terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Inovar e não copiar... eis a questão

Saudade dos tempos em que os projetistas de Fórmula 1 inovavam...

O pessoal tem muita razão no post aqui embaixo. Tá todo mundo numa mesmice federal na hora de apresentar seus novos projetos. Revolução não! Conservadorismo sim!

Um saco...

Diferente, muito diferente do que acontecia nos anos 70, quando diversas rupturas de conceitos aconteceram.

Aqui embaixo, dois exemplos espetaculares.
O primeiro é o Brabham BT45, projeto do genial Gordon Murray para a temporada de 1976. A foto é cortesia do blogueiro e amigo Jonny'O, sempre presente.


Pensando na mudança do regulamento a partir de maio daquele ano, Gordon desenhou o carro com duas tomadas de ar laterais e bem baixas, conforme o pedido da FIA, que extinguia o chamado "periscópio".


O BT45 era sem dúvida um belíssimo carro e a dupla de pilotos, se não era excepcional, tinha pedigree: José Carlos Pace e Carlos Reutemann.

Infelizmente, com toda a potência de 520 HP do motor Alfa Romeo Boxer de 12 cilindros, os dois pilotos foram mal. Moco só marcou sete pontos no Mundial e Reutemann, que saiu da equipe no fim do ano de 76, apenas três.

Uma revolução no estilo do carro-asa, sem dúvida alguma, foi o Arrows A2 de 1979.


A pequena equipe inglesa investiu pesado em pesquisa aerodinâmica e encomendou a Dave Wass o substituto do bom modelo A1 que surpreendera no ano de estréia. E mesmo com soluções interessantíssimas, como os side-pods ligeiramente curvados e a asa traseira no limite mínimo da altura permitida pelo regulamento, o A2 foi um dos mais ineficazes modelos daquele ano, numa duríssima disputa com o Copersucar-Fittipaldi F6 pelo título de pior carro da temporada.

Mas que era bonito... ah! isso era, viu?!?



13 comentários:

Anônimo disse...

Esta Brabam BT45 era lindo diferente de tudo na parte posterior ,até o modelo de 77 foi diferente com as entradas de ar do lado do cokpit e radiadores da oleo em frente as rodas trazeiras.
Os carros do Murray sempre tinham um estilo proprio ,uma obra de arte.
Foi uma pena este de 76,já imaginaram de o boxer 12 estivesse com a afinação de 78?
Quanto ao A2,é simplesmente fantastico ,lindo,pena que não tenha dado certo,a personalidade forte de suas linhas são marcantes.
Em 1979 acredito, foi um ano em que teve os carros mais belos da F1.A lista é enorme,A2,BT48(o primeiro que acho ,não foi utilizado)F6,Ferrari,Alfa 179,Ligier,Renault e Lotus 80.
Dá saudades,lembro exatamente quando via cada modelo novo que aparecia nas publicações da época,4Rodas ,Auto Esporte,e até na Placar dava um espaço legal a F1.
Jonny'O

Anônimo disse...

O A2 é muito bonito mesmo, os braços da suspensão dianteira eram cobertos e se uniam aos sidepods...essa é a primeira foto que vejo do carro com a asa traseira tão baixa!
O BT45 também era bonito, assim como todos os carros do Gordon Murray...mas em 1976 os carros eram vermelhos, não?

Anônimo disse...

Acho que é o caminho copiar e melhorar. O foco para a aerodinâmica mudou.
Não tem, ou tinha, um projeto de ir reduzindo isso aos poucos para tornar os pilotos mais pilotos de braço e menos de computador?

Rodrigo Mattar disse...

O BT45 foi 'saído' branco no lançamento porque veio à luz ainda em 1975 - cabe lembrar que a temporada de 1976 começou em janeiro (como aliás iniciavam todas naquela década). E o conde Vittorio Rossi, da fábrica de bebidas, sugeriu a troca da cor do carro do branco para o vermelho alguns dias antes do GP do Brasil de 1976, que foi em 25 de janeiro.

Anônimo disse...

Esse Bt45 "bianco" para mim e mais bonito que o "rosso".

Será que essa mudança foi feita para reforçar o marketing do Martini Rosso ? pois pelo que lembro existia ou existe duas "versões" de Martini, a "rosso" e a bianco".

Anônimo disse...

Uma vez, li que a grande falha do A2 era sua suspensão, pois seu efeito-solo gerava muito downforce, tanto, que não havia na época mola ou amortecedor para suportar oque o carro era capaz de gerar, e para o carro "funcionar" direito a suspensão tinha que aguentar uma carga , acho que, 3 ou 5 vezes maior que as disponíveis na época.

Anônimo disse...

ontem teve a preliminar dos 500kms com uma brilhante narração sua , eu e meu pai rolamos de rir quando vc falou , ( e aí Alfredo Amaral com seu Puma 39...não posso deixar de parabeniza-lo pelo esforço heróico...já que pelo menos chegou até o final....)

abraços

Dinho

Rodrigo Mattar disse...

Filipe, faz sentido. A Martini sempre fabricou seus vermutes em dois modelos... Martini Bianco e Martini Rosso e pra promover este último, o conde determinou a troca da pintura do Brabham.
Muito boa a sua observação, obrigado!

Anônimo disse...

Jamais poderia imaginar que o vermelho viria da Martini.
Imaginava que era por causa do motor Alfa-Romeu.
Valeu WWW!!

Jonny'O

Anônimo disse...

Rodrigo, Jonny'O, Filipe , Caio e Amigos, este carro foi um F1 muito Bonito, mas esta jé é a segunda versão, mesmo o Branco, pois os coletores de ar para os 12 cilindros, não tinham este desenho no lançamento...eram arredondados, parecendo feitas para aviões.

Abraços,

Caíque.

Rodrigo Mattar disse...

Caíque, esta é a primeira versão do carro, ao que me lembre. Essas tomadas não resultaram e em Interlagos o BT45 já tinha outro tipo de entrada de ar pro motor.

Anônimo disse...

Oi Caíque,

essas fotos são do lançamento do carro do lançamento acho que essas entradas de ar que vc se refere só apareceriam depois.

abs

Anônimo disse...

Amigos,

Vou postar para o Rodrigo as entradas de que falei.

Rodrigo, O Pace correu com o carro com estas entradas muitos GPs. Em 77 é que foi mudado desta para a outra.

Vou enviar as FOTOS.

Boas Féria e Flusão na Cabeça Rodrigo.