Eles reapareceram mundialmente há cerca de seis anos, inscrevendo um de seus carros nas 24 Horas de Le Mans e desde então são presença constante com o modelo C8 GT2, conquistando alguns bons resultados.
Mas para quem não sabe, a Spyker tem tradição - e muita - em outras áreas.
A empresa, fundada por Jacobus e Hendrik-Jan Spijker, começou suas atividades no século XIX, em 1898, construindo um carro com motor Benz. E também a carruagem que serve - até hoje - à Família Real Holandesa. Uma tradição que começou em 1901 com o casamento da Rainha Guilhermina com o príncipe Hendrik e seguiu até 2002, quando se casou o príncipe Willem-Alexander com a princesa Máxima.
A Spyker foi a primeira empresa a desenvolver também um carro com tração nas quatro rodas, em 1903. E quatro anos mais tarde, o modelo Tourer de 18 HP chegou em segundo no Rali Pequim-Paris.
Em 1914, a Spyker começou a construção de aviões, como esse aqui embaixo da foto. Esse é o modelo VI.
E a empresa iniciou nos automóveis o desenvolvimento aerodinâmico inspirado na engenharia aeronáutica. Fizeram o modelo C4 que andaria com motores Maybach, em 1922. Mas já enfrentavam dificuldades financeiras enormes e não conseguiram pagar a encomenda de mil propulsores feita junto à Maybach. Como conseqüência, três anos mais tarde, a Spyker faliu.
A defunta marca parecia caída no esquecimento até que Victor Müller comprou os direitos do nome e fez a Spyker renascer das cinzas com os modelos GT C8 e o D12 SSUV Pequim-Paris, comemorando os 100 anos do vice-campeonato do Tourer nessa mesma prova.
Os holandeses, com ajuda do empresário Michiel Mol, da Lost Boys, partiram para o seu mais ambicioso projeto: uma equipe de Fórmula 1. E para isso, compraram como já citado no primeiro parágrafo, a equipe Midland - a antiga Jordan.
Já no fim do ano passado, mudaram o nome da escuderia para Spyker-MF1. Mas este ano, é só Spyker.
O modelo F8-VIII remete ao passado da empresa como construtora de aviões e o número de cilindros do motor Ferrari usado pela equipe holandesa. E o carro traz de volta a cor laranja à categoria máxima, usada pela última vez na Arrows em 2002, pouco antes do simpático time inglês falir graças ao incompetente Tom Walkinshaw.
O projeto é de Mike Gascoyne, que passou por Jordan, Benetton e Toyota. De gênio tido como difícil, o inglês terá a missão complicada de tirar a Spyker das últimas posições do grid. O problema é a qualidade dos pilotos. Os titulares são Chrstijan Albers e o estreante Adrian Sutil. E os pilotos de teste (são quatro!), os possantes Markus Winkelhock, Giedo van der Garde, Adrian Vallés e Fairuz Fauzy. Um alemão, um holandês, um espanhol e um malaio!
Que fauna...
Um comentário:
Boa Mattar,não conhecia essa historia.
Mas vamos ver do que será capaz a Laranja Mecanica.
Pelo menos o carro é bonito.
Jonny'O
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