terça-feira, 28 de novembro de 2006

CTC: quem se lembra dela?!?

Eu tenho boa memória - ainda. E lembro muito bem da Companhia de Transportes Coletivos, a CTC, que tinha diversas linhas primeiro na Guanabara e depois no Rio de Janeiro, a partir de 1974, operando também em Niterói e Campos.

Anos 70: ônibus da linha 219 (Praça XV-Usina) encarroçado pela Angra Rio

A CTC foi uma das pioneiras em encarroçar ônibus com fornecedores que poucos conheciam, como este abaixo da Nimbus.


E também em usar ônibus elétricos, os trólebus - carinhosamente apelidados de trolleys ou chifrudos.

Quando eu era pequeno, recordo de ter viajado num deles, provavelmente no veículo que fazia a linha E-21, que ligava Madureira a Benfica, no subúrbio.

Os trólebus da CTC eram do modelo Fiat Alfa-Romeo Pistoiese, como esse da foto abaixo.


A empresa chegou a operar seis linhas circulares, 47 percursos regulares, sete variantes, três complementares, dez linhas de integração com o Metrô e outra no Fundão (Cidade Universitária).

E depois do auge, nos anos 70 e 80, a CTC passou a se arrastar com ônibus em estado tenebroso de conservação, com o piso solto, estofamento rasgado e revestimento pichado por vândalos. Muitos dos ônibus ganharam por isso o jocoso apelido de "catacornos".

Modelo Mercedes-Benz monobloco. Depois de anos de uso, foi chamado de "catacorno"


A empresa tentou virar o jogo modernizando a frota para linhas expressas que cortavam o Túnel Rebouças, comprando dezenas de carrocerias Ciferal com motores Volvo. Os ônibus foram imediatamente apelidados de "Brizolões", porque era a época do primeiro mandato do gaúcho Leonel Brizola como governador do Estado.



Mas a frota sucateou pouco a pouco e a CTC sentiu o peso de ter linhas em excesso. Algumas delas, como a 610, que ligava o Largo da Cancela ao Tuiuti, em São Cristóvão, tornaram-se desnecessárias.

E a empresa entrou em processo de liquidação em 1996, encerrando suas atividades na capital do Estado, em Niterói e também em Campos. De suas antigas linhas, vinte e sete permanecem operando até hoje.

5 comentários:

Anônimo disse...

Rodrigo,

A ultima linha de Bondes, excetuando-se os de Santa Teresa, também eram da CTC e esta linha fazia o percurso Largo da 2ª Feira - Alto da Boa Vista e eram Bondes todos fechados, parecidos com onibus.

Anônimo disse...

Opa Rodrigo claro que lembro !

Estou ficando velho ! hehehe

me lembro de umas fichinhas coloridas que vc recebia e ao descer do ônibus e as depositava em um recipiente que parecia um baleiro ou coisa que o valha ao lado do motorista, isso é mais vivo na minha lembrança principalmente na linha que ia até a usina e depois seguia até a barra.

O ônibus da ultima foto eu pegava muito a linha 999 (o pessoal chamava de "quase mil") que ia para Niterói onde ia para visitar meu tio que morava no Fonseca e o bicho andava muito no trecho da ponte então, o "piloto" mandava ver, o motorzão Volvo tinha um som bem caracterísco, roncando grosso e o silvo da turbina "enchendo" na aceleração.

abs

Anônimo disse...

Em 1976 eu ia a trabalho ao Rio, ali na Av. Presidente Vargas, e usava no trajeto do Galeão a sede da IBM o FRESCÃO!!! Alguém se lembra ou tem foto?

Rodrigo Mattar disse...

Nossa... sistema de fichas! Tinha isso... A Tijuquinha foi a última empresa que usou isso na linha que sobe o Alto rumo à Barra da Tijuca, e não tem muito tempo isso não...

edutango disse...

o Brizola ´´inventou´´ o Padron

Hoje as empresas encurtam seus onibus com os MIds