Alguns projetos deram em nada por mudanças de regulamento.
A mais radical dos últimos 30 anos, ocorrida em 1983, tirou de circulação um carro que já estava prontinho para disputar aquela temporada.
Trata-se do Brabham BT 51 BMW.
Naquela época, a Fórmula 1 vivia o auge do efeito-solo e 82 tinha sido um ano traumático, com as mortes de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti, o acidente que tirou Didier Pironi para sempre das pistas e mesmo assim foi um campeonato movimentado, com 11 vencedores diferentes em dezesseis corridas e Keke Rosberg campeão de forma tão inesperada quanto dramática.
Foi aí então que a FIA, a poucos meses do início da pré-temporada, cassou os carros com efeito-solo, regulamentando o fundo plano e diminuindo o peso mínimo dos monopostos em 40 quilos. Com carros mais leves e logicamente com uma carga aerodinâmica diferente, algumas equipes tiveram que jogar no lixo seus projetos para o início do ano, ainda baseados no regulamento anterior.
A Brabham tinha um carro praticamente pronto, pois o BT51 representava a evolução do malogrado BT50, o modelo que estreou inclusive o reabastecimento rápido, com Riccardo Patrese no GP da Áustria. Com a nova regra, Gordon Murray tirou um coelho da cartola e fez vir à luz o Brabham BT52 "flecha" e o resto é história.
Com esse carro, Nelson Piquet foi bicampeão mundial e o primeiro a conquistar um título ao volante de um modelo com motor turbocomprimido.
2 comentários:
Esse Bt51 já mostrava claramente um tanque de combustivel menor que Bt50 ,assim como o Bt52, o caminho do reabastecimento pra a Brabhan era irrevelsivel.
E o Bt52 foi sem duvida um dos carros mais belos e surpreendentes esteticamente falando.
Sorte de que estava no Rio de Janeiro em 83.
Jonny'O
Concordo com o Kowalki,
o Gordon fez um carro novo em tempo recorde !
Tão derepente quanto mudaram as regras ele fez o projeto, o cara é gênio, alêm de um figuraça !
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