Os treinos coletivos da Fórmula 1 em Barcelona têm sido um festival de invencionices digno do Professor Pardal. Na seção frontal da Ferrari F2008, dois túneis escavados para tirar proveito da pressão aerodinâmica e fazer um canal dentro da própria asa dianteira. E por onde o ar entra? Simples: por uma pequena extremidade na ponta do bico.
Se isto vai resultar com os pneus frisados, não se sabe. Com os slicks, ontem a Ferrari deu uma tremenda lavada na concorrência, com Felipe Massa enfiando uma "luneta" de quase 3 segundos sobre a Honda de Alexander Wurz.
A marca japonesa, aliás, apareceu na Catalunha com o RA108 dotado de "orelhas de dumbo" - as mesmas que o malfadado carro do ano passado carregou em alguns testes. Por incrível que pareça, o inusitado artefato surtiu efeito hoje, pois Rubens Barrichello foi o mais rápido da terça-feira, colocando 0"793 na... Force India! - que fez o 2º tempo com Giancarlo Fisichella.
Já a Renault compareceu aos treinos com uma cópia cuspida e escarrada do cofre de motor "bigorna" que a Red Bull - cliente da montadora francesa - introduziu através do engenheiro Adrian Newey. Fernando Alonso andou com o R28 "bigorna" e foi quarto na parte matinal dos testes, sexto ao fim do dia.
Em tempo: nos testes da Espanha, apenas a Super Aguri, por razões óbvias (falta de fundos) e a Toro Rosso, às voltas com o desenvolvimento do STR3, também não compareceu. E existe a obrigatoriedade de cada equipe entrar na pista com apenas um carro cada - em razão da restrição a 30 dias de treino / ano durante a temporada, imposta pela FIA.
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