Ufa!
Terminou o Campeonato Brasileiro.
Glória ao São Paulo, o merecido campeão de 2006, que praticamente não teve adversários.
Parabéns ao valente Grêmio que, enquanto escrevo o post, ainda é o terceiro colocado - mas se vencer o Fortaleza, ficará na frente do eterno rival Inter como vice-campeão. Um feito e tanto para quem saiu da Série B.
E que este ano sirva de alerta para diversos times de tradição - em especial Fluminense e Palmeiras, que morreram abraçadinhos no Maracanã neste domingo.
Um joguinho que não valia de porra nenhuma e podia ser chamado de "Obrigado X Ponte", uma alusão ao rebaixamento que o time de Campinas cavou nas últimas rodadas até conseguir.
Os especialistas não tiveram pena: ao analisar o jogo, criticaram duramente as duas equipes, num espetáculo (espetáculo?) paupérrimo que levou menos de 7 mil pagantes ao Mário Filho.
Vamos e venhamos: o que ambos os times fizeram de bom este ano?
O Palmeiras foi ligeiramente melhor no primeiro semestre, porque jogou a Libertadores que o tricolor do Rio não teve competência para alcançar em 2005. Mas o sonho durou pouco. Eliminado pelo São Paulo, o alviverde sequer alcançou as quartas-de-final.
O Fluminense começou como franco favorito ao bi do Estadual, mas a falta de critério de contratações de jogadores e o planejamento pífio da diretoria fizeram tudo cair por terra. A Copa do Brasil poderia ser, de novo, a salvação da lavoura, mas o Flu não soube ganhar do Vasco (que novidade...).
E veio o Brasileiro, onde o time carioca até começou muito bem e o Palmeiras teve um início ridículo, fazendo antever o fantasma do rebaixamento que o time vivera em 2002.
Mas de novo a falta de critério da diretoria do Fluminense pôs tudo a perder. Como o clube é refém do patrocinador, o técnico Oswaldo de Oliveira era impelido a escalar os jogadores cujos salários eram pagos por fora. Muita gente diz que não é por aí, mas fontes me garantem que a história era essa.
E Oswaldo foi demitido (inclusive, neste momento, ele acaba de pedir demissão no Cruzeiro). Resultado: o Flu tinha um padrão de jogo minimamente competitivo e, com a ciranda de técnicos, esse padrão deixou de existir.
No Palmeiras existem problemas de cunho político, mas muito mais presentes e fortes que no Fluminense. Os corneteiros chiam barbaridade, nunca a "Turma do Amendoim" reclamou tanto da diretoria e do time ruim, dos jogadores fraquíssimos que vestiram a camisa do alviverde. O vexame foi completado com uma goleada em casa sofrida diante do Internacional, onde a torcida exagerou no protesto e invadiu alguns camarotes do Parque Antártica.
Vamos e venhamos: alguns dirigentes, de tão bocudos que são, se equivalem na mediocridade e na incompetência. Aqui no Rio, a torcida do tricolor abomina Gustavo Mendes, Tote Menezes e Paulo Bhering. Em São Paulo, o alvo do ódio é Salvador Hugo Palaia, o responsável direto pela demissão de Tite, o único treinador que deixou o Palmeiras um pouquinho nos trilhos na Série A.
Que sirva de lição o exemplo do Vasco, que com um time limitadíssimo, mas muito guerreiro, fez uma campanha além da expectativa e por causa de uma bola que bateu na trave aos 46 do segundo tempo, não foi para a Libertadores da América, privilégio que caberá ao Paraná Clube - outra agremiação de investimentos limitadíssimos e que fez uma excelente campanha.
Em tempo: o jogo no Maracanã terminou 1 x 1, graças à intervenção do péssimo árbitro Héber Roberto Lopes, que "meteu a mão" no Fluminense, garfando dois pênaltis claríssimos. A arbitragem brasileira vive momentos de terror. Ninguém se salva, nem os homens com escudo FIFA: Héber, Leonardo Gaciba, Carlos Eugênio Simon e o pior de todos, Wilson Souza de Mendonça.
Aposentem-se, sopradores de apito!
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