quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Jóias raras na ativa

Se você pensa que já viu tudo em termos de automobilismo, é que nunca se deu conta da existência de um campeonato que reúne, em pleno Século XXI, carros que entraram para a história do esporte.

Criado em 1994, o Thoroughbred Grand Prix é hoje a referência das competições de vintage cars no mundo. Com um regulamento simples, contemplando a presença de carros com motor aspirado construídos entre 1966 e 1985, o TGP por si só chama a atenção pelo desfile de máquinas antológicas da Fórmula 1.



As provas apresentam um mix de baratinhas - como o Tyrrell 001 dirigido por John Delane e que foi campeão em 1971 por Jackie Stewart - com o pináculo da evolução do automobilismo nos anos 70, o carro-asa. O exemplo é a presença do Lotus 88B, o carro de Colin Chapman proibido pela FIA e que, portanto, nunca competiu. No TGP, Anthony Hancock guia o bólido.



Muitos dos carros, aliás, vão para a pista com a sua numeração original. Casos do Tyrrell acima citado, do modelo P-34 seis-rodas de Mauro Pane, do 008 de Andrea Wessels, o Lotus 77 de Junro Nishida, o Lotus 91 de Dan Collins, a Ferrari 312 T3 de John Bosch, a Lotus 87 de David Coplowe, o Ensign N180 de David Abbott, o Surtees TS16 de Alain de Wagter, o Wolf WR2 de Peter Wunsch, o Ensign N179 de Paul Tattersall, a Alfa Romeo 179C de Hubertus Bahlsen, o Williams FW07B de Tony Smith e a Osella FA1 de Ian Barrowman.

E vocês pensam que o Copersucar foi esquecido? Coisíssima nenhuma: um dos chassis F5A ainda está na ativa. O italiano Piero Ratti, um dos grandes entusiastas do TGP, comprou o carro e com ele participa das corridas da categoria.


Neste ano, o TGP já teve cinco corridas: em Hockenheim, Barcelona, Misano Adriático, Spa-Francorchamps e Silverstone. Restam três eventos em Donington Park, Dijon-Prenois e Valência. Steve Hartley, que pilota um Arrows A6 do Mundial de 1983, lidera o campeonato com 41 pontos, seis adiante do espanhol Joaquín Folch, que alinha a Williams FW08 com a qual Keke Rosberg foi campeão em 82.

4 comentários:

Anônimo disse...

É um orgulho ver o F5A andando de verdade novamente, esse carro deve ter sido muito bom mesmo, ele já foi muito bem usado na antiga Aurora , lembram ?
Agora temos o Fd01 e o Fd04 prontinhos,será que vai encarar?
O unico que não voltará mais é o F6 , foi transformado em F6A ,alteraram muito o original, o carro era ruim, mais o danado era bonito.
E esse lotus 88, parece que não é lá essas coisas!

Jonny'O

Anônimo disse...

Adoro ser Brasileiro e tenho orgulho, mas vendo estas fotos queria morar em Londres.

Anônimo disse...

Jonny´O

o concordo em gênero, número e grau, o danado do F6 era lindo e o F6A era tão bonito quanto.

A propósito, o F6 ainda existe ? sumiu ? por onde anda ?

abraço

Anônimo disse...

Reparem como a Tyrrel ex-Stewart está com pneus dianteiros de transporte. Pelo que eu sei dos Copersucar
F6/F6A, o F6 revelou-se um fracasso de chassis, foi transformado em F6A (sim, tão lindo quanto) do qual a equipe fez 2 chassis (um deles, reserva, o Alex tocou no Canadá e depois nos EUA), e tem chance de um deles ter sobrevivido. O complicado é que a equipe - por causa de grana - sempre dava um jeito de canibalizar os carros, de maneira que, por exemplo, o FD01 virou FD02, depois virou FD03, e agora virou FD01 de novo, restaurado pela Dana. O F6 era lindo, tão lindo quanto o FD01 apesar de, na minha opinião, ter sido um crime de lesa-história na restauração terem colocado o nome Copersucar fora da carenagem, sem o qual Copersucar não haveria nenhum dos não sei quantos carros Fittipaldi com que a equipe competiu até fechar. O Ricardo Divila deu entrevista declarando que o mais belo dos Copersucar foi o FD04, que também é bonitão. E o mais feio o FD03, no que concordo inteiramente, seguido pelo F5, feinho de doer, mas não um monstrengo como o 03. Desculpem tanto texto. Abs.