da glória isolada da Copa do Brasil?

Aguardemos...

Clip da semana - "Inside Looking Out"

O Grand Funk Railroad, ou simplesmente Grand Funk, é um dos melhores grupos estadunidenses de rock and roll de sua geração. Entre 1969 e 1976, marcaram território gravando alguns dos melhores discos da época e músicas que foram #1 das paradas, casos de "We're an american band", clássico de 73 e "The Locomotion", lançada um ano depois. Anos mais tarde, em ritmo house, essa canção seria gravada pela australiana Kylie Minogue.

Quando surgiram, todos os integrantes eram pós-adolescentes e com aquela garra básica de qualquer iniciante. Mark Farner (guitarra e vocais), Mel Schacher (baixo) e Don Brewer (bateria) sequer tinham 20 anos completos.

Esse élan básico para tocar um bom e honesto rock, o Grand Funk tinha de sobra. Nos três primeiros anos, tocaram como um autêntico power-trio, evocando o Cream e o Experience de Jimi Hendrix, grupos que tinham a formação "básica" guitarra-baixo-bateria.

Uma grande amostra do punch do grupo é esse vídeo, gravado em 1969 para a emissora PBS na Pensilvânia. Mark Farner e companhia arrasam tocando "Inside Looking Out". Os ouvidos mais atentos vão prestar atenção na levada funky do baixo - o que remete também a outro lendário grupo da época: o Parliament/Funkadelic, de George Clinton.

Ah... o Grand Funk continua na ativa, mas Mark Farner já está fora faz tempo. Schacher e Brewer seguem na banda, que hoje é um quinteto.

Melhor lembrar do quanto eles eram bons e competentes no passado.

Governar é...

Lá vou eu mexer em vespeiro, mas e daí?

O Brasil atinge pela primeira vez em dezessete anos o ranqueamento da ONU para um país ser considerado de "alto desenvolvimento humano". Isto significa que o Brasil passou a ter o IDH igual ou superior a 0,800 - situando-se portanto na septuagésima posição neste levantamento.

Nesse período, houve quatro presidentes diferentes - Collor, o que não completou seu mandato, Itamar Franco, FHC - que ficou oito anos no poder, e agora Lula, que caminha para os mesmos oito anos, mas com uma ressalva, dita pelo próprio presidente em entrevista dada ao Jornal da Record, nesta terça-feira.

"Obviamente que se comparar a formação intelectual do Fernando Henrique Cardoso, ele é muito mais estudado do que eu. É verdade que ele teve mais anos de escolaridade. Mas é verdade que eu sei governar melhor do que ele", afirmou.

"Quando eu terminar o meu governo em 2010, 190 milhões de brasileiros e quem mais quiser vão fazer uma investigação sobre o que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez na educação durante oito anos e o que eu fiz na educação", disse Lula.

FH, que como todos sabem, é sociólogo com mestrado, doutorado, PhD e o escambau, desanda a falar - demais - sobre o governo do PT e quando recebe respostas como estas, vem a público fazer beicinho. E como presidente, todos sabemos que seu governo foi pífio. Oito anos marcados por omissões, recessão, e uma série de escândalos que nunca vieram à tona porque ele e seus aliados fizeram grandes manobras nos bastidores para que nenhuma CPI resvalasse em "Viajando" Henrique Cardoso - como era comumente sacaneado pela turma do Casseta & Planeta.

Hoje mesmo, revendo alguns tópicos na época da eleição, lembro do candidato de oposição, o histriônico Geraldo Alckmin, prometendo vender o Aerolula pra fazer... hospitais? Seria isso mesmo?

Bem, eu não me lembro... mas... e do Alckmin, alguém se lembra? É que nem o ex-presidente... é um fantasma que insiste em querer assombrar a vida alheia, mas é tão sem graça que nem merecia ser comparado ao Gasparzinho, por exemplo.

Lula tem que lidar com heranças malignas e paga um preço muito caro por isso. É bem verdade que o Brasil ainda é dividido em duas metades enormemente separadas por um abismo social e econômico. Nós temos o "Brasil-Bélgica" e também em contraponto o "Brasil-Índia". Diminuir esse tremendo fosso é obrigação de qualquer governo e o presidente tem feito bem a sua parte.

Até porque, como a gente bem sabe, não foi ele quem chamou aposentado de "vagabundo" - mais uma prova de que o antecessor de Lula fala muita besteira quando quer. FH faz parte exatamente do "Brasil-Bélgica", aquele que desde o mundo é mundo está bem-resolvido. E é essa turma que torce o nariz pro povo que vem mais abaixo, e que não deixa nunca o Brasil crescer dentro de si mesmo.

Mas presidente, fique tranqüilo. Que você sabe governar melhor que o seu antecessor, isto qualquer brasileiro consciente sabe. E muito bem.

Vai abaixo

O fim de semana tinha tudo para ser festivo em Salvador. Afinal de contas, no sábado o Vitória comemorou o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro e no domingo o Bahia tinha tudo para voltar à Série B, depois de dois anos de Terceirona.

A torcida tricolor compareceu em peso, o Bahia empatou com o Vila e se garantiu na Segundona. Mas a festa foi empanada por uma tragédia sem precedentes no país: parte da arquibancada cedeu e sete torcedores do clube morreram, enquanto outros se feriram gravemente.

Inaugurado nos anos 60, o estádio da Fonte Nova lidera um triste ranking onde foram listados os cinco piores estádios do país. Três deles são do Nordeste (além da Fonte Nova, figuram a Ilha do Retiro - do Sport Recife e o Arruda - do Santa Cruz) e os outros dois são o Mineirão e o Vivaldão, em Manaus.

As condições de segurança em cada uma destas praças esportivas são precaríssimas, os banheiros podres, a estrutura em petição de miséria e os vestiários depredados. Não foi surpresa o incidente em Salvador, mas é só depois que a casa é arrombada que os governantes hão de tomar providências.

A notícia reboou mal na imprensa internacional, uma vez que há menos de duas semanas, o país foi escolhido para sediar... a Copa do Mundo! Vocês imaginam que dimensão teria uma tragédia como esta em 2014?

Pois bem: o governador Jacques Wagner veio a público hoje para anunciar a implosão do estádio, para que se construa outro, mais moderno e adequado para receber a Copa das Confederações em 2013, como evento-teste para a Copa do Mundo. E virá dinheiro da iniciativa privada, para ajudar neste novo projeto.

Nada, mas absolutamente nada que venha a ser anunciado neste sentido, vai diminuir a dor dos parentes que tiveram que enterrar seus entes em razão de uma tragédia que há anos vinha se desenhando. A Fonte Nova estava "condenada" desde 2001 e a irresponsabilidade e a omissão de órgãos públicos e dirigentes é parte chave neste triste episódio.

Essa é da série "não posso deixar de perder"

Enfim uma ótima notícia no meio musical! Abaixo, a reprodução de matéria publicada pelo G1, da Globo.com.

Depois de passar por todas as regiões do Brasil com sua turnê de despedida, Sandy e Junior escolheram São Paulo para encerrar seus 17 anos de história juntos. No dia 18 de dezembro, uma terça-feira, os irmãos prometem subir ao palco pela última vez com o show “Acústico MTV Sandy e Junior”, no Credicard Hall. A pré-venda de ingressos começa nesta terça (27) para clientes Citibank Hall. A partir do dia 4 de dezembro as vendas estarão abertas para o público em geral. Parte da renda obtida com o show será revertida para o Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo.

A primeira apresentação da turnê aconteceu no dia 8 de agosto em Votuporanga, interior de São Paulo - cidade em que realizaram o primeiro show da carreira. A partir de 2008, os artistas começam a planejar suas empreitadas individuais.

Com direção geral de Hugo Prata, que já trabalhou com os artistas em muitos videoclipes, a turnê é uma adaptação do CD (que chegou às lojas dia 10 de agosto e em apenas três dias ganhou CD de Ouro) e DVD (nas lojas dia 3 setembro com tiragem inicial de 100 mil cópias e já com disco de platina) gravados pela MTV no mês de junho.

Sucessos da carreira


Durante o projeto e também na turnê, Sandy e Junior revisitam sua obra apresentando sucessos como “Inesquecível”, “A lenda”, “Quando você passa (TuruTuru)”, “Cai a chuva”, “No fundo do coração” e “Desperdiçou”; todas com novos arranjos. A dupla também preparou três inéditas: “Segue em frente”, de Junior Lima, “Alguém como você”, de George Israel, e “Abri os olhos”.

No palco, os irmãos são acompanhados pelos mesmos músicos que participaram das gravações do “Acústico”: Tatiana Parra (vocais e percussão), André Caccia Bava (violão, violão de 12, dobro e vocais), Dudinha Lima (baixo, baixo acústico e vocais), Erick Escobar (piano, Hammond, Rhodes e Wurlitzer), Guilherme Fonseca (violão, violão de 12, banjo e bandolim) e Samuel Fraga (bateria). Sandy, Junior e o entrosado sexteto levam ao público canções que estiveram no topo das paradas como a faixa “Replay”, por exemplo, que não entrou no “Acústico” mas está no show.

O repertório inclui ainda “Vamo pulá”, que ganhou uma nova versão, e a antiga “Maria Chiquinha”, em formato “voz e violão”.

Sessão Desenho - "Garimpeiro Garimpado"

Mais uma vez o Pica-Pau brilha no Saco de Gatos.

Atendendo a pedidos, eis o desenho "Short in the Saddle", aqui traduzido como "Garimpeiro Garimpado".

Vejam só como uma prosaica corujinha respondia às indagações de um indignado Pica-Pau.

"Cuuuuuuuuuuuuuuuuuuu"

Será que a Record vai tesourar esse desenho?

Melhor sorte da próxima vez...

Fui, de novo, a São Paulo. Não foi uma viagem de quase uma semana, como quando das Mil Milhas. Uma noite só bastou e já estou de volta ao Rio, que hoje tem uma terça-feira nublada e carrancuda como a cidade distante 50 minutos de nós - de avião.

Decidi de última hora que iria não só prestigiar o Capacete de Ouro, da revista Racing, de cujo colégio eleitoral participei para escolher os melhores pilotos em trocentas categorias. Mas que atenderia a um convite do amigo Norberto Bianchin para o lançamento do livro José Carlos Pace - A busca de um sonho.

Foi tudo na correria. Uma muda de roupa numa bolsa, a mochila com notebook, revistas e documentos, e o terno a tiracolo e lá fui eu pro Santos Dumont. Comprei a passagem e me mandei. No vôo de ida, fui no meio, entre duas mulheres. A da minha direita, quando a aeronave já se aproximava de Congonhas para pousar, perguntou candidamente se poderia ir ao banheiro. Como era procedimento de descida, argumentei que ela não deveria ir. Pra que... ela disse "estou me sentindo mal" e, ato contínuo, pegou o prosaico saquinho que tem no revisteiro das poltronas e chamou o Raul.

Disgusting!

Chegando em Congonhas, outro drama: onde passar a noite? Sem reserva nenhuma de hotel, não tive dúvidas: atravessei a passarela em frente ao aeroporto e rumei pro Íbis que fica do outro lado da rua, numa esquina adiante. Dei sorte: tinha quarto de sobra e lá fui eu pra outra sessão-correria... banho, barba, terno, gravata, perfume... e o Chaves rolando na pequena TV do confortável quarto.

Peguei um táxi e fui pra Pinheiros, pra festa do lançamento do livro do Moco. Achei que chegaria tarde demais. Mas que nada... lá estavam os camaradas Pandini e Saloma... e a fina flor da velha guarda do automobilismo brasileiro: Luiz Pereira Bueno, Luiz Evandro "Águia", Dante de Camilo, Maneco Combacau, Pedro Victor de Lamare, Jan Balder, Bird Clemente, Marinho César de Camargo Filho, Ludovino Perez (que me cumprimentou de forma surpreendente), além de outros nem tão velhos assim, como Almir Donato, que em breve será alvo de postagens neste blog.

Entre goles de Prosecco, canapés e outros acepipes, papos a mil sobre a figura de José Carlos Pace, automobilismo "das antigas" e de hoje. Siderado por estar em torno de tanta gente boa, acho que mais observei do que disse qualquer coisa. Logo eu, um tagarela por natureza...

Deu 10 da noite, a festa estava ótima e não queríamos ir embora. Mas tinha o Capacete para ir, e lá fui eu na carona do Panda.

Não perdemos rigorosamente nada. A cerimônia começou atrasada e foi chata, arrastada, com a dispensável apresentação de Otávio Ceschi e Valéria Zoppello - que aliás provocou o seguinte comentário do Panda.

"Ela parece aquelas alunas fazendo trabalho de faculdade com aquelas fichas servindo de roteiro. Espontaneidade zero."

Sábias palavras.

E para piorar, ou não, a enésima tentativa do Otávio Mesquita em parecer um entertainer - o que ele não é. Ou melhor... ele acha que é. Mas só ele.

Outro destaque negativo da premiação foi a "presença" do elemento chamado não compareceu. Dezenas de indicados não foram ao palco. Na premiação da categoria Top, só Tony Kanaan foi ao palco porque Hélio Castroneves dança - literalmente - num programa de TV estadunidense e Bruno Junqueira negocia sua permanência na ChampCar para 2008. Menos mal que o piloto da Andretti Green levou o prêmio máximo - sem escapar no entanto das obviedades.

Um dos pontos constrangedores foi a categoria Endurance, onde havia sete nomes na premiação e só três foram receber seus troféus. Perguntas, como aos demais? Nenhuma. Pelo menos escaparam de coisas vexaminosas como uma pergunta feita a um kartista de apenas dez anos de idade sobre "planejamento de carreira".

Francamente, com 10 anos de idade eu brincava com minhas miniaturas, de futebol e de autorama. Depois não reclamem quando dizem que pai de piloto é comparável a mãe de miss.

De resto, valeu pela animação da turma do fundão, que levantou cartazes de "Fofoooo" quando Dennis Dirani ganhou o prêmio pela categoria kart, as homenagens à família Fittipaldi e a Pedro Muffato, poder rever a ultrapassagem do século XX (Piquet sobre Senna na Hungria, qual mais?) e a saída pela direita à la Leão da Montanha, uma vez que o último troféu era tão óbvio quanto ridículo: Felipe Massa levou de novo o Capacete de Ouro na categoria Fórmula 1, até porque não tinha adversários.

Aliás, arrisco-me a dizer que em segundo lugar ficou a opção "nenhum".

Que foi a que escolhi.

Bem... isto posto, premiação encerrada, bebi mais uma cerveja e fui pro hotel. Afinal, eu tinha mais o que fazer... O resto, eu não conto.

A volta de um gênio

Acabo de receber uma notícia na minha caixa postal que é uma surpresa e tanto, ainda mais se tratando de quem no ano passado anunciou que não correria mais.

Estou falando de Nelson Piquet, o primeiro brasileiro tricampeão do mundo de F-1, que aos 55 anos vai voltar ao automobilismo - com pompa e circunstância - na novíssima categoria GT3 Brasil Championship.

Ele adquiriu um Ford GT40, carro que já possui em Brasília, onde reside. E o possante bólido, revivido pela marca de Detroit e que se tornou presença constante no imaginário dos fanáticos por carros esporte e automobilismo, é o primeiro da nova geração a chegar por aqui. A "cavalaria" é estimada em 550 HP.

Nelson pretendia correr em dupla com o filho mais velho, Geraldo, de 30 anos. Mas como nenhum piloto da Fórmula Truck pode correr em outro campeonato por questões de regulamento (vai entender...), a escolha do parceiro recaiu em Cássio Homem de Mello, grande revelação do automobilismo e que participa da Stock Júnior.

“Quem não sonha em ter a chance na vida de fazer o que gosta e ao lado de um ídolo? Não poderia idealizar algo maior. Estou muito feliz e honrado com essa chance de correr com um dos maiores pilotos do mundo. Vou me esforçar ao máximo para retribuir à altura", comentou Cássio.

Nelsão, Cássio e o bólido: por enquanto é apenas o de rua... aguardem o GT40 de corrida...

domingo, 25 de novembro de 2007

Meninos, eu vi!

Como diria Juca Pirama, "meninos, eu vi".

Nada menos que 30 anos depois, eu vi Roberto Rivellino exibir a categoria que o fez ser ídolo máximo de Diego Maradona, com a canhota que foi o terror de goleiros e zagueiros, um mestre nos passes precisos e em dribles como o cultuado 'elástico'. Está certo que hoje, aos 61 anos, fora de forma, não dá pra querer que ele faça muito. Mas na preliminar do jogo Fluminense x Juventude, contra o time da BR Distribuidora, ele mostrou a velha classe e levou a torcida ao delírio no Maracanã.

E mesmo tendo uma relação um tanto quanto distante com o clube onde de fato conquistou títulos, Riva se derreteu em elogios. "É impressionante o retorno e o carinho que o torcedor do Fluminense me dá. A emoção é grande."

Se ele ficou emocionado, o que dizer então de outro ídolo eterno, o "Carrasco" Assis. O autor de gols definitivos em Fla-Flus nos anos 80, aos 52 anos, fez dois gols e mostrou também que a categoria daqueles tempos continua ali - só que com duas décadas pesando sobre os ombros. De uma solicitude incrível, ele autografou todas as camisas que lhe jogaram da Geral VIP do Maraca.

E não foram só eles a brilhar entre os ídolos do passado, deleitando uma torcida que sabe e deve reverenciar quem vestiu nossa gloriosa camisa.

Búfalo Gil, o mestre das arrancadas na Máquina, jogou meio tempo e se emocionou ao vestir o manto sagrado. Deley, hoje deputado federal, mesmo com uma silhueta pouco condizente com seu passado de atleta, ainda bate uma bola redondinha. Duílio continua em forma. Rubens Gálaxe, já sem tantos cabelos como nos anos 70, idem. Marco Antônio, lateral da Máquina-75, está impressionante. Eduardo "Cachaça" jogou muito no segundo tempo. Robertinho fez dois gols. E até Ronald e Pires, jogadores de passagens não muito distantes pelo clube, também deram sua contribuição para a vitória por 4 x 3 sobre a BR Distribuidora.


Os autógrafos de Deley (na primeira foto) e de Assis, Búfalo Gil e Duílio na segunda: um troféu para a eternidade



Depois de tantos autógrafos e de ver tanta gente boa ali diante dos meus olhos, eu já podia voltar pra casa feliz. Afinal, os 15 reais do ingresso já tinham sido plenamente recompensados. Mas havia o jogo de fundo, o último do Flu no Rio pelo Campeonato Brasileiro.

Pitacos rápidos:

- Fernando Henrique é uma piada como goleiro. Evocando Capitão Nascimento, "pede pra sair, zero-um!"

- Por que Thiago Silva não veste a camisa da seleção brasileira, já?!?

- Arouca, quando quer, bate um bolão. Ontem ele quis. Fez dois gols em chutes de fora da área. Foi o melhor em campo. E sua substituição incompreensível por Romeu fez Renato ganhar o coro de "burro".

- Thiago Neves vai perder a Bola de Ouro da Placar, porque não está jogando nada.

- Cícero aprovou em seu primeiro ano de Fluminense. Soares não.

- O ataque é de riso.

E que vençamos o Santos para uma despedida digna de um campeonato onde, se não fossem os empates em excesso e os roubos de arbitragem, o Flu estaria em segundo. No mínimo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sessão Desenho - "O Rachador"

Um dos melhores desenhos de todos os tempos!

Cortesia de Walter Lantz e do Pica-Pau "maluco", o melhor de todas as fases da ave peralta.

Com vocês, "O Rachador".

Maldição

Tá feia a coisa para quem se chama McLaren ou congêneres, no esporte mundial.

A nova vítima é Steve McClaren, cuja pronúncia do nome é bem semelhante à equipe de Fórmula 1 nocauteada no Conselho Mundial da FIA com a exclusão de todos os seus pontos do Mundial de Construtores de 2007 no maior caso de "espionagem industrial" que o automobilismo já viu.

O cidadão supracitado assumiu após a Copa da Alemanha de futebol a seleção da Inglaterra, substituindo Sven Goran-Eriksson. E conseguiu a façanha de não classificar o English Team para a fase final da Eurocopa do próximo ano, num grupo com Croácia, Rússia, Israel, Macedônia, Estônia e Andorra.

A Inglaterra tinha uma única derrota antes de seus jogos finais contra a Rússia e a Croácia, algoz do turno de ida, quando o goleiro Paul Robinson papou um frango memorável contra a seleção dos Balcãs. Contra os russos, perderam por 2 x 1, num resultado até certo ponto normal em Moscou. Porém, a derrota pôs os ingleses em terceiro no grupo, obrigando-os a conquistar pelo menos um ponto contra a Croácia em Wembley.

Os torcedores tomaram um banho geladíssimo de água fria quando Kranjcar fez 1 x 0 para os visitantes, num frangaço-aço-aço de Scott Carson, jovem goleiro de 22 anos que atua no Aston Villa. O drama aumentou com menos de 15 minutos, com Olic arrematando um passe do brasileiro naturalizado Eduardo da Silva (que joga no Arsenal). Dois a zero para a Croácia.

Lampard, de pênalti, diminuiu e Crouch, com boa dose de oportunismo, empatou o jogo. O resultado classificava o English Team com sobras, em segundo, no saldo de gols. Mas aos 32 da etapa final, Mladen Petric fez o terceiro em nova falha de Carson. E assim os ingleses, que tanto vangloriam de seu campeonato forte e de terem inventado o futebol, vão assistir a fase final da Euro 2008 nos pubs ou nos sofás de suas casas.

Ah... Steve McClaren já foi demitido do cargo.

Clip da semana - "T. N. T."

São raros os grupos e mais raras ainda as músicas de heavy metal que eu gosto e não tenho vergonha em admitir isso. Uma dessas bandas pelas quais tenho predileção vem da Austrália: o AC/DC, famosíssima em razão da presença elétrica (como sugere o nome da banda) do guitarrista Angus Young, que sempre toca de paletó, gravata torta e... bermuda! Uma figuraça!

Esta música tocou direto nos intervalos de jogos do Brasil na Liga Mundial masculina de vôlei deste ano contra a Finlândia. E ainda remete ao tempo em que Bon Scott era o vocalista da banda até morrer afogado no próprio vômito (ugh!) depois de um porre homérico.

"T. N. T." fez o grupo explodir como uma bomba nas paradas de sucesso em 1975, ano em que foi lançada e não foi à toa que depois disso o grupo saiu da Austrália e conquistou o planeta inteiro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Agora vai?

A Superleague Formula, um arremedo de campeonato de monopostos com clubes de futebol sendo representados a cada carro, já tem calendário para a temporada 2008. Isto se a referida competição vingar, pois há uma década atrás, houve o projeto da Premier 1 com um total de 15 corridas, que não deu certo, apesar de um carro apresentado com pompa (o do Benfica, que teria Pedro Lamy como piloto).

A temporada de estréia deste novo campeonato prevê seis eventos e a estréia em 31 de agosto, no circuito inglês de Donington Park. As demais corridas são na Alemanha (Nürburgring), Bélgica (Zolder), Itália (em pista a confirmar), Portugal (Estoril) e Espanha (Jerez de la Frontera). No entanto, quem vai dar o ok definitivo é o conselho mundial da FIA, que aprova os calendários.

A Superleague Formula já tem nove clubes confirmados - entre eles o Flamengo (urgh!), que se junta a Milan (bleargh!), Borussia Dortmund, Olympiacos, PSV Eindhoven, FC do Porto, Anderlecht, Galatasaray e FC Basel. Os carros são os Panoz, quase iguais aos da ChampCar, com motores Elan Power Products V-8.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O terceiro finlandês

A McLaren já teve Mika Häkkinen e Kimi Räikkönen em suas fileiras, de 1993 até o ano passado. O hoje campeão mundial foi o sucessor do primeiro, que conquistou dois títulos com as "Flechas Prateadas" da equipe chefiada por Ron Dennis e hoje de propriedade absoluta da Mercedes-Benz.

Muito bem: agora pululam rumores de que a equipe terá o seu terceiro piloto finlandês em quinze anos. Heikki Kövalainen, que fez uma boa temporada de estréia pela Renault, parece já ter futuro definido em 2008. Reza a lenda que o contrato já está redigido, conferido por ambas as partes, faltando somente a assinatura. Ou o anúncio oficial, visto que no caso de Timo Glock a demora foi de exatas cinco semanas.

E depois que Flávio Briatore se derramou em elogios a Nelson Angelo Piquet, fica claro que o brasileiro finalmente estreará na Fórmula 1 pela Renault. Resta saber se Alonso vai aceitar o contrato proposto de três anos, o que invalidaria uma possível transferência para a Ferrari - uma vez que o caminho parece livre para o asturiano depois que Jean Todt já não detém o mesmo poder de outrora em Maranello.

Cá pra nós, uma "novela" muito mais legal de se acompanhar do que o vestibular da Force India pela disputa das duas vagas para o ano que vem.

Sete ponto seis!

Alguém se lembra de Mamie van Doren?

Pelo que sei, ela era uma atriz estadunidense que competia com a diva maior, Marilyn Monroe. E isso foi bem antes de eu nascer, já que eu vim pra este mundo em 1971.

Façam as contas: a mulher que foi um símbolo de sensualidade nos anos 50 faleceu prematuramente em 1962, aos 36 anos de idade. Supõe-se que se Mamie van Doren era uma concorrente da saudosa Norma Jean, ela já passou dos 60 anos faz tempo.

E como passou!

Qual não foi a minha surpresa ao encontrar esta foto na internet acompanhada da verdadeira idade da atriz. Hoje, Mamie van Doren tem 76 anos!


O que o dinheiro não faz pra uma mulher - que é mais velha que minha mãe - ficar deste jeito e ainda poder "pagar peitinho" como mostra a imagem acima.

Livros, livros e mais livros

Saí ontem do trabalho determinado a fazer uma "limpa" na Saraiva e o objetivo claro era comprar Vale Tudo - A fúria e o som de Tim Maia, biografia (autorizada pela família) do síndico e pai do funk-soul-brother neste país, escrita por Nelson Motta, talvez uma das maiores autoridades no assunto Tim Maia. Afinal, conviveu com o cantor e conhecia os "causos", as lendas e suas frases históricas como poucos do meio musical. Leitura obrigatória, portanto, para os fãs (ou não) do cantor.

Isto posto, já de posse do referido livro, comecei a achar outros, ótimos. O segundo que peguei foi 1001 discos para ouvir antes de morrer. Lembro que ao folheá-lo numa outra livraria, já encontrei pelo menos 10% desse total de discos que tenho ou já escutei. Mas sei que muitos desses 1001 nem chegarão lá em casa. Claro... listas são altamente discutíveis, a Rolling Stone fez uma dos cem melhores discos da história da MPB - englobando o rock e deu o que falar pelas ausências de nomes como Cazuza, Lobão, O Terço, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Som Imaginário, e por aí vai.

Depois, a bola da vez foi uma biografia de Jimi Hendrix, descrita pelo amigo e jornalista Marcelo França como "meio chapa-branca". Sendo assim ou não, e como eu sou um fã inveterado do guitarrista estadunidense, resolvi comprar pra ver qual é. Ato contínuo, peguei outra biografia: a de Marco Mazzola, o produtor musical que virou referência na MPB, deu seu toque de midas quando o assunto foi o RPM nos anos 80 e reacendeu o "raulseixismo" com a excelente coletânea Documento, repleta de pérolas e versões inéditas das músicas do baiano abusado.

Só pra sair do assunto música um pouco, comprei o ótimo livro Lúcia McCartney, um dos melhores - senão o melhor - escrito por Rubem Fonseca. E movido por intensa curiosidade, resolvi batalhar um outro livro já recomendado por dezenas de amigos: Eu não sou cachorro não, de Paulo César de Araújo (aquele mesmo que escreveu o livro "proibido" de Roberto Carlos), que se propõe a fazer uma interessantíssima leitura da música brega dos anos da ditadura militar, tendo como cerne principal personagens emblemáticos como Odair José, o falecido Paulo Sérgio, Nelson Ned, Waldick Soriano, o obsceno Wando e Luiz Ayrão.

Como vira e mexe pelo menos uma música desses artistas resvalou nos meus ouvidos quando eu era criança, é lógico que escrever sobre a cafonália não será difícil. Ou seja: em tempos que o automobilismo está quase de férias, música será tema recorrente neste blog.

Aguardemmmmmmmmmmmmmmmmm!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Carros de uma corrida só (parte 12) - Gilby-Climax 61



Em 1960, quando os construtores de fundo de quintal, os chamados "garagistas", começaram a aparecer na Fórmula 1, Sydney Greene resolveu entrar na categoria máxima do automobilismo para oferecer uma chance e tanto ao filho Keith.

Com projeto de Len Terry, surgiu então o Gilby 61, equipado com motor Climax FPF de 1,5 litro e câmbio Colotti de cinco marchas. Inscrito para o GP da Inglaterra, na época disputado no circuito de Aintree (próximo a Liverpool), Greene obteve o 23º tempo entre trinta inscritos - o que não era um mau resultado. Mesmo caindo para último na primeira volta, o piloto de 23 anos fez uma boa corrida de recuperação e terminou em 15º, a cinco voltas do líder.

Esta foi a única aparição do Gilby 61, pois para o ano seguinte, Syd Greene encomendou a Len Terry o projeto do modelo 62, que viria equipado com motor BRM desta vez. Este carro apareceu em somente mais duas corridas e colecionou três desclassificações, antes que o projeto fosse abandonado de vez.

Le Mans 2008 já começou

A 76ª edição das 24 Horas de Le Mans começa quase seis meses antes de sua realização oficial, que é sempre em junho. Ontem, o Automóvel Clube do Oeste anunciou a lista das equipes pré-selecionadas para a prova do ano que vem, nas quatro diferentes categorias - LMP1, LMP2, LMGT1 e LMGT2.

Salvo nenhuma surpresa, as quatro escuderias invitadas na LMP1 devem aceitar o chamado. São elas: Audi Sport North America, Team Peugeot Total (com dois carros cada), Pescarolo Sport e AutoCon Motorsports.

Na LMP2, o buraco é mais embaixo. A Penske, que alinhou dois Porsches na ALMS, ganhou as vagas relativas à divisão - mas como neste ano, dificilmente irão. A RML está em negociações para comprar o Lola de Jan Charouz e pode disputar a prova na LMP1. Portanto, sobrariam apenas a Binnie Motorsports, a Barazi-Epsilon (campeã e vice em Le Mans, respectivamente) e a Quifel ASM Team, abrindo mais vagas para outros pré-selecionados em abril.

A LMGT1 outorgou sete vagas, mas ao que tudo indica, quatro delas só serão confirmadas: as duas da Corvette Racing, a da Aston Martin e a da Luc Alphand Aventures. A Oreca já está comprometida com a Courage Competition no desenvolvimento de um protótipo LMP1 e já pôs seus dois Saleens à venda. E as equipes Vitaphone e Playteam, que ganharam a vaga por seu desempenho no FIA GT, não devem participar porque o Maserati MC12 é considerado um modelo fora do regulamento proposto pelo ACO para Le Mans.

Na classe LMGT2, as oito vagas possivelmente serão preenchidas em sua totalidade. São duas para a Risi Competizione e as demais, distribuídas entre IMSA Performance Matmut, Felbermayr-Proton, Virgo, Flying Lizard, AF Corse e BMS Scuderia Italia. Quatro Porsches e quatro Ferraris - equilíbrio que deverá marcar a disputa entre os cavalinhos de Sttutgart e Maranello no ano que vem.

Com cinco terminaram, com cinco podem começar

Bem que o jornalista e também blogueiro Mario Bauer havia avisado faz mais de um mês - e muita gente não levou a sério: o campeão da GP2 Timo Glock já estava de contrato assinado com a Toyota. Só faltava o aval da BMW para liberá-lo e aí sim os japoneses fariam o anúncio oficial.

E assim foi. Os bávaros não se opuseram de forma alguma ao negócio. E hoje, nesta segunda-feira, o piloto alemão foi confirmado para a temporada 2008 ao lado de Jarno Trulli.

Que Glock é rápido, isto é indubitável. Mas dos três campeões que a GP2 produziu até hoje, foi o menos brilhante. E teve possibilidades de dominar por completo o campeonato que venceu apenas na última rodada dupla. Mas sofreu alguns azares e também foi incompetente (mais a equipe do que ele) em algumas ocasiões.

Após algumas participações pela Jordan em 2004, ele enfim alcança seu objetivo de chegar à categoria máxima. E mantém em cinco o número expressivo de pilotos teutônicos na Fórmula 1. Ele chega substituindo outro que foi embora - Ralf Schumacher - e se junta a Nico Rosberg, Nick Heidfeld e Sebastien Vettel (estes 100% garantidos) e possivelmente a Adrian Sutil, que depois de sua boa temporada de estréia pela ex-Spyker, não pode ficar de fora do próximo campeonato.

domingo, 18 de novembro de 2007

Explodiu a sombra e eclodiu a festa (*)



Sérgio Sampaio é tema mais do que recorrente neste blog. Já foi citado numa postagem sobre malditos, noutra do Phono 73, sobre o disco "Sessão das Dez" engendrado pelo Raul Seixas e também em outros sobre festivais da canção.

O cantor / compositor cachoeirense estourou em 1972 com seu clássico "Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua" na última edição do FIC e graças ao auxílio luxuoso do Maluco Beleza, foi contratado por André Midani para fazer seu primeiro trabalho na Philips. Naturalmente, com produção de Raulzito.

A única coisa chata de ouvir um disco desses é sua curta duração. São 12 faixas espremidinhas em apenas 40 minutos. Em 1973, isso era normal com os antigos bolachões e pra quem está acostumado com mais de 18 músicas e CDs com duração de uma hora ou mais, realmente é um choque.

Mas SS caprichou nas letras e nas melodias e Raulzito se esmerou na produção. O disco contém pérolas como o samba-choro "Cala a boca Zebedeu", as ótimas "Pobre Meu Pai" e "Filme de Terror", a quase roqueira "Labirintos Negros" e evidentemente a sensacional e sofrida "Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua". A última faixa, a vinheta "Raulzito Seixas" funciona como uma homenagem ao baiano que o indicou para ser mais um artista da Seleção da Música Brasileira, que era como André Midani chamava seus contratados.

Embora o disco seja realmente muito bom, na época o trabalho de Sérgio Sampaio passou como incompreendido e as vendas não foram o que se esperava. O compacto simples de "Eu quero..." vendeu 500 mil cópias em 1972/1973 e o disco não chegou a um décimo disso. Por isso que sua carreira não decolou e ele foi injustamente rotulado como maldito.

SS morreu à míngua, sem o reconhecimento que deveria. E eu recomendo para quem gosta de MPB: garimpem este disco por aí porque ele é uma preciosidade e tanto.


(*) frase da música "Labirintos Negros", quinta do disco.

E deu Priaulx!



As chances de Augusto Farfus não eram das maiores na rodada dupla final do WTCC nesta madrugada em Macau, na China. Mas... como o tal de Andy Priaulx é largo!

Largando em décimo-segundo na primeira prova, onde Alain Menu fez teve a pole e venceu com sobras, o britânico teve uma grande dose de sorte. Yvan Muller não marcou pontos e Farfus, que vinha na sua frente, abandonou na penúltima volta. Priaulx chegou em oitavo e reassumiu a liderança isolada com 82 pontos.

Graças ao critério do grid invertido, ele saiu na pole na corrida derradeira e liderou como quis. Venceu e foi campeão.

Aliás, tricampeão.

Algo que dá pra pensar pois, mesmo com status de piloto oficial de fábrica, Priaulx pertence à equipe Racing Bart Mampaey, representante da BMW no Reino Unido. O Team Schnitzer, que em Macau contou com a presença de Mario Thiessen, precisa dar uma guinada nessa situação. Renovar os contratos de Jörg Müller e Augusto Farfus é suficiente para a continuidade do trabalho, mas não é tudo.

O carro tem que voltar a ser rápido como no início do ano, pois a Seat melhorou demais quando instalou em seus carros um motor turbodiesel e a Alfa, com um modelo fora de linha, fez de James Thompson o terceiro colocado no campeonato.

Vamos ver como as coisas serão ano que vem, com a temporada se iniciando em Curitiba, tal como em 2007.

sábado, 17 de novembro de 2007

Anjo misterioso

Há muito tempo atrás (a memória já me falha...) comprei por uma quantia bem gordinha o disco "Goodbye Cream" - o último de estúdio do maior power-trio do blues e do rock and roll. Não era compact disc não. Era vinil, mesmo, adquirido no meio da rua, na Treze de Maio, de um cabeludão chamado Reinaldo, que depois me gravaria em cassete dois discos do Hendrix, o "Wheels of Fire" do Cream e uma coletânea dos Byrds.

Pois bem... em que pese a capa viada, com Jack Bruce, Ginger Baker e Eric Clapton vestidos de casaca e cartola, empunhando bengalas e sutilmente "engatadinhos", no que provavelmente pode ser uma montagem - já que o clima entre eles estava longe de ser o melhor - o disco trazia uma esmerada produção visual com direito a lápides e um R. I. P. (rest in peace, que em português quer dizer descanse em paz) num encarte.

Na contracapa, a ficha técnica, com a lista das músicas e seus respectivos autores. E de saída, uma faixa me chamou a atenção: era "Badge", que Eric Clapton dividia em co-autoria com George Harrison. Mas não por isso, e sim porque aparecia como guitarrista um certo L'Angelo Mysterioso.

Pois bem: este foi o pseudônimo que o próprio George Harrison sugeriu ao seu grande amigo EC para que ele pudesse aparecer incógnito no disco do Cream, pois ele ainda era dos Beatles e não podia expor seu nome participando do trabalho de outro grupo.

Um ano antes, quando os Fab Four lançaram o álbum branco, Clapton participou de uma faixa - mas não foi creditado. Era "While My Guitar Gently Weeps", música de George em que John e Paul não se opuseram à participação do guitarrista do Cream. Essa oportunidade onde os dois trocaram figurinhas foi o início de uma amizade que acabou abalada pela paixão de Clapton por Patti Boyd, a esposa de George Harrison.

Com vocês, o Cream tocando "Badge", na música da semana.

Do fundo do baú

Faz mais de 28 anos que a Stock Car fez sua primeira corrida no Rio de Janeiro e o evento foi recordado em Jacarepaguá neste sábado. O feraça João Mendes levou para o autódromo um jornalzinho que ele editava na época - Velocross - com uma ótima cobertura da 4a. etapa do campeonato de 1979 e que tinha na capa da publicação uma foto do Paulão e do Alencar Júnior entrando na Curva Sul derrapando de frente e diante de arquibancadas repletas. Uma foto monumental!

A publicação passou de mão em mão na sala de imprensa e atrás dos boxes, para deleite da velha guarda e o meu também. E pois não é que, coincidentemente, Mestre Saloma me envia via e-mail duas preciosidades daquela época? Melhor: daquela data!

Pois é... aqui abaixo estão a credencial para a quarta etapa, disputada em maio daquele ano, e o convite vip. Sinal dos tempos, tudo era na base do papel. Hoje a credencial é de plástico.

E ser vip, especialmente numa corrida da Stock Car, hoje em dia, é sinal da mais absoluta banalidade.



Mais uma pra posteridade...


Se eu já estava feliz ao ver os Mutantes ao vivo duas vezes com Arnaldo, Dinho e Sérgio Dias, mais Zélia Duncan nos vocais, vocês imaginem então pelo que está pra vir no ano que vem.

Muito bem... o moço na foto, ao meu lado direito e ao esquerdo de quem vê a imagem acima, é ninguém menos que Liminha, possivelmente o maior baixista que já existiu nestas plagas, integrante do grupo (salvo engano) entre 1969 e 1974 e que - acredite quem quiser - vai voltar a tocar como um dos integrantes da banda, como nos velhos tempos.

O querido Dinho, irmão do Reginaldo Leme, e que também está aí comigo e com o Liminha na foto, me confidenciou que eles estão ensaiando direto com a nova formação, onde saíram não só Zélia e Arnaldo, como também os backing vocals Esmérya Bulgari e Fábio Reco. Uma nova cantora, de identidade desconhecida (só sei que é brasileira) e radicada nos EUA, vai comandar os vocais. O resto do grupo fica quase como está, com Simone Soul na percussão, Henrique Peters e Vítor Trida nos teclados e outros instrumentos e Vinícius Junqueira, o antigo baixista, possivelmente tocando violão.

E entre as músicas que vêm surgindo nos ensaios, estão pintando "velhas-novas" canções que eles não tocam ao vivo desde que se reuniram para o DVD/CD do Barbican que foi o show da volta. Fiquei sabendo que entre elas estão "Portugal de Navio", a sensacional "Dune Buggy" e "Ainda Vou Transar Com Você", do lendário disco O A e o Z, que a Polygram (hoje Universal Music) demorou 19 anos para lançar no mercado.

A expectativa é grande... tomara que o grupo supere as perdas e venha com tudo para nos brindar com excelentes shows em 2008.

Stock in Rio - V

JACAREPAGUÁ (na veia!) - O sobrenome Sperafico é sinônimo de velocidade, sem sombra de dúvida, no automobilismo brasileiro. E também de pole positions: os gêmeos Ricardo e Rodrigo conquistaram as três poles nas três corridas da superfinal da Stock Car em 2007. Desta vez foi Ricardo, com o Peugeot da WA Mattheis, quem fez o melhor tempo na superclassificação, com o tempo de 1'20"880.

Ricardo Maurício, com outro auto de outra equipe de Andreas Mattheis, sai em segundo e Duda Pamplona, um exemplo raro de piloto e dono de equipe na Stock, larga em terceiro. Ruben Fontes é o quarto e o detalhe é o seguinte: os quatro são de equipes sediadas no Rio de Janeiro.

É boa essa turma que faz carro por aqui. E o Rio não tem um autódromo de verdade. Imagine se tivesse...

Stock in Rio - IV

JACAREPAGUÁ (se arranca que não vem chuva) - Começa a superclassificação com os 10 mais rápidos do treino de agora há pouco: Ricardo Sperafico, Rodrigo Sperafico, Duda Pamplona, Popó Bueno, Ricardo Zonta, Antonio Pizzonia, Ruben Fontes, Ricardo Maurício, David Muffato e Luciano Burti.

Curiosidades: entre os 10, um único campeão - David Muffato e um único superfinalista - Rodrigo Sperafico. E três ex-pilotos de F-1: Zonta, Pizzonia e Burti.

Stock in Rio - III

JACAREPAGUÁ (meio barro, meio tijolo) - O treino da V-8 principal se desenvolve neste momento. Por conta das condições - péssimas - da pista, o treino da Light foi crivado de bandeiras vermelhas e a programação atrasou de tal forma que o qualifying da V-8 terá apenas uma hora de duração ao invés dos 90 minutos regulamentares.

E além disso, o tempo está estranho. Nuvens ameaçam se formar por sobre o autódromo e a chuva é um perigo iminente. Apesar disso, o pessoal tá sentando a bota em Jacarepaguá no que restou do autódromo e Ricardo Sperafico é o mais rápido com 1'21"076, com Ruben Fontes em segundo e Ricardo Maurício em terceiro e Thiago Camilo em quarto. E todos com carros de equipes sediadas em Petrópolis, no Rio de Janeiro, comprovando que as equipes "da casa" têm mesmo a receita, o caminho das pedras para o melhor acerto nesta pista.

Pista que, por conta do seu estado, está recebendo críticas de tudo quanto é lado. A realidade é que do jeito que está, o Autódromo de Jacarepaguá não pode ficar. Ou a prefeitura "cumpre a palavra" e faz a reforma da pista para o setor norte reavivar, ou então derrube-se tudo de uma vez e vamos partir do zero para outro autódromo.

Triste constatação da realidade deste esporte que, a rigor, só tem dois bons autódromos: São Paulo e Curitiba. E olhe lá.

... e não deu em nada!

JACAREPAGUÁ (com escala em Londres) - E não deu em nada o recurso da McLaren, que tentava melar a conquista - justíssima - de Kimi Räikkönen no Mundial de 2007. A equipe inglesa queria a desclassificação de Robert Kubica, Nick Heidfeld e Nico Rosberg, das escuderias BMW e Williams, para que Lewis Hamilton ganhasse três posições para ser campeão mundial.

Honestamente, uma tentativa vã de fazer mais uma cagada numa temporada que foi sensacional dentro da pista e repleta de manobras escusas fora dela - vide o caso da própria McLaren e a espionagem industrial que maculou completamente o ano. Em suma: a decisão é justíssima e o título está em muito boas mãos.

Agora fica o questionamento sobre o futuro de Fernando Alonso. Um passarinho me contou que um certo piloto com grande experiência na F-1, que está de contrato assinado com uma outra equipe para 2008, teria tido um encontro com... Ron Dennis - e provavelmente não foi para falar sobre as rugas de expressão do sisudo chefe de equipe da McLaren. Muito se questiona sobre um possível segundo piloto para Lewis Hamilton e o nome que me segredaram é sem dúvida uma surpresa.

E esta surpresa aumentaria o leque de opções para o espanhol bicampeão, que hoje vislumbra - por enquanto - em seu horizonte duas alternativas para 2008: Renault e Red Bull.

Eu digo por enquanto, porque pode pintar surpresa por aí. E a minha fonte é deveras confiável.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Stock In Rio - II

JACAREPAGUÁ (insisto em dizer que chove para caralho!) - Fim de treino nesta sexta para a Stock Car V-8 e Antonio Jorge Neto é o mais rápido do dia com o tempo de 1'22"240, pouco mais de sete centésimos de segundo melhor que o carioca Duda Pamplona, que virou muito bem numa pista que começou seca e depois molhou (claro!) em razão da chuva que caía no Autódromo Nelson Piquet.

Tiago Camilo foi o terceiro colocado e Felipe Maluhy o quarto mais rápido, sendo que os dois ainda têm chances matemáticas de se sagrarem campeões. Cacá Bueno foi o oitavo mais rápido e Rodrigo Sperafico fechou em vigésimo-quarto.

E agora, no quesito "fait-divers" da Stock, fica a citação de que o ex e o atual da magérrima Deborah Secco estiveram em Jacarepaguá fazendo aquela 'social' básica. O Falcão, vocalista do Rappa e que gosta de automobilismo, até entendo... mas em contrapartida, o que faz o Roger enquanto seu time se prepara para tentar uma vaga na Libertadores da América?

É muita vontade de aparecer, né não?

Stock in Rio

JACAREPAGUÁ (cai o mundo) - Boa tarde, moçada. Após enésimos problemas de conexão, cá estamos nós na sala de imprensa do autódromo de Jacarepaguá acompanhando os treinos das três categorias da Stock Car - a V-8 principal, a V-8 Light e a Júnior. Com a pista molhada e a chuva que cai incessantemente desde as primeiras horas da manhã, os acidentes se tornam constantes e as rodadas também.

Só no primeiro treino, da turma "de cima", enfrentaram contratempos os pilotos Cacá Bueno (que pode ser campeão neste domingo), Lico Kaesemodel e Daniel Landi, que bateram ou rodaram no circuito carioca.

O mais rápido desse treino foi Ricardo Sperafico, com o Peugeot da WA Mattheis, virando em 1'22"912, contra 1'23"199 de um redivivo (por enquanto) Giuliano Losacco e 1'23"255 para Felipe Maluhy. Pedro Gomes foi o quarto e Rodrigo Sperafico o quinto.

Neste momento, estamos com o segundo treino livre e Jorge Neto, com 1'22"140, é o mais rápido, enquanto Duda Pamplona virou 1'22"309 e Thiago Camilo 1'22"332. Meio segundo separa os doze mais rápidos da sessão.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Pequenas maravilhas XI - Benetton B191 e Yamaha M-1 MotoGP

A passagem por São Paulo não rendeu só uma ótima viagem para assistir as Mil Milhas, programas culturais, visitas a sebos, compras de livros, birinaites e otras cositas más. Rendeu também a aquisição de duas novas miniaturas para a minha humilde coleção, que contempla em sua grande maioria modelos do estilo caixinha de fósforo, dos fabricantes Mattel (Hot Wheels e Matchbox), Majorette e Maisto.




A primeira, da foto acima, dispensa apresentações. É a Benetton B191, o último carro de Nelson Piquet na Fórmula 1 e também o de sua última vitória, no GP do Canadá. Produzida pela Minichamps em escala limitada, essa Benetton estava à venda em Interlagos, nas Mil Milhas. Eu e o camarada Ico fomos no estande da Colecionáveis e nos deparamos não só com esta jóia mas também com outras como o Pescarolo Judd C60 (que custava 185 reais). Por três vezes menos que o protótipo, trouxe a Benetton pra casa.



A segunda, também dispensa pormenores, embora não seja uma máquina campeã: é a Yamaha M1 versão 2006 da MotoGP, ainda com 990cc e que foi fenomenalmente bem conduzida pelo mito Valentino Rossi. Ano passado, o italiano venceu cinco corridas, mas não foi campeão, perdendo o título para o medíocre Nicky Hayden.

Esta réplica da Yamaha, logicamente sem o patrocínio da Camel, como prevê a legislação, é fabricada pela Maisto e eu a comprei na loja de brinquedos e modelismo Laura, no Shopping Morumbi. Quando vejo uma preciosidade como esta, não penso duas vezes. Pego e compro.

Carros de uma corrida só (parte 11) - BRM P207

O BRM P207 (na foto com Teddy Pilette no GP da Alemanha): pá de cal na gloriosa história da equipe britânica campeã mundial em 1962

A BRM foi uma das escuderias mais importantes do automobilismo e da Inglaterra nos anos 50 e 60. Foi pioneira em inovações como os motores de 16 cilindros, primeiro em V e depois em H, além de revelar pilotos do naipe de Graham Hill e Jackie Stewart, que conquistaram vitórias e títulos pela escuderia fundada por Raymond Mays.

Após sua morte, a BRM ficou sob o comando de Alfred Owen - daí os carros freqüentemente aparecerem com um adesivo onde se lia Owen Racing Organisation - e depois de Sir Louis Stanley. Quando os patrocínios começaram a se tornar indispensáveis na F-1, os carros da equipe começaram estampando os cosméticos Yardley e em 1972 protagonizaram a grande invasão Marlboro, que dura até hoje.

Em 74, o patrocínio mudou-se para a McLaren e com a equipe já decadente, Sir Louis Stanley ainda conseguiu um apoio da Motul para aquela temporada, onde Jean-Pierre Beltoise foi 2o. colocado no GP da África do Sul em Kyalami. Foi o último pódio da BRM, que a partir daí só experimentou dissabores. Em 1975, uma temporada fraquíssima e no ano seguinte, uma fugaz aparição em Interlagos, com Ian Ashley ao volante.

Para 1977, Stanley e a BRM partiram para uma nova tentativa, graças ao apoio dos relógios Rotary. Foi construído o modelo P207, projeto de Len Terry e Mike Pilbeam com monocoque de alumínio para abrigar o vetusto motor V-12 e câmbio BRM de cinco marchas.

O piloto escolhido para o início do ano foi o australiano Larry Perkins, campeão europeu de F-3 em 1975 e de fugaz (e boa) passagem pela F-1 em 76 com o Boro - uma cópia do Ensign. Contratado pela Brabham, não rendeu o que se esperava e ele foi demitido por Bernie Ecclestone. A BRM não era o lugar mais recomendável para se reiniciar uma carreira, mas ele resolveu tentar.

Melhor que tivesse ficado em casa à espera de convites. O P207 não ficou pronto a tempo para o GP da Argentina e quando apareceu em Interlagos, foi um desastre. Lento, o carro foi nada menos que seis segundos pior que o tempo de Alex Dias Ribeiro, que guiava o March 761 - outra cadeira elétrica das boas. A corrida de Perkins durou duas voltas, depois que o motor fundiu.

A BRM buscou o velho P201B para a corrida de Kyalami e com ele Perkins fez sua segunda e última corrida no ano pela equipe, largando em último para chegar em décimo-quinto. Como em Long Beach o P207 não chegou a tempo, depois de mais uma corrida infeliz em Brands Hatch (esta extracampeonato), o australiano deixou a equipe e foi tentar a sorte na Surtees. Daí em diante, a BRM revezou três pilotos diferentes ao volante do seu horroroso carro: o sueco Conny Andersson, o britânico Guy Edwards e o belga Teddy Pilette. Nenhum deles classificou-se para qualquer das corridas em que foram inscritos e após o GP da Itália, em Monza, a equipe se retirou definitivamente da F-1. O P207 foi uma pá de cal e tanto numa gloriosa história que se encerrou de forma melancólica no automobilismo.

O mestre



A temporada 2007 já ficou para trás, embora a McLaren diga que não.

Hoje, em Londres, uma vez que a França está crivada de greves graças ao presidente Sarkozy, começou o julgamento do apelo da equipe inglesa para desclassificar as equipes Williams e BMW devido a irregularidades na temperatura da gasolina em Interlagos. As rivais chamam a McLaren de "suja" e "hipócrita" para baixo.

Nenhuma decisão foi conhecida ainda. E acho que não vai dar em nada. Afinal, nem Lewis Hamilton quer ganhar um título assim, o que macularia sua carreira e envergonharia toda a comunidade automobilística.

Enfim, como temos que pensar em frente, as equipes já começaram seus testes para o próximo campeonato. Sem controle de tração nas "baratas", os pilotos andaram em Jerez de la Frontera, na Espanha. Um deles, fora das pistas há quase um ano, deu um show.

Desnecessário dizer que ele é um alemão, sete vezes campeão do mundo, um tal de Michael Schumacher.

Seis quilos acima do peso, perto de completar 39 anos, ele ainda guia uma barbaridade. Duvidam?

Basta pegar os tempos dos dois dias onde ele andou. E na ponta da folha, lá estava Schumacher, com a autoridade de quem foi o maior do seu tempo, quiçá de toda a Fórmula 1.

Acho que a coisa funcionou, para todos os demais pilotos presentes na pista - Badoer e Felipe Massa inclusive, que também andaram de Ferrari na Espanha - como uma aula. O macacão de Schumacher foi como uma espécie de guarda pó. As mãos hábeis na guiada da F2007 funcionaram feito a batuta de um regente. A pista foi seu quadro-negro, onde desenhou trajetórias que nenhum outro piloto com tanto tempo fora do automobilismo conseguiu fazer.

E depois de dois dias, missão cumprida, disse "tchau" e voltou para sua casa em Vufflens le Chateau, na Suíça.

Precisava mais?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Clip da semana - "Tearing Us Apart"

Comprei na semana em que estive em São Paulo a autobiografia do guitarrista britânico Eric Clapton. Um registro comovente sobre a vida e a carreira do músico que completou 62 anos de idade em 2007 e que vivenciou altos e baixos graças ao seu envolvimento com álcool e drogas de todos os tipos nas passagens pela trajetória solo e em grupos como Yardbirds, John Mayall, Cream, Derek & The Dominos, Blind Faith, Delaney & Bonnie and Friends e o Palpitations, montado por Pete Townshend para o concerto de retorno do artista em 13/1/1973.

Figura de proa do blues e do rock, EC segue lançando discos inéditos e trabalhos muito bacanas nos últimos 20 anos, como o excelente "From The Cradle" e "Riding With The King", dueto com o lendário e hoje aposentado B. B. King. E toca a vida com quatro filhos de um terceiro casamento, além da Crossroads Foundation, em Aruba, para o tratamento de viciados - como um dia ele foi na vida.

Há duas décadas atrás, quando sua carreira vinha em trajetória bastante errática e ele até aparecera de cara limpa, sem a barba que é sua marca registrada desde que deixou o Cream, ele fez um ou dois álbuns com a produção de Phil Collins, que também tocava bateria com ele. O grupo de apoio de EC tinha, além do genial carequinha, os músicos Nathan East e Greg Philliganes. A eles juntou-se, em turnê, a dona das pernas mais espetaculares da música naquele tempo: Tina Turner, que gravou com Clapton uma música: "Tearing Us Apart".

Que é a do vídeo aqui embaixo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tropa de Elite




As três fotos acima são parte dos flagrantes da rapaziada da melhor qualidade que acompanhou durante o fim de semana na sala de imprensa e no paddock do Autódromo de Interlagos, a 35a. edição das Mil Milhas e a primeira prova da Le Mans Series no país. Diria eu que uma Tropa de Elite da imprensa esportiva automobilística.

Um grande abraço aos mestres Joca e Saloma, ao camarada Pandini, ao Vicaria (HOOOVER!), ao cracaço Ico, aos amigos Chitãozinho, Décio, Monopé, Terena e Vinícius Nunes, aos estagiários do Grande Prêmio, e também aos colegas Zé Eduardo Martins e Ricardo Montesano, que estiveram cuidando da parte nacional da assessoria de imprensa do evento.

E uma pergunta que não quer calar: por onde andaram Osmar Pingueta e Kaká Ambrósio naquela tarde-noite de sábado?

Cartas para a redação.

Osso duro de roer - II

Camaradas blogueiros, cá estou de volta ao Rio de Janeiro. Foram seis dias muito bons em São Paulo, mas o dever me chama e amanhã também volto ao batente normal. Antes de viajar de volta nesta terça-feira, revi ontem à noite o filme "Tropa de Elite".

Sei lá, mesmo com todo o impacto da primeira vez, ainda resolvi vê-lo - não pra ficar com alguns dos diálogos na ponta da língua, mas porque é uma resposta coerente àqueles que só viram a versão pirata e se acomodaram nos sofazinhos de suas casas para ver uma produção que sequer estava finalizada quando as primeiras cópias caíram na mão dos vendedores de rua.

Bem fez o amigo Carlos "Chitãozinho" Garcia, que assumiu a culpa por comprar uma versão pirata do filme, ao invés de esperar pelo lançamento na telona para assisti-lo. O arrependimento só cabe para as pessoas inteligentes que têm a real noção das coisas.

E olha que foram nada menos que 30 milhões de pessoas que compraram as tais cópias piratas. Uma estatística pouco surpreeendente, considerando que poucos têm condição de pagar 15 reais por um ingresso de cinema - porém podem comprar um aparelho de DVD player e colocar nele uma cópia pirata de um filme ainda inédito, pelo módico preço de 5 reais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Osso duro de roer

SÃO PAULO - Neste período em que estou aqui em Sampa, tive dois dias "mais ou menos" de descanso: sexta-feira e ontem, domingo. Quando digo mais ou menos entre aspas, é que em primeiro lugar, não dá pra ficar parado num quarto de hotel esperando o tempo passar. Pra mim é um puta desperdício. E depois porque acabei fazendo a narração da GT3 às pressas, por uma mudança na grade do Grid Motor.

Enfim... se o domingo foi mais calmo e em excelente companhia, já que o camarada Pandini me convidou para almoçar com sua consorte Alessandra Alves e o figuraça Gabriel, a sexta-feira foi osso duro de roer.

Por que?

Ora... porque acabei enfim assistindo "Tropa de Elite", no Bristol do Center 3, lá na Av. Paulista. Tomei um metrô e fui pra lá ver a película mais polêmica e comentada do ano. Até porque mandei às favas a história do DVD pirata. Pra ver um filme como esse, que seja na telona, com um puta som, a edição bem-feita e tudo o mais que permeia a produção dirigida por José Padilha.

Puta que pariu... confesso que fiquei siderado com o filme. Se a intenção era provocar esse impacto no espectador e suscitar dúvidas - especialmente na relação entre polícia, bandidos e traficantes - "Tropa de Elite" atingiu em cheio seus objetivos.

Nota mil para os ótimos Wagner Moura (um show como o Capitão Nascimento) e os "aspiras" André Ramiro e Caio Junqueira, que tiveram grandes momentos ao longo das mais de duas horas de projeção. Especialmente o personagem Matias - negro e, para polemizar, estudante de direito penal da PUC, que tem que conviver com playboys e maconheiros sem dar bandeira sobre sua profissão.

Outra prova do sucesso de "Tropa" é a quantidade de bordões que caíram no gosto popular, basta citarmos o 'Pede pra sair', 'O senhor é um fanfarrão, xerife' e um dos melhores de todos: 'essa pica não é mais minha, tá na mão do aspira'.

Não é à toa que o filme agora atinge o top 5 de bilheteria nacional em 2007, superando "A Grande Família" e ficando atrás de "Homem Aranha 3", "Shrek Terceiro" e "Harry Potter e a Ordem da Fênix".

Novos rumos na F-1

SÃO PAULO - Boa tarde, moçada. Após recarregar baterias no domingo, descansar, dormir e tudo o mais, cá estou eu ainda em Sampa, em plena tarde fria, cinzenta e chuvosa. E com novidades - tremendas - na Fórmula 1.

A primeira era algo inimaginável até bem pouco tempo atrás: é que Ross Brawn sai do chamado "ano sabático" e assina um contrato com a Honda para ser o novo diretor-geral. Na atual conjuntura da categoria máxima, o britânico que junto com Jean Todt e Michael Schumacher foi uma das "torres" do reerguimento da Ferrari, é o único homem capaz de pôr ordem na bagunça de uma equipe como a japonesa.

Fica aí uma perguntinha: que pilotos vão trabalhar com ele? Button já ameaçava romper o contrato se as coisas não mudassem. Pelo visto, como o esquema promete ser outro, ele vai ficar.

E Barrichello? Bem... sobre o brasileiro nada tem sido dito e os rumores sobre uma possível ida para a Super Aguri se dissiparam. Balões de ensaio como estes são comuns na imprensa, mas a experiência do piloto de 35 anos não pode ser desprezada - ainda mais agora que a Honda investe na experiência de um profissional comprovadamente capacitado.

Enquanto isso, a Ferrari também anuncia mudanças na sua estrutura do departamento de competição. E mudanças significativas, pois Jean Todt, após praticamente 14 anos, sai da parte desportiva e vai cuidar da fábrica em Maranello. Seu lugar será ocupado por Stefano Domenicali. Mario Almondo sai do cargo de diretor-técnico e Aldo Costa, que já ocupou a função, volta a este posto.

Com isso, a escuderia italiana se dissocia completamente da "era Schumacher". Depois da aposentadoria do alemão sete vezes campeão, da saída de Ross Brawn e agora a mudança de cargo de Jean Todt, muita coisa pode acontecer ao longo de 2008.

Aguardemos.

sábado, 10 de novembro de 2007

Mil Milhas - final

SÃO PAULO (fim!) - Acaba a 35a. edição das Mil Milhas e deu a lógica: Peugeot em dobradinha e título para Pedro Lamy / Stéphane Sarrazin, que apesar dos sustos, chegaram em segundo atrás de Marc Gené / Nicolas Minassian, os grandes vencedores. O trio do Creation chegou em terceiro e o Pescarolo, apesar dos percalços, foi o quarto e a equipe se garantiu nas 24 Horas de Le Mans em 2008.

Na LMP2, a Barazi-Epsilon teve a tarefa da vitória facilitada em razão do problema que afligiu o Radical Judd de Warren Hughes / Darren Manning / Mario Haberfeld.

A LMGT1 marcou a vitória do Aston Martin de Rees / Berville / Zacchia / Fisken, que também foi ajudado pelo problema de câmbio do Corvette da Alphand - que mesmo assim pegou a segunda vaga da classe para as 24 Horas de Le Mans. Na LMGT2, a grande surpresa foi o excelente segundo lugar de Xandy / Xandinho Negrão / Andreas Mattheis, se imiscuindo entre os fortíssimos trios europeus. O Porsche da Felbermayr-Proton com Xavier Pompidou / Marc Lieb / Marc Basseng venceu e a equipe está classificada para as 24 Horas de Le Mans 2008.

Mil Milhas - parcial 14

SÃO PAULO (cai a noite) - Oito horas de prova, 338 voltas completadas e a prova deve terminar em no máximo 40 minutos. As equipes mandam os carros pros boxes para os últimos reabastecimentos e no mais recente pit stop do #8 de Lamy / Sarrazin, um susto: o carro chegou a ser recolhido para a garagem, mas regressou à pista agora com 10 voltas de atraso para Minassian / Gené.

O Radical de Warren Hughes / Darren Manning / Mario Haberfeld também está fora da prova, se juntando ao Pilbeam e a vários outros GT2 que já saíram do circuito. Agora quem pára nos boxes é o Corvette da Luc Alphand Aventures, reportando problemas na suspensão traseira.

Entre os brasileiros, o Aston de Fernando Rees está em sexto na geral e provavelmente vencerá na GT1. Xandy / Xandinho e Andreas Mattheis ocupam a segunda posição na LMGT2, com o carro de Nonô Figueiredo / Raul Boesel / Marcel Visconde em quinto e o de Chico / Daniel Serra / Chico Longo em sexto.

Mil Milhas - parcial 13

SÃO PAULO (cansei, diria o Capitão Gay) - E eis que o Safety Car entra na pista com 310 voltas completadas, e às 19h21 deste sábado. Conseqüência de uma porrada do Pilbeam Judd da Pierre Bruneau Competition, que no momento da batida no Esse do Senna era pilotado pelo próprio Pierre Bruneau, um dos integrantes da "Gaiola das Loucas" como já dito em outro post anteriormente.

Enfim... o protótipo da equipe francesa se retira da competição após uma presença pífia na disputa e além dele, outros dois carros estão à nocaute: a Ferrari #97 da GPC Sport e o Porsche #95 da James Watt Automotive, este último por quebra de câmbio.

Isto significa que, independentemente do resultado final na LMGT2, o carro #77 da Felbermayr-Proton já está dentro das 24 Horas de Le Mans, pois terminará a temporada como 2o. colocado entre as equipes da Le Mans Series em sua divisão.

Mil Milhas - parcial 12

SÃO PAULO - Estamos a exatas 80 voltas para o término das Mil Milhas e o passeio Peugeot continua, com Minassian / Gené liderando cinco voltas na frente de Lamy / Sarrazin - que com a segunda posição serão os campeões da LMP1.

O Pescarolo tenta tirar agora, em difícil missão, a diferença de cinco voltas que o separa do Creation Judd agora pilotado por Stuart Hall. Michael Vergers pegou a ponta da LMP2 pois o Radical de Warren Hughes está parado nos boxes em razão de uma quebra de suspensão.

Os abandonos começam a surgir: o Porsche #90 que saiu na pole na LMGT2 com Dirk Werner / Pierre Ehret / Lars-Erik Nielsen já está fora (câmbio quebrado). Outro carro oficialmente fora da prova é o Porsche #79 da Felbermayr-Proton, o campeão de furos de pneus na corrida deste sábado.

Neste momento, também jazem nos boxes o Porsche #92 da Thierry Perrier / Perspective Racing e o #95 da James Watt Automotive. O Corvette #89 teve a bateria trocada e acaba de regressar à pista.

Mil Milhas - parcial 11

SÃO PAULO (e o sol surge no meio das nuvens!) - Faltam menos de cem voltas para o fim nas Mil Milhas Brasil em Interlagos e o panorama permanece inalterado entre os três primeiros colocados, com o Peugeot de Gené / Minassian comandando a prova com cinco voltas de vantagem para o carro gêmeo de Lamy / Sarrazin. O Creation Judd em terceiro largou, em terceiro está.

O Pescarolo é que na raça consegue chegar à quarta colocação, graças a uma pilotagem primorosa de Jean-Christophe Boullion, enquanto Mario Haberfeld já entregou o Radical Judd para Warren Hughes, que acaba de enfrentar uma quebra de suspensão na Descida do Lago.

Na LMGT1, o Corvette tenta descontar a diferença, porém o Aston da Larbre se encaminha para a vitória, com onze voltas de vantagem. E na divisão menor dos GTs, Lieb e Pompidou seguem na ponta, com a Ferrari de Xandy / Xandinho / Mattheis em segundo. A Ferrari de Chico / Daniel Serra / Chico Longo está em quinto na classe, imediatamente à frente do Porsche de Boesel / Nonô / Marcel Visconde.

Mil Milhas - parcial 10

SÃO PAULO (drama, drama, drama) - A liderança mais que sossegada do Corvette C6-R da Luc Alphand Aventures na LMGT1 chegou ao fim. O carro, com Patrice Goueslard ao volante, está nos boxes com problemas de câmbio e a equipe se debruça incansavelmente para poder devolvê-lo à pista. Porém, já estão em décimo-quinto na classificação geral e exatas onze voltas atrás do Aston Martin da Larbre.

Nas demais categorias os líderes seguem os mesmos: Peugeot de Gené e Minassian na LMP1; Radical Judd de Haberfeld, Hughes e Manning na LMP2; Porsche de Lieb, Pompidou e Basseng na LMGT2.

Demais brasileiros: Xandy / Xandinho / Mattheis em segundo na LMGT2; Longo / Daniel / Chico Serra em sexto; Boesel / Marcel / Nonô em sétimo na divisão.

Mil Milhas - parcial 9

SÃO PAULO (e segue o passeio) - A Peugeot passeia em Interlagos e a Felbermayr-Proton vive um drama particular. Dois de seus três carros - o #79 de Horst Felbermayr Sr. / Gerold Ried / Johannes Stuck e o #88 com Horst Felbermayr Jr. / Christian Ried estão às voltas com uma seqüência inacreditável de furos de pneus - sempre no lado direito, ora o traseiro, ora o dianteiro.

Eu confesso que já perdi a conta - devem ser oito pneus furados no total. Mas me digam uma coisa, com sinceridade...

Isto não é algo que deporia francamente contra o fabricante?

Cartas para a redação.

Mil Milhas - parcial 8

SÃO PAULO - Susto na corrida tranqüila dos Peugeot. O carro #8, com Pedro Lamy ao volante, perdeu três três voltas nos boxes em razão de uma falha no sistema elétrico do carro - que já regressou à pista de Interlagos e em ritmo normal.

O Creation de Felipe Ortiz está oito voltas atrás do ponteiro e três agora do Peugeot, com Mário Haberfeld em quarto no geral, Karim Ojjeh em quinto e Jean-Christophe Boullion - que reassumiu o Pescarolo, em sexto.

Nas outras categorias, tudo como dantes no quartel de Abrantes: liderança do Vette na LMGT1 e Marc Lieb segue absoluto na ponta da LMGT2, uma volta adiante de Xandinho Negrão, com Ben Aucott em terceiro e Lars-Erik Nielsen em quarto.

Chico Serra é o sexto na divisão e Raul Boesel vem em sétimo, depois que o Porsche da JWA - com Allan Simonsen ao volante - está parando nos boxes.

Mil Milhas - parcial 7

SÃO PAULO - Entre rodinhas de conversa, miniaturas, regalos e tudo o mais, segue o esquema em Interlagos: Peugeot em primeiro, Peugeot em segundo. A diferença entre Minassian e Pedro Lamy, que estão em seu segundo turno de pilotagem, é de uma volta. E de cinco em relação ao terceiro colocado, que é Jamie Campbell-Walter, com Creation Judd.

Mario Haberfeld entrou para guiar o Radical Judd da Embassy e vem sustentando a liderança na LMP2, pois o árabe Karim Ojjeh (que descobri ser irmão do sócio da McLaren, Mansour Ojjeh) não tem o mesmo ritmo do brasileiro.

Emmanuel Collard, por seu turno, trouxe o Pescarolo Judd ao sexto lugar geral - mas a quatro voltas do Zytek. Enquanto isso, o Corvette da Luc Alphand tem nada menos que seis voltas de avanço sobre o Aston Martin da Larbre Competition.

Na LMGT2, continua Xavier Pompidou em primeiro e Xandy Negrão andando forte com a Ferrari da JMB Racing, em segundo. Philipp Peter é o terceiro na categoria, com Richard Westbrook em quarto, Dirk Werner em quinto e Peter Kox em sexto. Daniel Serra é o oitavo na divisão e Nonô Figueiredo o nono.

A ressalvar que dois dos três carros da Felbermayr-Proton já tiveram nada menos que seis pneus traseiros furados no lado direito. Dou um doce se alguém adivinhar o nome do fornecedor...

Mil Milhas - parcial 6

SÃO PAULO - Temos agora 3h30 min de prova já cumpridos e, acreditem, o Peugeot líder já completou 152 voltas, com Gené ao volante. Stéphane Sarrazin segue em segundo com uma volta de atraso.

Jamie Campbell-Walter voltou ao volante do Creation e é o terceiro colocado no geral e na classe LMP1, seguido pelo Radical - já que Darren Manning, numa pilotagem super agressiva, roubou a ponta na subdivisão LMP2 do franco-dinamarquês Juan Barazi.

No Corvette, Beretta guia seu segundo turno. O único inconveniente é... o ar-condicionado!, que está falhando e criando muito calor dentro do carro. Manu Collard já está na sétima posição geral, com o Aston de Gregor Fisken em oitavo.

A LMGT2 é a categoria mas disputada, com Xavier Pompidou liderando e Philipp Peter em segundo. Xandy Negrão está em terceiro, com Richard Westbrook em quarto, vindo a seguir os pilotos Dirk Werner, Peter Kox, Jonny Kane, Daniel Serra, Nonô Figueiredo e Christian Ried.

Mil Milhas - parcial 5

SÃO PAULO (em companhia ilustre) - Ao lado de Mestre Joaquim, continuamos acompanhando a 35a. Mil Milhas direto de Interlagos. Com duas horas de prova já completadas, liderança mais que sossegada dos Peugeot, que continuam separados por uma volta entre um e outro. Gené lidera e Sarrazin é o segundo colocado.

Stuart Hall é o terceiro com o Creation, três voltas atrás dos líderes, enquanto Juan Barazi, já a bordo do Zytek depois que Michael Vergers guiou dois turnos diretos, é o quarto na classificação geral e líder da LMP2.

O Vette com Goueslard ao volante é o sexto "overall" e líder na LMGT1, no momento em que Fernando Rees assume o volante do Aston Martin para seu primeiro turno nas Mil Milhas.

A classe LMGT2 tem o Porsche da JWA na liderança, com Allan Simonsen ao volante, seguido por Marc Basseng e Dirk Werner.

Chico Serra é quarto na divisão, com Andreas Mattheis em quinto e Raul Boesel em oitavo.

O Pescarolo com Primat já está em décimo-quarto na geral.

Mil Milhas - parcial 4

SÃO PAULO - A maldição dos problemas de pneus de um certo fabricante não pára. Nestas Mil Milhas, três carros já foram aos boxes com pneus furados e dois deles são os Porsches da Felbermayr-Proton. O mais recente problema foi com o carro de Christian Ried e Horst Felbermayr Jr.

O Pescarolo Judd voltou à pista agora com Harold Primat ao volante. Perdeu doze voltas para reparo do freio dianteiro e está em décimo-sétimo na classificação geral.

Os Peugeot fizeram o serviço completo: abastecimento, troca de pneus e piloto. Agora estão na pista Gené (liderando) e Sarrazin, em segundo. Outra equipe que também trocou de piloto foi a Creation, com Stuart Hall assumindo no terceiro turno.

Os brasileiros vão bem: Xandinho Negrão é segundo na LMGT2, Chico Serra é quinto e Raul Boesel nono.

Mil Milhas - parcial 3

SÃO PAULO - O Pescarolo chegou aos boxes com dificuldade e neste momento o carro está na garagem. Boullion já deixou o cockpit e entrou em seu lugar o piloto Harold Primat. Neste momento, a equipe mexe no freio dianteiro.

Mil Milhas - parcial 2

SÃO PAULO - Aproximadamente 1h30 de prova e já passamos de 60 voltas. Os Peugeot dominam com facilidade e os pilotos continuam no segundo turno de pilotagem. A vantagem de Minassian sobre Pedro Lamy é superior a uma volta. Boullion também segue guiando o Pescarolo Judd e encontra-se em terceiro, na mesma volta do Peugeot #8. Ortiz é o quarto com o Creation.

Nesse momento, o Pescarolo tem problemas com o pneu dianteiro esquerdo e se encaminha lentamente para os boxes.

Na LMP2, o Zytek de Vergers segue liderando com vantagem de 50 segundos para o Radical de Warren Hughes. Gavin lidera com o Vette da Luc Alphand na LMGT1 e na classe LMGT2, Marc Lieb é o líder, seguido por Xandinho Negrão e Allan Simonsen. Chico Serra já trocou com o filho Daniel e é o sexto na categoria. Raul Boesel vem em décimo na divisão após trocar com Flávio Nonô Figueiredo.

Mil Milhas - parcial 1

SÃO PAULO - Previsível liderança dos Peugeot 908, com Minassian pilotando o carro em dois "stints" diretos, assim como Pedro Lamy, que já está em segundo - mas com uma volta de atraso.

Boullion é o terceiro colocado, com Felipe Ortiz em quarto no Creation.

Na LMP2, com o Pilbeam tendo problemas já na primeira volta, restaram o Zytek com Vergers e o Radical, guiado neste momento com Warren Hughes.

A LMGT1 tem liderança do Corvette, com Oliver Gavin pilotando neste momento.

E na LMGT2, surpresa: o Porsche da Thierry Perrier lidera com Rob Barff ao volante. Marc Lieb é o segundo com o carro da Felbermayr-Proton e Flávio Nonô Figueiredo vem em terceiro com o carro da Stuttgart.

Todos os competidores já têm pelo menos uma parada nos boxes. E o Porsche de Christian Ried / Horst Felbermayr Jr. já consta como "out", ou seja: fora da prova.

Começou!

SÃO PAULO - Boa tarde moçada, começou a 35a. edição das Mil Milhas aqui em Interlagos, com tempo bastante ameaçador e grande possibilidade de chuva durante a tarde. A largada foi dada pouco antes do meio-dia e o Peugeot de Marc Gené e Nicolas Minassian lidera com cerca de 8 segundos de vantagem sobre o Pescarolo Judd de Emmanuel Collard / Jules Boullion / Harold Primat. O Peugeot de Pedro Lamy e Stéphane Sarrazin, que largava na pole position, ficou parado antes da volta de formação e já está na oitava colocação após quatro voltas completadas.

Na LMP2, liderança do Zytek com Michael Vergers ao volante. Na GT1, o Corvette é o ponteiro com Olivier Beretta e na classe GT2 quem está em primeiro é o Porsche da Proton-Felbermayr, com Xavier Pompidou ao volante.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Impressões positivas

SÃO PAULO - A sexta-feira é dia livre para as Mil Milhas, mas não se pode deixar o dia em branco. Na quarta e na quinta, durante os treinos, acompanhei a movimentação da turma e pude conversar com alguns jornalistas e pilotos.

Fui apresentado ao monegasco Olivier Beretta, simpática figura da equipe Corvette, guiando neste fim de semana o "trovão" da Luc Alphand Aventures. Ele, a exemplo de outros sete pilotos, já esteve na F-1 e guiou em Interlagos há 13 anos atrás um Larrousse Ford, na sua única experiência na categoria máxima. Ele parece bem feliz e realizado em poder ainda ser competitivo e fazer o que gosta.

Já o holandês Michael Vergers me proporcionou uma excelente conversa. Após a coletiva, falamos sobre a pista de Interlagos (ele já correu as Mil Milhas, há três anos) e o Zytek LMP2 que guia. "Somos muito rápidos e vamos brigar por um pódio na classificação geral. Creation e Pescarolo que se cuidem!", brincou enquanto falávamos. Sobre 2008, ele quer ficar na Barazi-Epsilon, que tem planos para alinhar um carro só com dinamarqueses. Perguntei se vão pôr um segundo e ele, rindo, desconversou: "São apenas rumores".

Hoje aproveitei para subir a lendária Av. São João, passar em sebos onde achei raridades da italiana Autosprint e ir na Galeria do Rock, onde me esbaldei comprando tênis, jaqueta, camisetas e CDs - Ten Years After, Crosby Stills Nash & Young e Grand Funk Railroad.

E é só. Amanhã tem mais, direto de Interlagos.