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O Brasil venceu.
Parabéns a mais de 58 milhões de eleitores que não se deixaram levar pelo maior massacre que um governante jamais sofreu desde a restauração da democracia.
É com a força do povo, a força de quem faz uma nação crescer, que Lula vai governar por mais quatro anos.
Um povo sofrido, que só quer o melhor para si - e isso inclui colocar os aloprados, os corruptos e os bandidos na cadeia, venham de onde vierem, mesmo que sejam do próprio PT.
E como creio que não serei capaz de reproduzir tão fielmente o estado de graça que todos nós, eleitores de Lula e do PT estamos, faço minhas as palavras do camarada Luiz Alberto Pandini.
Vencemos os preconceitos, o terrorismo, a parcialidade da mídia, as caras feias, as mentiras, os e-mails cheios de erros de português de gente que insiste em chamar Lula de "analfabeto", os nojentos e escrotos adesivos com a mão de quatro dedos dentro de uma placa de proibição.
Vencemos uma direita raivosa, corrupta, suja, assassina e desonesta, representada por partidos como o PFL. Vencemos a prepotência dos próceres do PSDB, um partido que nasceu se apresentando de centro-esquerda mas formado por intelectuais preconceituosos que se recusavam a "se sujeitar à liderança de um macacão azul".
Vencemos uma elite hipócrita, que se julga dona da verdade, que se coloca acima das leis, que se imagina melhor que seus semelhantes de vida menos afortunada. E, principalmente, que não admite abrir mão de um pouco do muito que pode ganhar - e, com isso, permitir uma vida melhor àqueles que não têm sequer o básico para a sobrevivência.
Vencemos após um ano de bombardeio de uma mídia podre, mentirosa, desonesta, corrupta, carcomida pelo ódio de perceber que seus tempos de desmando chegaram ao fim. Uma mídia ultrapassada, obsoleta, embotada pela cegueira de quem não percebe que os tempos mudaram e que seus jornais, rádios, revistas e TVs não são mais as únicas fontes de informação das pessoas. Uma mídia que insiste em se apresentar como "neutra", mas que durante mais de um ano mentiu, distorceu, omitiu e caluniou.
Vencemos. Resumo o significado desta vitória tomando emprestado um fragmento de um artigo de Emir Sader, publicado no site da Agência Carta Maior no último dia 22 de outubro: "Nunca mais ricos governando em nome dos ricos, com falsas promessas para os pobres. Nunca mais um governo vassalo dos EUA. Nunca mais um governo que criminaliza os movimentos sociais. Nunca mais um governo que desmantela o patrimônio público pela privatização de empresas estatais. Nunca mais um governo que dissemina a educação privada em detrimento da educação pública, que promove a mercantilização da cultura. (...) Nunca mais governos que concentram ainda mais a renda no Brasil, que vendem a Amazônia para ser vigiada pelas raposas do Império".
Vencemos! Boa sorte, presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segure seus aloprados, governe para quem precisa, faça com que este povo possa finalmente começar a escrever sua história com as próprias mãos. E não se preocupe comigo: não quero nada em troca do meu voto, a não ser um país melhor, mais justo, em que ninguém viva na miséria. Eu sou de classe média, tenho um bom padrão de vida sem ser rico, pude lutar e conseguir tudo o que preciso.