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terça-feira, 29 de agosto de 2006
O último suspiro de Lucille
Confesso que fiquei triste com uma notícia que li nesta terça.
O mestre B.B. King e sua Lucille vão sair de cena ao fim deste ano.
Prestes a fazer 80 anos de idade e tantos outros de bons serviços prestados ao blues, ele vai se aposentar de forma definitiva da música.
Conheci tardiamente o mestre, já com vinte e poucos anos, ouvindo dois vinis que um amigo da UFRJ me presenteou. Um deles era uma das múltiplas coletâneas que lançou ao longo da carreira. E o outro, o lendário álbum gravado na prisão Cook County, num show sensacional para mais de mil detentos, onde B. B. atacou clássicos como "Thrill Is Gone".
Foi a senha pra que eu me tornasse fã dele de carteirinha. E sempre que posso compro e ouço seus discos. Vibrei com a presença dele no disco Rattle And Hum, do U2, dividindo com eles a faixa "When Love Comes To Town" - e também num disco dividido com Eric Clapton, o bom Ridin' With The King. E recentemente achei, baratinho numa banca de jornal, um DVD com um show de B. B. no bar Nick's em Dallas, no Texas.
Entremeando as canções, uma entrevista. E nela ele revelou o porquê de sua Gibson Les Paul, de timbre inconfundível, se chamar Lucille.
Na época em que começou a carreira, segundo o guitarrista, ele tocava em bares de madeira. E havia um latão com um fogareiro para esquentar o lugar na época de intenso frio. Dois homens começaram a sair na porrada e, ao derrubarem o latão, o bar imediatamente foi consumido pelas chamas. Na correria, B. B. esqueceu sua guitarra mas voltou para buscá-la, salvando o instrumento. A mulher alvo da briga chamava-se... Lucille. Pronto: foi a senha para uma outra história de amor.
E como retribuição ao carinho dos fãs brasileiros para si, o mestre do blues passará com sua última turnê por aqui. Ele tocará quatro noites em São Paulo - uma no Bourbon Street e três no Via Funchal e fará uma única apresentação no Rio (provavelmente no Tom Brasil que será inagurado na Marina da Glória) e no Teatro Guaíra, de Curitiba.
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4 comentários:
Para a gente que é fã dessa entidade suprema do blues ao teve noticia pior. Felizmente ao contrário do ditado popular vaso bom também dura muito. Vou guardar os meus Cds e Dvds com mais carinho ainda.
Rodrigo,
Graças a Deus seus solos e a Lucille estão imortalizados em LPs e CDs. Eu particularmente fiquei mais triste quando li sobre a morte do Albert Collins, este pra mim dos melhores Blueseiros que já vi e ouvi.
Oi Rodrigo, pode ter certeza que quando ele se apresentar em São Paulo, no Bourbon, estarei lá...
Também sou fã deste "mestre"...
Zilah
Gosto muito do B.B, assim como o Stevie Ray Vaughan Budy Guy, para mim são demônios com as guitarras, pena que o Stevie foi-se cedo e nos privou de desfrutar mais do seu talento.
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