O automobilismo brasileiro está de luto.
Faleceu nesta terça, aos 85 anos de idade, D. Juzy, mãe de Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis, e de Wilson Fittipaldi Júnior.
Ela não resistiu a 42 dias de internação numa Unidade de Terapia Intensiva de um hospital no Rio de Janeiro, com problemas cardíacos graves. Os médicos tentaram aplicar-lhe um marcapasso, mas não foi possível sua recuperação.
Nascida na Ucrânia, então uma república da já extinta União Soviética, em 1921, D. Juzy chegou ao Brasil com os pais foragidos da Revolução de Stalin. Casou-se jovem com o Barão Wilson Fittipaldi, já um radialista e gerou Wilsinho em 1943 e Emerson em 1946. O nome do caçula foi inspirado em Ralph Waldo Emerson, filósofo que D. Juzy lia muito - e admirava.
Enquanto uma Fittipaldi, ela não se limitou apenas a ser esposa do principal locutor de automobilismo do país nos anos 40 e 50, tampouco mãe de dois guris que cedo se apaixonariam pela velocidade. D. Juzy também correu em Interlagos, como não?!?
Ela participou da edição de 1953 das 24 Horas para carros, com um Mercedes Diesel (chegou na sétima colocação) e depois de provas como o Rali do Batom, só para moças.
Por trás da aparência frágil, escondia-se uma mulher que não temia desafios , dirigia bem - mesmo depois dos 80 anos, tinha muita personalidade e ótimas histórias para contar, como bem descrito pelo jornalista Lemyr Martins na obra "A Saga dos Fittipaldi".
E é de um dos capítulos deste livro no qual busquei o título para este post.
Aqui deixo minha saudação para a Dama Russa de cujo ventre saiu o precursor de todos os oito títulos mundiais que o Brasil tem na Fórmula 1, desde 1972.
2 comentários:
Un fuerte abrazo desde la Argentina, para todos en este momento tan especial para el automovilismo brasileño.
Tenho certeza que Deus reservou um cantinho especial para a Dama Juzy.
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