No automobilismo, todavia, quem chega a meio século de vida (e inteiro) pode se orgulhar e muito por isso. E o que dizer de Ingo Hoffmann, que aos 53 anos de idade, 33 de amor ao esporte, continua guiando feito aquele pós-adolescente viciado nessa "cachaça" desde que experimentou - e venceu - o Festival do Ronco para estreantes e novatos em 1972, com um "Fuca"?
O Alemão é um bota da maior qualidade. Fez uma carreira de respeito com dois títulos seguidos na Divisão 3 e boas performances na Super Vê e na F-3 inglesa antes do salto para a Fórmula 1, com a Copersucar. Ele mesmo admite que chegou cedo demais à categoria máxima, mas que a experiência valeu. Curioso é saber que depois de vencer uma Temporada Argentina de F-2, dando show em Mendoza e Buenos Aires, as portas se fecharam. E Ingo tinha apenas 25 anos naquela época.
O jeito foi voltar às origens. E atolando na lama, Ingo foi pra Guaporé correr sua primeira prova na recém-criada Stock Car, com um Opalão 6 cilindros. E de lá não saiu mais.
Já são mais de 310 corridas só na principal categoria do nosso automobilismo e nesse meio tempo, ele desfilou sua imensa competência em provas do Brasileiro de Marcas, de Uno, Palio e nas Mil Milhas, onde ganhou em 2003 com um Porsche 996 GT3.
E num ano onde por absoluta falta de sorte não conquistou uma vaga na Super Final da Stock, Ingo barbarizou. Venceu duas das três últimas corridas e fechou 2006 em grande estilo, com uma corrida monumental este domingo em Interlagos para chegar à 100ª vitória em toda a carreira no Brasil.
Ingo Otto Hoffmann já merece o aposto de lenda há muito tempo, em razão do recorde de 12 títulos na Stock. Mas também pode - e deve - ganhar outro elogio:
Gênio.
Um comentário:
Meu querido Mattar, show de bola seu blog... permita-me apenas fazer uma pequena observação que o nosso digníssimo senhor 100 merece.... são 308 provas na Stock... a categoria completou 300 provas em Campo Grande e Ingo 300 em São Paulo na prova seguinte...
Mas é sério mesmo, seu blog é um show de tudo!!
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