domingo, 3 de dezembro de 2006

O resgate da história

O automobilismo é um esporte de histórias riquíssimas. E de carros lendários.

Resgatar o passado e preservá-lo é um dever dos apaixonados.

Que bom que existiu Tom Wheatcroft, que montou em Donington Park o maior museu de carros de corrida do planeta, com o qual até um dos nossos campeões mundiais contribuiu. Nelson Piquet entregou a ele a Brabham BT52 com que venceu a temporada de 1983.

Indianápois e Daytona, com suas construções majestosas e bólidos de todas as épocas, incluindo o Marmon Wasp vencedor das primeiras 500 Milhas em 1911 (!!!) enchem os americanos e os aficionados de orgulho.

Por estas plagas, não existia essa preocupação até há bem pouco tempo. Mas um cidadão dos pampas, chamado Paulo Trevisan, foi à luta.

E já conseguiu reunir num Museu erguido em Passo Fundo, mais de 70 veículos que representam a história do nosso automobilismo.

Entre as jóias listadas estão sete Carreteras; dezenove monopostos (entre F-Super Vê, F-2 Brasil, F-3 sul-americana, F-Ford e F-Chevrolet - vários deles, campeões brasileiros); seis protótipos nacionais da chamada Divisão 4 (incluindo o Meta 20 de Chico Landi, o primeiro carro nacional de competição com motor turbo) e outros oito protótipos construídos a partir da década de 90.

Tem mais: o Trueño Sprint de fabricação argentina que correu com Pedro Victor de Lamare; sete protótipos de fabricação sulista, notadamente o Tubarão; três carros com mecânica DKW (o lendário Carcará é um deles); quatro carros de Turismo dos anos 70, incluindo o recém-restaurado Maverick-Berta da escuderia Hollywood e quatro outros da fase dos anos 80/90; quatro Stock Cars; dois carros italianos e quatro máquinas da chamada Mecânica Continental.

Em suma: é de tirar o fôlego. Mas pode vir muito mais, se o pessoal que tem ainda carros parcialmente inteiros ou semi-destruídos para uma possível reconstrução quiser colaborar com o acervo do Paulo Trevisan.

O Museu já tem site na internet. Vale a pena curtir um pouco a história de máquinas que não saem da memória. E se deliciar com o que existe por lá em Passo Fundo e o que poderá vir a existir no futuro.

2 comentários:

Anônimo disse...

è rodrigo o museu deve ser fantátisco é só ver o naipe dos carros do acervo.

que bom que finalmente está virando realidade pois acompanho via imprensa o trabalho do trevisan e realmente é de tirar o chapéu.

agora é começar a juntar dinheiro para ir a passo fundo. hehehe

abs

tt disse...

Bom, não gosto exacerbadamente assim do esporte, embora sinta-me atraído por tudo o que envolva carros, é por isso que não pude deixar passar a deixa.

Ora, como qualquer ser humano passível de admiração ao que "por si só move", do latim, tenho de deixar a passagem histórica do início deste, que, hoje é sua fonte de sustento (?!).

"A História do Automobilismo no Brasil teve início curioso. O pioneiro da aviação Alberto Santos-Dumont foi quem trouxe o primeiro automóvel para seu país, no ano de 1891. O detalhe é que esse automóvel foi utilizado mais para experimentos com a mecânica de motores do que para o próprio transporte; experimentos esses que culminaram no 14-BIS. Em 1893, em São Paulo, pela primeira vez um carro circulava no Brasil. Guiando o veículo estava Henrique Santos Dumont (irmão de Alberto, que inventara o avião). ..."

Dentre bla bla blás e o conto do vigário, é bem interessante que se mencione os resquícios históricos bem jurássicos, ao invés de só supracitar o que acontece no universo esportivo.

Agora chega, porque tô me sentindo "amiguinho". Arrghth!

L. Arthur Friedrich.
http://o-nabucodonosor.blogspot.com