domingo, 21 de janeiro de 2007

Aventura africana

Nenhuma surpresa: terminou a edição de número 28 do Rali Dacar, alcunhado de "Rali da Morte", com vitória da França nos carros e nas motos.

Stéphane Peterhansel, um mito da competição em duas rodas, agora se consagra novamente em quatro, com o Mitsubishi do Team Ralliart. Desta vez, ele não teve problemas e relegou o companheiro de equipe e campeão em 2006, o antigo campeão mundial de esqui Luc Alphand, ao vice.

Jean-Louis Schlesser, o interminável, fez um grande rali e terminou em terceiro com seu buggy de fabricação especial dotado de um motor Ford muito potente. Além dele, outro competidor independente, o americano Robby "Flash" Gordon, guiou muito nas dunas e inclusive venceu uma especial com seu super-Hummer H3 dotado de motor Chevrolet de 6,3 litros e mais de 530 HP de potência.

Os três carros com integrantes brasileiros pelo menos completaram a maratona: Paulo Nobre, em seu segundo Dakar, chegou em 37º na companhia do navegador lusitano Filipe Palmeiro; Riamburgo Ximenes, novato na prova, foi o 52º no carro tripulado por Lourival Roldan. E a dupla Kléver Kolberg e Eduardo Bampi, que inclusive foi roubada numa das madrugadas de descanso, concluiu em 57º.

Nas motos, o time brazuca tinha quatro pilotos - um recorde, que foi reduzido à metade em razão dos acidentes e abandonos de Dimas Mattos e Sylvio Barros. Mas a participação foi positiva: o novato Carlos Ambrósio foi muito bem e chegou em 50º na geral - bem diferente do carioca Bernardo Bonjean, que no ano passado sempre esteve entre os últimos.

Jean Azevedo sofreu uma quebra, foi penalizado com acréscimo de tempo, caiu para 79º e recuperou bravamente para chegar em vigésimo-quinto, não sem antes vencer pela segunda vez na carreira uma especial do Rali - a primeira fora na edição de 2005, quando completou a prova em oitavo.

A vitória em duas rodas ficou com Cyril Després, depois que o grande rival Marc Comá acidentou-se e não pôde continuar. David Casteu ficou com o vice, seguido pelo ótimo americano Chris Blais. Destaque também para a quinta posição do português Hélder Rodrigues e o sexto posto do lituano Janis Vinters, que a exemplo de Jean, saíram do Rali com uma vitória em especiais para cada um.

Como de hábito, as mortes ensombraram o evento. E neste ano foram duas: a do sul-africano Elmer Symons (num acidente) e do francês Eric Aubijoux, por infarto fulminante do coração.

Na categoria dos pesados, o favoritíssimo Vladimir Tchaguine deu adeus ao evento logo no início, abrindo caminho para a vitória do holandês Hans Stacey, o vice-campeão de 2006, com seu modelo MAN. O Tatra da equipe brasileira com André Azevedo e Maykel Justo, além do tcheco Jaromir Martinec, fechou em quinto e foi o melhor veículo com pilotos do país no evento.

Fiquei de todo modo desapontado porque ao contrário do que aconteceu em 2005 e no ano passado, não fizemos os boletins diários do Rali Dakar, o que pra mim era um grande prazer.

Mas, pensando bem, não foi ruim assim: afinal, minhas férias acabaram começando 48 horas mais cedo... hehehehehe!

2 comentários:

Anônimo disse...

ola, me esclarece uma duvida?
o luc alphand e o mesmo do corvete de le mans?

Rodrigo Mattar disse...

É ele mesmo!