quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Ecos de Curitiba

A viagem para Curitiba foi bem legal. Tirando o fato de ter que pegar conexões na ida e na volta - deixando no ar o receio de ficar sem a mala e sem agasalho, deu tudo certo.

Pouco conheci da cidade. Apenas o caminho do Aeroporto Afonso Pena para o autódromo, não muito distante dali. E depois do autódromo para o hotel. E vice-versa.

Minha grande preocupação era com minha vista. Não queria infectar ninguém com a minha conjuntivite. Passei alguns minutos no hotel com compressa de soro nos olhos (eu tinha lido em algum lugar que isso era eficaz, mas não sabia que era gelado que tinha que pôr).

O engraçado é que antes de encontrar uma farmácia aberta no shopping a três quadras do hotel, me perdi e fui parar numa rua paralela, na parte de trás. Lá tinha um rapaz fumando baseado com um amigo. Senti que eles dois me fitaram e provavelmente pensaram... 'putz, o barato do cara é forte...'

Pelo menos na região do hotel, que fica no bairro do Batel, tinha uma livraria muito boa, com um mini-sebo na frente. Comprei três livros bons e um deles, pelo menos, já li por inteiro - "Agosto", de Rubem Fonseca.

Depois vou ler com calma o livro do Norman Mailer ("Os Exércitos da Noite") e depois o de Laura Esquivel, "Como Água Para Chocolate".

Eu e o camarada Luiz Alberto Pandini, que também estava lá e dividiu além do quarto boas histórias e muitas risadas, fomos jantar num restaurante ali perto, chamado Don Parma. O lugar não estava cheio, acho que em razão do frio à noite. Mas a comida era agradável. E apresentei ao Panda a ótima cerveja belga Stella Artois, que ele não conhecia.

No dia seguinte, fomos pro autódromo e acompanhamos as duas corridas da GT3 Cup. Convalescendo de uma operação para a retirada da vesícula, Xandy Negrão correu só a primeira prova - e venceu - mas isto porque Walter Salles, que lhe deu trabalho quase o tempo todo, rodou e bateu.

Na outra bateria, Ricardo Baptista chegou à sua primeira vitória. E Constantino Júnior, hoje um bem-sucedido empresário no ramo da aviação comercial, conquistou um pódio catorze anos depois de, naquela mesma pista, vencer na abertura do Sul-Americano de Fórmula 3, na primeira vitória do Amir Nasr como chefe de equipe.

2 comentários:

Anônimo disse...

Você falou em Constantino Junior,na hora lembrei daquele Ralt de F3.Foi impressionante como aquele carro ainda em monocoque de aluminio ,dominava os Dallaras e Reynards já em fibra de carbono.
Ron Tauramac sempre foi mais tradicional.

Jonny'O

Anônimo disse...

Fico imaginando um papo de quarto de hotel entre o Mattar e o Panda.
Caramba, deve sair histórias do arco da velha. Mattar, pelo menos os três títulos dos livros, compensarão o estaleiro provocado pela conjuntivite. Enjoy it!