O cerco cada vez mais vai se fechando contra a indústria do tabaco no esporte.
Particularmente falando, eu não fumo. Tive um péssimo exemplo na família que me serviu de alerta. Mas não nego que sempre achei muito bonitas as pinturas de carros de corrida com marcas de cigarro.
Quem há de esquecer do preto-e-dourado da John Player Special?
Ou então o Mundo de Marlboro, que tomou conta da Fórmula 1 nos anos 70 com BRM e depois McLaren, e que está aí até hoje - só que em menor escala, claro...
O que eu quero dizer é o seguinte: ao fim desta temporada, duas marcas que desempenharam importante papel no automobilismo contemporâneo saem de cena, ofuscadas pelas pressões intensas da União Européia, que exige o banimento imediato da publicidade tabaqueira no automobilismo.
A Lucky Strike e a Mild Seven, patrocinadores principais das escuderias Honda e Renault estão dando bye-bye para a F-1, num caminho já trilhado pela Reemstma, que é dona da marca West, antiga patrocinadora da McLaren.
A decisão da Japan Imperial Tobacco, dona da Mild Seven, até já era esperada. A Renault assinará um contrato com a empresa de seguros IMG e o visual do modelo R27, do próximo ano, será divulgado muito em breve.
Já a British American Tobacco (BAT) será lembrada não só como a única empresa do ramo dona de uma equipe de F-1 como também por ter riscado do mapa um patrimônio da categoria por mais de 30 anos: a equipe de Ken Tyrrell.
Gastaram uma fortuna estimada em US$ 330 milhões para montar uma equipe que durante muito tempo ficou com pecha de "sem alma". A parceria com a Honda rendeu alguns frutos, como o vice-campeonato do Mundial de Construtores em 2004, mas os japoneses tomaram a frente na empreitada e a participação da BAT ficou restrita somente ao patrocínio - que deixará de existir depois do GP do Brasil.
Um comentário:
Certamente o automobilismo tem muito a perder com a retirada das indústrias do tabaco.
Sempre admirei os carros com estas pinturas e como você não fumo, nem nunca fumei, acredito que a proibição, adotada por vários países, não reduzirá o número de fumantes, servirá apenas para enfraquecer, mais ainda o automobilismo.
Espero que esta política não seja adotada também contra as cervejarias e outras bebidas alcoólicas.
Imagine o que seria da NASCAR sem o patrocínio da Busch, Coors, Bud, Miller, Jack Daniel's, Crow Royal ,etc.
Nem a toda poderosa Ferrari, que nos tempos do Comendador, só aceitava patrocinio de empresas ligadas ao esporte motor, se rendeu aos U$ do tabaco.
São os governantes "politicamente corretos" em ação, destruindo o esporte a motor e os Autodromos!!!!!!
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