E Augusto Pinochet morreu.
Sim, amigos, vasos ruins também quebram.
Aos 91 anos, o homem que banhou de sangue o Chile, agora faz parte do passado. E com certeza não sai da vida para entrar na história. Até porque homens como ele não deviam ser reverenciados em hipótese alguma.
Pinochet foi a mola-mestra do processo de "anti-democratização" da América Latina, muito embora eu, você e todas as pessoas inteligentes saibam que o Brasil já era militarizado em 1964. O general golpista derrubou o governo de Francisco Salvador Allende, torturou dezenas de civis, promoveu o extermínio de 3 mil pessoas em dezessete anos como o dono do poder.
E enquanto a maioria dos países do continente já caminhava para a eleição de presidentes civis, o Chile e também o Paraguai, na figura do ladrão Alfredo Strossner, ainda faziam parte do "clube da ditadura moribunda". Até que num belo dia de 1990, Pinochet perdeu poder e o Chile voltou à democracia, elegendo Patrício Aylwin como seu primeiro presidente em anos.
Mas Pinochet perdeu poder em termos. Continuou como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Sua presença nos desfiles militares impunha respeito, medo e fazia ribombar de raiva os corações vermelhos de ódio em razão do genocídio que ele realizou.
E a exemplo de muitos, tive satisfação quando soube que o general fora preso na Inglaterra (tudo bem, era prisão domiciliar, mas...) em razão de seus crimes, incluindo corrupção. Por três anos, pelo menos, achamos que o mundo tinha jeito.
Mas felizmente Deus pôe a mão onde deve. E tirou Pinochet deste planeta.
E, cá pra nós, tarde até demais.
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