E quem estava lá?
Não, não estou falando de mim... e sim de Paulo Maluf... uiiii!
Nem cheguei perto diante de tão vil figura. Eu sei que ele é fã de Porsches e que participou certa vez de um evento como este, provocando aliás um acidente na prova de Regularidade que compõe o fim de semana. Ele chegou com assessores, um segurança com uma puta arma no coldre e um Porsche Turbo que, pela aparência, dava pra ver que fora todo mexido no Exterior, provavelmente nos Estados Unidos. Conversou alguns minutos e se mandou.
O amigo Pandini, que visita o blog sempre e que faz a assessoria da Porsche no Brasil, comentou que o teto com tomada de ar fake é coisa de preparador americano. E quem sou eu pra discordar.
Passeando pelos boxes, vi e revi conhecidos, como a galera do Muttleys Racing Team que me presenteou em Curitiba com uma camiseta com o desenho do cachorro do Dick Vigarista (que usei pra ir no Salão); o grande Ceregatti (e seus elogios exagerados); Adílson Ayres - braço-direito do Nelson Piquet nos tempos da Super Vê e da F-3, hoje com oficina em Sampa; além do pessoal da Stuttgart, da Porsche do Brasil e da Dener Motorsport, que sempre me recebeu com todo o carinho em Interlagos e Curitiba neste ano.
Afora o prazer de poder conhecer pessoalmente o Átila Sippos, que barbarizava andando de Fiat, Hot Car, Stock e tudo o mais que pintasse pela frente, além de cumprimentar brevemente o hoje piloto de Truck Djalma Fogaça.
Além dos carros da GT3 que fariam a última rodada dupla do ano, os boxes tinham muita gente bonita e nada menos que 85 Porsches de passeio - alguns deles, espetaculares.
Este modelo aí acima aparenta muito com o 356, mas não é.
Trata-se de um exemplar único no Brasil: é o Carrera versão 1959, totalmente reformado com a ajuda do Dener Pires e sua oficina, com capota preta hard top - lindo, lindo, lindo.
Por baixo do capô traseiro, um motor Porsche de competição com 1,6 litro e simplesmente 140 HP de potência, bastante semelhante ao que a fábrica alemã usou na Fórmula 1 e na Fórmula 2.
Mas a aparição mais sensacional foi desse carro aqui debaixo.
Para o meu, o seu, o nosso deleite de quem é apaixonado por automobilismo, eis um dos três exemplares do Karmann-Ghia Porsche que sobrevivem ao tempo. Este foi reformado para ficar com a idêntica programação visual da lendária equipe Dacon, de Paulo Goulart e Anísio Campos, onde correram feras do naipe de Emerson, Wilsinho Fittipaldi, o saudoso Moco, Marivaldo Fernandes e Totó Porto.
Totó, aliás, ficou emocionado quando viu, na pista, a barata em que ele acelerava muito e mostrava o quanto era rápido - aliás, ainda é até hoje.
E por coincidência, o modelo reformado era o mesmo que abrigava o motor Porsche com quatro comandos de válvula e no qual Totó e Moco conquistaram a última vitória da Dacon, no antigo circuito de Jacarepaguá, em 1967.
No que tange à GT3 Cup, que encerrou o campeonato, o de sempre na primeira corrida: vitória e título antecipado para Xandy Negrão, que trocou de roupa, pegou o helicóptero e na companhia da esposa Vera, foi para Buenos Aires ver a Stock Car - pois é patrocinador da equipe de Giuliano Losacco.
A ausência do vitorioso foi a senha para uma última etapa sensacional, especialmente nas seis primeiras voltas da corrida. Beto Posses, o campeão do ano passado, fechou a temporada vencendo e Tom Valle, que completou a corrida na quarta colocação, conquistou o vice-campeonato - com sabor de título porque, segundo a maioria dos que acompanham, "correr contra o Xandy é covardia".
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