Não gostei do novo layout da Renault para a temporada 2007 da Fórmula 1.
Esteticamente, o carro deste ano - o R27 - segue a mesma linha da maioria, cheio de reentrâncias, badulaques, penduricalhos, um espelho retrovisor à la Ferrari e um bico mais largo.
Mas a combinação de cores é feia de doer!
Eu gosto do laranja. Lembra a Holanda de Cruyff, Neeskens, Rensenbrink, os irmãos Van der Kerkhof, Van Basten, Gullit, Rinus Michels, Rijkaard, futebol bem jogado... Laranja Mecânica... enfim.
A Renault assinou um acordo com a financeira IMG que injetará os dólares necessários para cumprir o programa do ano de 2007, substituindo os antigos sponsors Mild Seven - que há 13 anos trazia sua marca primeiro na Benetton e depois nos carros da Régie - e Telefônica, que deu no pé porque não faz nenhum sentido um patrocinador espanhol sem Alonso no time.
O branco predominante com filetes laranja não é nada comprometedor, forma um conjunto sóbrio.
Mas o amarelo do castelo do cockpit até o bico, hummmmm... gosto pra lá de duvidoso.
Parece que pintaram dois carros diferentes e juntaram num só!
Além da combinação estranha de cores, a dupla de pilotos não me agrada. Heikki Kövalainen, o finlandês estreante, é muito bom. Pelo menos em duas das três últimas edições do evento Race Of Champions que o Sportv tem em mãos (o de 2006 passa no próximo dia 6 de fevereiro, anotem!), ele mostrou muitas qualidades - especialmente não se intimidar diante de gente muito mais tarimbada.
Por outro lado, Giancarlo Fisichella não acrescenta nada permanecendo como titular e, num dado momento, como primeiro piloto. Suas atuações pífias podem pôr o lugar de topo da Renault a pique - e bem mais rápido do que Flávio Briatore poderia supor.
Será que ele pediria, no meio do campeonato, a cabeça de Fisichella para pôr Nelson Ângelo Piquet ou Ricardo Zonta como titular? We'll see.
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A exemplo do que aconteceu com Fernando Alonso, o filho do tricampeão mundial Nelson Piquet também teve a programação visual do seu "casco" completamente alterada. Da belíssima pintura cromada com a gota avermelhada, para um design chocho com o fundo branco e a gota alaranjada por causa do patrocinador principal, a ING.
Engraçado... o Nelson correu 13 anos na Fórmula 1, com seis carros diferentes: Ensign, BS-McLaren, Brabham, Williams, Lotus e Benetton. Exceto quando teve que pôr o amarelo da Camel no topo de seu capacete nos dois anos de Lotus, JAMAIS alterou a programação visual do mesmo.
Definitivamente, além dos números que há muito não são visíveis, até a identidade máxima de um piloto se curva às vis exigências dos patrocinadores.
4 comentários:
Mattar,você disse claramente onde o bicho está pegando,realmente parece dois carros diferentes colados,não foram felizes.
Agora,está onda de mudar o capacete não me agrada em nada,até que o Piquet filho ainda manteve as linhas ,mas varios pilotos estão alterendo tudo,perdeu a identidade,acho que a historia começou a muito tempo no motocross,depois o automobilismo americano,motociclismo de velocidade e agora chegou a F1,falta pouco para a identidade do piloto ser o numero como é hoje em dia essas outras categorias,onde o campeão já nem usa mais o numero 1.É o fim!
Jonny'O
Rodrigo, é muito feio mesmo esse carro da Renault.
Você se lembra, acho que foi em 1999, a antiga BAR queria colocar uma pintura em cada carro, por causa do patrocinador.
Como a FIA proibiu, eles juntaram as duas pinturas, e os carros ficaram metade branco e, na outra metade, uma mistura de azul e amarelo.
Ficou feio mesmo... ...Mas se o Nelsinho assumir o posto de piloto titular (ainda este ano), pelo menos para mim, ficará bonito (o carro é claro)!!
O caso da BAR foi interessante, porque eu não sabia, confesso, que a FIA proibira, fazia tempo, de uma equipe ter pinturas diferentes em seus carros. Nos anos 70, a March do mesmíssimo Max Mosley que hoje manda (manda?) na FIA tinha carros com pintura diferente a três por dois.
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