segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Carros de uma corrida só (parte 5) - Bugatti T251

A Bugatti, marca lendária da indústria automobilística, começou suas atividades em 1909. Fundada por Ettore Bugatti, um italiano que emigrou para a França, a marca logo ingressou nas corridas, mas a I Guerra Mundial impediu as competições.

Na década de 20, a Bugatti regressou com força na categoria voiturettes conquistando cinco triunfos em oito corridas de que participou. E logo depois surgiria o piloto que deu maior visibilidade à marca franco-italiana: Louis Chiron. O monegasco e Achille Varzi foram os maiores combatentes dos pássaros prateados alemães construídos por Mercedes e Auto Union, numa época em que a Alfa Romeo dominou por um bom tempo as competições. Veio a II Guerra, as corridas foram de novo suspensas e a Bugatti saiu de cena.

Entre 1946 e 1948, quando a Fórmula 2 já era uma alternativa barata e com motores de menor cilindrada em relação à F-1, a Bugatti alinhou um carro com bons resultados. Mas de novo a marca despareceu do horizonte. Por isso, foi até com uma boa dose de surpresa que o construtor anunciou um projeto para a categoria máxima, em 1956.



Obra de Gioacchino Colombo, o modelo T251 pintado na tradicional cor francesa (azul-claro) no automobilismo foi concebido com motor de oito cilindros em linha. Desenvolvido na fábrica de Molsheim, o conjunto carro-motor fez sua aparição no GP da França com Maurice Trintignant, que um ano antes vencera o GP de Mônaco.

O carro era bonito, mas não tinha a qualidade necessária para um bom resultado: velocidade e confiabilidade. Trintignant queixou-se da lentidão do bólido depois de amargar o antepenúltimo tempo entre 20 inscritos. O 13º lugar foi o que o experiente piloto conseguiu de melhor durante suas dezoito voltas na prova, antes de abandonar com problema no acelerador.

Após o fracasso do T251 em Reims, Colombo pediu as contas e foi ajudar no desenvolvimento da Maserati 250F, que se tornaria campeã em 1957 com Juan Manuel Fangio. E o carro ítalo-francês jamais saiu da fábrica de Molsheim para qualquer outra competição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Foi uma tentativa infeliz,a propria equipe tecnica não queria que o T251 disputasse o GP da França ,mas os donos da Bugatti não deram nem bola,tinha que correr, pois já tinham gastado grande quantia na promoção da prova ,o grande retorno da Bugatti nas corridas.
E olha que o carro era muito interessante,motor traseiro transversal (só apareceria de novo na F1 em 64 com a Honda 1500),era oito cilindros ,tipo quatro mais quatro ,Colombo adorava esta tecnica,segundo ele podia-se trabalhar mais facil no torque do motor(?).
Mas eram muitas novidades para um primeiro prototipo , seu motor estava pouco desenvolvido e com certeza muita coisa tinha que ser feita nas suspensões ,o carro era muito curto entre eixo segundo Trintignant.
Teve uma outra versão de carenagem .

Jonny'O