Como o próprio nome diz, um balaio de gatos onde todo assunto vale a pena para ser comentado e discutido por quem escreve e por quem passa aqui: esporte, música, cinema, poesia, livros, amor, sexo, justiça, dinheiro e todos os temas e problemas do nosso cotidiano.
domingo, 30 de dezembro de 2007
Os dez mais
Então vamos lá:
Fórmula 1
1. Kimi Räikkönen
2. Fernando Alonso
3. Lewis Hamilton
4. Felipe Massa
5. Nick Heidfeld
6. Sebastien Vettel
7. Nico Rosberg
8. Heikki Kövalainen
9. Robert Kubica
10. Adrian Sutil
GP2
1. Lucas di Grassi
2. Timo Glock
3. Kazuki Nakajima
4. Luca Filippi
5. Adam Carroll
6. Giorgio Pantano
7. Bruno Senna
8. Karum Chandhok
9. Vitaly Petrov
10. Pastor Maldonado
EUA
1. Jeff Gordon
2. Sébastien Bourdais
3. Matt Kenseth
4. Tony Stewart
5. Dario Franchitti
6. Tony Kanaan
7. Robert Doornbos
8. Justin Wilson
9. Carl Edwards
10. Jeff Burton
Stock Car
1. Cacá Bueno
2. Rodrigo Sperafico
3. Ricardo Maurício
4. Ingo Hoffmann
5. Felipe Maluhy
6. Thiago Camilo
7. Marcos Gomes
8. Valdeno Brito
9. Pedro Gomes
10. Hoover Orsi
Endurance
1. Romain Dumas e Timo Bernhard
2. Pedro Lamy e Stéphane Sarrazin
3. Dindo Capello e Allan McNish
4. Emmanuel Collard e Jean-Christophe Boullion
5. Jaime Melo Jr.
6. Thomas Erdos
7. Adrián Fernandez
8. Jamie Campbell-Walter
9. Marc Lieb e Xavier Pompidou
10. Olivier Beretta e Oliver Gavin
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Acabou!
Não cronologicamente. Profissionalmente, é o último dia do ano em que eu trabalho. Graças a Deus.
Este foi um ano bacana no automobilismo, de um Mundial de Fórmula 1 fantástico, com justiça sendo feita após o escândalo da espionagem que afundou a McLaren e deu o número 1 para Kimi Räikkönen.
2007, o ano em que vemos o sobrenome Piquet de volta, por cima, na Renault.
2007, o ano de Casey Stoner na Motovelocidade.
2007 de Dario Franchitti, Sébastien Bourdais e Jimmie Johnson no automobilismo estadunidense.
2007 da Audi campeã em Le Mans, da Peugeot campeã da Le Mans Series, da Porsche dando show com seu protótipo RS Spyder nos States.
2007 da confirmação de Cacá Bueno como um dos melhores pilotos da Stock Car no país.
E infelizmente, 2007 também foi o ano da morte trágica e prematura de Rafael Sperafico.
Um ano de conquistas no futebol, com o Fluminense campeão da Copa do Brasil e ganhando duas vagas no campo para a Libertadores.
Que o próximo ano que se inicia dentro em breve seja tão frutuoso nas pistas, nos gramados, quadras e também nos cinemas, teatros e shows de rock. Quando os fogos estourarem pelo mundo inteiro, celebrando o início de 2008, estarei expurgando junto o pior de 2007, levantando o astral para que a partir de primeiro de janeiro tudo seja melhor.
Este blog tira uns dias de descanso. Se voltar antes de 31 de dezembro, será em caráter absolutamente excepcional.
Um bom ano de 2008 para nós todos... saravá!
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Fórmula 2: festival AGS
AGS BMW JH17, vencendo com Richard Dallest em Pau / 1980
Acredito que todo cara apaixonado por automobilismo seja parecido comigo. Adoramos os carrões, aquelas máquinas perfeitas, potentes e vencedoras. Mas por outro lado, olhamos lá para a turma do fundão e nos enchemos de pena daquela turma que com garra e brio classifica carros quase de fundo-de-quintal para os grids de largada.
Nos bons tempos da Fórmula 1 era assim. Por isso me tornei um fã confesso da Minardi e a cada resultado dos carrinhos pintados de preto e amarelo ou de branco, vibrava com o que faziam seus bravos e guerreiros pilotos. Outra equipe que merecia de mim alguma simpatia era a AGS.
A AGS - sigla para Automobiles Gonfaronaises Sportives - era de propriedade do fanático Henri Julien, que antes de se aventurar na Fórmula 1 entre 1986 e 1991, quando faliu, construiu carros de Fórmula Júnior, Fórmula 3, Fórmula 2 e Fórmula 3000.
Na F-2, como visto nas três fotos acima, os carros até que possuíam um visual bem razoável. Vá lá... o JH15 de 1978 não era nenhum primor de beleza, mas... vocês hão de convir que é simplesmente belíssimo o monoposto de 1981, o JH18. É sabido que os motores BMW de 4 cilindros e 2 litros da F-2 não debitavam mais do que 320 HP de potência. Mas o que esse carro devia fazer de curva com essa configuração asa...
Richard Dallest, o piloto dos três AGS acima citados, foi campeão francês de Fórmula 3 em 1977 e deu à marca de Gonfaron suas duas primeiras vitórias na F-2 em 1980, num ano onde os Toleman Hart eram dominantes, nos circuitos de Pau e Zandvoort. Depois disto, apenas na última corrida da história da categoria, quatro anos depois no circuito de Brands Hatch, a AGS triunfaria novamente, graças à Philippe Streiff.
O carrão do Duce
Gostaram do carrão?
É uma Alfa Romeo 6C 2300 Pescara Spyder, construída a pedido especial do ditador italiano Benito Mussolini. Construída em 1935, disputou a Mille Miglia com Ercole Boratto - não por acaso o motorista particular de "Il Duce". Ele terminou em 13º lugar na geral e terceiro na categoria.
O bólido tinha motor original de 68 HP, mas com uma carburação alternativa considerada um tremendo avanço tecnológico na época, a potência saltou para 95 HP.
Mussolini foi proprietário do carro até 1939, quando a II Grande Guerra começou e ele se desfez da Alfa, que teve mais três donos até ser restaurada em 2005.
Agora, o carro será leiloado em fevereiro, pela H&H Classic Autions, na Inglaterra.
A avaliação é salgada: de R$ 2,2 a 2,8 milhões.
E aí, você compraria o carrão do Duce?
domingo, 23 de dezembro de 2007
Um teste para três
A ASM não terá mais os espanhóis Angel Burgueño e Miguel Angel de Castro como pilotos, porque a estratégia pensada por Miguel para captar patrocinadores espanhóis foi por água abaixo. E como resultado, os dois não prolongam seu compromisso com a equipe para 2008.
Xandinho, caso vá bem nos testes, pode fazer companhia a Thomas Erdos na LMP2 e rivalizar com ele, já que a Quifel ASM Team foi a grande opositora da RML em 2007. Entretanto, ele também fez um treino considerado muito bom com a Rocketsports da ChampCar e a categoria estadunidense não está descartada pelo piloto brasileiro.
sábado, 22 de dezembro de 2007
Clip da semana - "Eight Miles High"
Com Roger McGuinn, David Crosby e Gene Clark nas guitarras, Chris Hillman no baixo e Michael Clarke na batera em sua primeira formação, o grupo não tardou a gravar seu primeiro sucesso, coincidentemente um hit de Dylan - "Mr. Tambourine Man", onde se destacava McGuinn com sua guitarra Rickenbacker de 12 cordas. E pouco depois, com "Turn! Turn! Turn!", de Pete Seeger, alcançavam o #1 do chart da Billboard.
As harmonias que o grupo experimentou nessas gravações deixaram claro que o caminho a ser seguido era o da psicodelia e não foi surpresa quando os Byrds gravaram uma canção que serviu de estímulo para o Cream em sua "Dance The Night Away", do disco Disraeli Gears de 1967.
A música é a do clip aqui embaixo: "Eight Miles High", que não teve o mesmo sucesso das antecessoras, acredito que pelo folclore em torno do título, pois muitos atribuíam a influência de drogas como LSD e heroína à letra - e que na verdade seria sobre uma viagem (de avião) da banda de LA para Londres, na Inglaterra.
Sendo sobre drogas ou não, a música é muito bacana. Tanto que contribuiu para o lançamento do disco "Fifth Dimension", seguindo a mesma toada do folk-psychedelic rock. Eu gosto. Espero que vocês, também.
Só saiu na foto
Em 1992, a FIA conseguiu extinguir o antigo Mundial de Grupo C, na época pomposamente chamado de World Sport Prototype Championship, que basicamente de carros zero tinha apenas os Peugeot 905C, o Toyota TS010, o Mazda MX01 - que na verdade era o Jaguar XJR14, e o Lola T92/10.
Este último, projeto de Wiet Huidekoper para a marca de Huntingdon, deu apenas o 13º lugar no campeonato de pilotos a Heinz-Harald Frentzen e a quinta colocação entre as equipes para a Euro Racing. Na entressafra, o carro chegou a ser pintado nas cores da Kremer - fiel cliente da Porsche que trocaria a marca alemã pela Lola - e sessões de fotos foram feitas com a programação visual, que ficou belíssima.
O Lola que seria da Kremer... e não foi
Mas a negociação gorou e a Lola ganhou como cliente a Euro Racing. Algo que segundo Sam Smith, o homem que está organizando os arquivos da marca - que por sinal completará meio século em 2008 - foi uma pena. "Lamentável que o carro tenha sido apenas iluminado pelos spots de um estúdio e não em La Sarthe".
O Lola T92/10 depois ainda serviria, acredite quem quiser, para o projeto do protótipo Ascari KZR1 que correu as 24 Horas de Le Mans dez anos depois, em 2002.
Jogos para sempre - hoje é dia de gol de barriga...
A série Jogos para sempre do Sportv entra em sua terceira edição com mais uma seqüência de grandes partidas de futebol que ficaram para a história.
O início deu-se com o lendário 6 x 0 do Flamengo em cima do Botafogo (1981), na última quarta-feira, passando por Grêmio 2 x 1 Peñarol (decisão da Libertadores de 1983) e o jogo que deu o primeiro título à Democracia Corinthiana - Corinthians 3 x 1 São Paulo, em 82.
Porém, o jogo de hoje não é um qualquer:
É o Fla-Flu de 1995, aquele mesmo, o do gol de barriga do hoje treinador do Fluminense, Renato Gaúcho. O jogo que marcou a quebra de um jejum de 10 anos sem títulos do tricolor das Laranjeiras. O jogo que afundou o centenário do clube da Gávea e, diria eu, toda a temporada deles - que em cinco jogos perderam três e empataram dois contra o tradicional rival.
Tricolor que se preza desmarca qualquer programa para hoje: balada, cinema, chope, passeio com a família, transa no motel com a namorada, mulher ou amante. Tricolor que se preza espera o programa terminar pra fazer tudo isso. Ou então sonhar com a repetição de um Fla-Flu eterno como este.
O programa vai ao ar hoje, 21h, no Sportv. E eu não vou perder.
F2 européia - algumas fotos
Frank Jelinski e Pierre Petit, Maurer BMW MM83 - Zolder / 1983
Jean-Pierre Beltoise, March BMW 732 - Mallory Park / 1973
Mike Thackwell, Ralt Honda RH6 - Donington Park / 1981
Ingo Hoffmann, March BMW 782 - Hockenheim / 1978
Piero Necchi, March BMW 782 - Donington Park / 1978
Didier Pironi, Martini Renault MK22 - Silverstone / 1977
O Zeppelin ainda voa
O Zep teve 35 dos 83 votos no total, num percentual de 42%. Em segundo ficou o The Police, com nada menos que 21%. Uma lavada dos ingleses do Zeppelin, sem dúvida.
A reunião do Cream em 2006, no Royal Albert Hall e Madison Square Garden, ficou em terceiro com 12% dos votos. Em quarto, a volta dos Mutantes, num total de 10%.
O Genesis somou apenas 9% do total de votos e foi o quinto colocado, deixando o The Who na lanterninha - o que pra mim foi uma grande surpresa - com só 3%.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Conhece o Mario?
Caros amigos e colegas,
quero compartilhar com vocês um marco na ainda curta história do Grand Prix Insider, pois no dia de hoje, 20 de dezembro de 2007, o "blog do Bauer" recebeu a sua 100.000ª visita desde a sua criação no dia 15 de julho.
O que pretendia ser um mero cartão de visita virtual, já que devido aos meus compromissos na Europa mal tive oportunidade de exercer a profissão aqui no Brasil, tornou-se um projeto de atualização diária com avaliação das notícias a respeito da Formula 1.
Igualmente me vejo na posição de comentar de forma crítica assuntos que interessam a nível nacional. E a minha forma franca e direta (que posso fazer, esse sou eu...) já rendeu um belo mix aplausos e de aversões. Ótimo! Pior seria se ninguém notasse...
Enfim, quero agradecer a vocês, que visitam o blog com freqüência e participam com seus comentários, pela atenção e apoio demonstrados nestes últimos meses. E quero obviamente convidar você, que não conhece ainda o Grand Prix Insider, a conhecer os posts. Tenho certeza que concordamos (discordamos) em algum assunto e que o diálogo será muito criativo.
Desejo a todos boas festas, uma bela virada de ano e um 2008 de muita paz, saúde, alegrias e novas conquistas.
Grande abraço do Mario
O diálogo da semana
– Agora temos dois brasileiros na Fórmula 1!
– Presidente, tem também o Rubinho!
– Ah, mas esse não deu continuidade...
Pobre Barrichello, esquecido até pelo Lula.
Uma coisa, porém, os dois têm em comum: são corinthianos.
Pano rapidíssimo.
Sessão Tim Maia III
A primeira é de um disco de 1972, que foi um fracasso de vendas comparado aos dois antecessores também chamados Tim Maia. Mas que reservou a pérola funk "Idade" - que aliás não ficava em nada a dever em termos de arranjo em relação a qualquer clássico da Motown.
Alguns anos depois, Tim passou a ser requisitado para dividir faixas com outros artistas. Gravou "Além do Horizonte" com Erasmo Carlos, "Formigueiro" com Ivan Lins e lá para os anos 80, o clássico-baba "Um dia de domingo" com Gal Costa.
Mas foi com o paraguaio Fábio, o velho amigo Fabiano, que Tim gravou mais canções. Foram duas, dois compactos simples para ajudar a carreira de Fábio, que após o estouro de "Stella" e sua excepcional participação no FIC de 1970 com "Encouraçado", viu sua carreira entrar no desvio.
Com a produção de Carneirinho, dos Fevers, Tim deu show nesta balada que tocou muito nos anos 70: "Até parece que foi sonho". E como a música fez sucesso, ele foi convidado a repetir a dose em "Velho camarada", que ressuscitou também um verso de "Na rua, na chuva, na fazenda", outra bonita música dos anos 70, composta e cantada por Hyldon.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Who the hell is Coronel?
Segundo o Wikipedia, o tal Bolognesi foi sim um Coronel, patrono do exército peruano e herói nacional, morto na batalha de Arica em 1880, entre Peru e Chile.
Um solerte amigo tricolor já disparou a pedrada.
"Claro que tudo isso perderá importância diante da nova batalha do Coronel Bolognesi: desbancar um império."
A propósito: o Coronel Bolognesi é de Tacna, no meio do deserto peruano, a 560 m de altitude. E é lá onde o rubro-negro fará seu primeiro jogo na Libertadores 2008.
O Flu estréia contra a LDU em Quito, a 2.800 metros de altitude. O primeiro jogo no Rio será contra o vencedor do confronto entre Arsenal de Sarandí e Mineros de Guayana.
Caso o Cruzeiro se classifique no confronto contra o Cerro Porteño, estreará em casa contra o Real Potosí, da Bolívia. Santos e São Paulo estréiam contra times colombianos. O alvinegro praiano, contra o Cúcuta; o pentacampeão brasileiro pega o Atlético Nacional, em Medellín.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Pedreira!
O tricolor terá como adversários o Libertad do Paraguai, a Liga Deportiva Universitária de Quito (LDU) e o vencedor do confronto entre Arsenal de Sarandí (ARG) e Mineros de Guayana (VEN).
Como o Arsenal, atual campeão da sul-americana, dificilmente será batido pelo time venezuelano, o Flu terá um grupo complicadíssimo, em virtude das ótimas e recentes participações do Libertad e da LDU na Libertadores. E qualquer time argentino por natureza é complicado.
O Cruzeiro sai também com um confronto e tanto na pré-Libertadores, onde enfrentará o Cerro Porteño do Paraguai. Caso se classifique, vai para o Grupo 1, onde jogarão San Lorenzo, Real Potosí e Caracas.
O Flamengo está na chave 4, com Nacional do Uruguai, Coronel Bolognesi do Peru (estreante no torneio) e o vencedor do confronto entre Cienciano, também do Peru e Wanderers, outro time uruguaio.
No Grupo 6, o Santos não terá vida fácil também: San Jose de Oruro (BOL), um outro time da Colômbia ainda a ser definido e o Chivas Guadalajara, do México.
E na chave 7, do São Paulo, teremos o Sportivo Luqueño, do Paraguai, o Atlético Nacional da Colômbia e um outro time do país que enfrentará na Pré-Libertadores o Audax Italiano - que caiu na chave do pentacampeão brasileiro ano passado.
Vamos então aos grupos, pois:
Grupo 1
San Lorenzo (ARG)
Real Potosí (BOL)
Caracas FC (VEN)
vencedor de Cruzeiro (BRA) x Cerro Porteño (PAR)
Grupo 2
Estudiantes de La Plata (ARG)
Danubio (URU)
Deportivo Cuenca (EQU)
vencedor de Lanús (ARG) x Olmedo (EQU)
Grupo 3
Boca Juniors (ARG)
Colo-Colo (CHI)
Unión Maracaibo (VEN)
vencedor de México 3 x Bolívia 3
Grupo 4
Flamengo (BRA)
Nacional (URU)
Coronel Bolognesi (PER)
vencedor de Montevideo Wanderers (URU) x Cienciano (PER)
Grupo 5
River Plate (ARG)
Chile 2
San Martín (PER)
México 2
Grupo 6
Santos (BRA)
San José de Oruro (BOL)
Cúcuta (COL)
Chivas de Guadalajara (MEX)
Grupo 7
São Paulo (BRA)
Sportivo Luqueño (PAR)
Atlético Nacional de Medellín (COL)
vencedor de Deportivo Chicó (COL) x Audax Italiano (CHI)
Grupo 8
Fluminense (BRA)
Libertad (PAR)
Liga Deportiva Universitaria de Quito - LDU (EQU)
vencedor de Arsenal de Sarandí (ARG) x Mineros de Guayana (VEN)
Segunda tentativa
Será uma grande prova de fogo para o sobrinho de Ayrton, pois assumir o cockpit de uma equipe campeã é tarefa para poucos e resta saber se ele vai segurar esse rabo-de-foguete. O companheiro dele será o indiano Karum Chandhok, que neste ano venceu em Spa e deve ser o principal objeto do desejo do compatriota Vijay Malliya para a Force India no futuro.
Bruno vai disputar a Asian Series da GP2 com o mesmo equipamento de Glock neste ano, o que sem dúvida lhe dará muita quilometragem. Ele não é o único brasileiro neste certame, pois Alberto Valério - já de contrato assinado com a Durango - também estará nas pistas asiáticas, inclusive fazendo duas preliminares de F-1 no Bahrein e na Malásia.
Boa sorte a eles.
Emparedados!
A foto abaixo mostra o que fizeram no Promocenter, que fica na Av. Paulista nas proximidades do MASP, cujo qual aliás visitei quando estive lá em janeiro do ano passado para ver o Clássicos de Competição. Eu me hospedei ali perto e como vi que havia uma lojinha vendendo miniaturas...
Foi questão de tempo para unir o útil ao agradável. E já com as aquisições novas, dei uma olhada descompromissada. Noventa por cento dessas lojas inclusive tinham um oriental - ou mais - atendendo ou tomando conta. Do caixa, evidentemente.
O Promocenter não é o único shopping popular emparedado, sendo que este foi por falta de segurança. Outros dois foram interditados por venderem 'mercadorias ilícitas'. Contrabando, no popular.
E por falar nisto, mais lá pro Centrão de SP, o Shopping 25 de Março, de propriedade do chinês Law Kim Chong, tido como o chefe do contrabando na capital paulista, também foi interditado e posteriormente emparedado.
Isso é que é espírito natalino hein?
Que carro é esse?
Sessão Tim Maia II
Duas das músicas compostas pelo "síndico" naqueles tempos estão bem aqui embaixo.
A primeira, descrita por Nelson Motta como "um divertido funk de macumba" é cantada em inglês e é uma homenagem à famosa entidade Cabocla Jurema, saudada como Jooreymah, the queen of the jungle, ou algo semelhante.
E a segunda, você provavelmente ouviu na voz de Roberto Carlos, gravada lá por 1968, 1969. É o sensacional funk "Não vou ficar", que cá pra nós, ficou melhor com o Rei do que com Tim.
Mas prestem atenção na alucinante guitarra ao fundo. Só por ele ter gravado a música depois dela ter estourado no país inteiro com o Roberto, vale sem dúvida o registro.
Por dentro dos boxes
Em pauta, a tragédia da Stock Car envolvendo a morte de Rafael Sperafico e as contratações de Fernando Alonso e Nelson Ângelo Piquet pela Renault, e a de Heikki Kövalainen pela McLaren.
Sobre a qual, aliás, o Rafa Lopes levanta uma tese interessantíssima em seu blog hoje.
Você pode ouvir o podcast - que ficou bem legal - clicando aqui.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Sessão Tim Maia
Com vocês, "Bom senso" e "Quer queira, quer não queira".
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Ah... o espírito natalino...
Época de presentes, de shopping centers absolutamente cheios e com gente mal-educada, de uma parada canhestra na Praia de Copacabana, só para tornar a vida do trabalhador carioca mais complicada, onde as pessoas ficam desejando "Boas Festas" umas às outras via e-mails e quejandos, naquelas mensagenzinhas repletas de vazio sobre a existência humana, o nascimento de Cristo e et cetera.
Antes que me acusem de herege, não, eu não sou. Acredito em Deus e em vida depois da morte. O que eu não tolero nessa época de fim de ano é a hipocrisia reinante em famílias depauperadas e naquela falsidade característica que sempre rola quando um povo que não se vê faz uma cara, se reúne pra comer, beber e falar um monte de besteira.
Há um motivo que me faz ficar triste nessa época do ano.
Em 1982, quando meus pais já estavam a caminho da separação - que felizmente não resultou em divórcio litigioso - tentou-se uma patética tentativa de reunir a família (em esmagadora maioria, composta pelas irmãs e o irmão dele, primas e primos) lá em casa. E na noite de Natal, meu pai bebeu mais do que deveria. A rebordosa do dia seguinte não o impediu que ele continuasse enchendo a cara no dia 25 e, pior, pagando mico como um Papai Noel de terceiro mundo, com espuma de barba na cara e um nariz vermelho como o de um palhaço, cortesia de um batom roubado da minha mãe.
Olhei para tudo aquilo e achei simplesmente ridículo, patético. Para uma criança de 10 anos, aquilo significou o começo do fim.
Papai Noel o caralho. Coelhinho da Páscoa os colarinhos. Dali em diante, todas essas lendas que permeavam a minha infância deixaram de existir.
E o Natal pra mim, dali em diante, nunca mais foi o mesmo.
Ainda prefiro mil vezes o ano novo. Pelo menos é uma ótima ocasião para entrar em nova fase com o pé direito. Pois de pé esquerdo já basta 2007, um dos piores anos que vivi sem dúvida alguma, tanto no campo pessoal como no profissional.
Mas só de continuar com saúde para poder trabalhar TODOS os dias possíveis na minha vida e até mesmo nos impossíveis, acredito que viver ainda vale a pena.
E as férias estão chegando.
Ainda bem.
Adalberto Ayres
Fiquei surpreso. Afinal, eu o encontrara se não me engano na quinta-feira dos treinos livres e do classificatório para as Mil Milhas, há pouco menos de um mês. Na ocasião, ele contou diversas histórias de corridas, do grand monde (algumas, escabrosíssimas, envolvendo gente conhecida) e de quebra, ainda fui saudado com alguns elogios pela qualidade do meu trabalho na telinha.
Mais surpreendente ainda foi saber que ele tinha 48 anos (faria 49 no próximo dia 18 de janeiro), e que tivera um acidente vascular cerebral - o famoso e temido AVC - pouquíssimos dias depois de nos encontrarmos.
Uma pena.
Prefiro levar comigo na memória a lembrança do ótimo papo que tivemos naquela tarde nublada em Interlagos.
Gostaria também de postar pelo menos uma foto em sua homenagem, uma vez que ele foi campeão brasileiro de Motocross nos anos 70. Mas não encontrei. Caso alguém tenha, favor enviar para o e-mail que se encontra na coluna direita desta página.
Previsão furada
Luca Filippi não vai para a Fórmula 1, na Super Aguri. Até porque a Honda "salvou" sua equipe B - que passou o ano de 2007 no vermelho e fechou a temporada dando prejuízo.
O piloto italiano assinou com a ART Grand Prix, campeã das duas primeiras edições da GP2 com Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Seu companheiro de equipe será Romain Grosjean, eleito o novo piloto de testes da Renault na Fórmula 1.
Além deles, outro piloto garantido em 2008 na categoria de acesso é Jerome d'Ambrosio. Ele dividirá o Team DAMS com o japonês (mais um!) Kamui Kobayashi, do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Toyota.
A Durango já anunciara Davide Valsecchi e o brasileiro Alberto Valério, egresso da F-3 inglesa. E Sebastien Buemi já está contratado pela Arden.
Vai dar a lógica
Como provado na decisão de ontem do Mundial de Clubes em Yokohama - a primeira que terminou em goleada num intervalo de quatro décadas e meia. O Boca foi impiedosamente goleado por 4 x 2 por um Milan com 10, graças à expulsão de Kaladze, compensada pelos dois gols de Inzaghi e o futebol competente, consistente e competitivo de Kaká. Pobres argentinos, que por pouco não igualaram o Benfica de Eusébio, Coluna e Simões, goleado pelo Santos por 5 x 2 em pleno estádio da Luz - com três gols de Pelé.
Aliás, por falar em decisões, a FIFA (sempre ela...) resolveu desconsiderar toda e qualquer decisão das chamadas Taça Intercontinental e Taça Toyota, proclamando o Corinthians campeão do 1º Mundial de Clubes em 2000. Se é que isto serve de consolo num ano triste para a Fiel Torcida.
Enfim, isto vai dar pano pra manga, os santistas vão chiar, rubro-negros, gremistas e são-paulinos idem. Mas se dizem que vale o que está escrito...
Curiosidades:
- todos os clubes brasileiros campeões da versão FIFA do Mundial jogaram de branco. Humm... isso dá o que pensar hein...
- todos os jogadores brasileiros eleitos pela FIFA como Melhor do Mundo têm nomes iniciados com a letra R - Romário, os dois Ronaldos, Rivaldo e... Kaká.
Claro, Kaká é apelido. O nome de batismo dele é Ricardo.
Em tempo: não acredito que Marta leve o prêmio entre as mulheres. A Alemanha foi a campeã mundial e a craque Birgit Prinz está se aposentando. Logo...
sábado, 15 de dezembro de 2007
Ecos de Sampa
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
O tiro certeiro e o "restam 3"
Aliás, nunca o mercado de pilotos da Stock Car esteve tão agitado quanto agora. Vagas serão disputadas à tapa, até porque serão apenas 34 pilotos em dezessete equipes inscritas na temporada 2008.
E na Fórmula 1, agora restam três vagas. A McLaren confirmou hoje o que era mais ou menos óbvio: Heikki Kövalainen, que fez uma primeira temporada razoavelmente boa pela Renault, assinou contrato com a escuderia de Ron Dennis "por longo período", segundo informações da revista britânica Autosport - que desta vez não deu furo.
Pedro de la Rosa vai ficar como o reserva imediato e Gary Paffett terá mais um ano como test-driver.
Bem... agora são cinco nomes e três vagas: Sato, Davidson e Filippi na Aguri; Klien e Fisichella na Force India. Quem vai dançar?
Cartas para a redação.
Chama o síndico!
Mas o homenageado desta sexta não é um qualquer. Tem livro sobre ele, aliás, dois. O primeiro é bastante polêmico, escrito pelo paraguaio Fábio, que ajudou e foi ajudado por este cantor nos anos setenta. O segundo é de autoria de uma pessoa com suficiente conhecimento de causa para fazê-lo: Nelson Motta, amicíssimo de... Tim Maia.
É isso aí... o papa do soul e do funk no Brasil, morto em 1998 aos 56 anos em decorrência de uma parada cardiorespiratória, será lembrado em toda a sua carreira, que começou na Tijuca, fez uma escala não muito agradável nos EUA e decolou em 1970, quando compôs sucessos como "Você", "Não vou ficar", "Coroné Antônio Bento", "Primavera", "Cristina", "Padre Cícero" e muitas outras.
Tim foi uma usina de hits dançantes, arrebenta-pista mesmo, e de problemas - muitos - com todas as gravadoras. Chegou a um ponto em que ele foi considerado persona non grata nas cinco majors do mundo musical - Polygram (hoje Universal), CBS (a atual Sony Music), EMI-Odeon, WEA (a Warner Music) e RCA Victor. Insatisfeito com tudo e todos, especialmente com a "indústria do jabá", que ele tanto condenava, e especialmente com o roubo dos royalties das vendagens monstro de seus discos, fundou sua própria editora musical - a Seroma, iniciais para Sebastião Rodrigues Maia, seu nome de batismo.
Assíduo praticante do que ele chamava de triatlon - uma maratona regada a uísque, maconha e cocaína - e halterogarfista de mão cheia, surpreendeu em certa época quando ficou careta, desintoxicou-se, emagreceu e entrou no Universo em Desencanto. Foi quando produziu dois álbuns espetaculares na concepção de arranjos e harmonia, com uma banda afiadíssima - o embrião da famosa Banda Vitória Régia. Mas as letras eram praticamente todas sobre o Racional Superior, com exceção honrosa às sensacionais "Ela Partiu" e "Meus Inimigos". No fim de 75, Tim Maia deixou o sagrado de lado e voltou à vida profana, cantando as músicas de sempre e fazendo o que mais gostava.
Mestre na "cornitude" e em músicas "esquenta-suvaco" e "mela-cueca", Tim arrebanhou legiões de fãs que sempre o idolatraram, mesmo quando não comparecia aos shows - o que em praticamente toda a sua carreira tornou-se corriqueiro. Foi homenageado por Caetano Veloso em "Podres Poderes" e "Eclipse Oculto" e - suprema glória - por Jorge Benjor, seu amigo dos tempos da Tijuca, em "W Brasil", onde o Babulina conclamava que o Brasil precisava de um síndico do naipe de Tim Maia.
Divertidíssimos também foram alguns dos seus aforismos que entraram para a história.
"O problema do gordo é que quando ele beija não penetra, e quando penetra não beija."
"Num país onde traficante cheira, puta goza e pobre vota na direita, não existe técnico de som."
"Aquele sujeito é muito quatro-quatro-meia", explicando quando alguém não chegava a ser cinco - ou seja, nem mais, nem menos.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
X do problema
Eu sou da geração Sessão Desenho, Vila Sésamo, Sítio do Pica-Pau Amarelo e, vá lá, Bozo. A Xuxa, pra mim, não passava de uma modelo que vivia fotografando com o Pelé e para revistas como Ele & Ela e Playboy.
Pois bem: e eis que em 1983 ela estréia na também neófita Manchete com um programa chamado "Clube da Criança" e nos últimos 24 anos sempre nos acostumamos a ouvir que ela era a "Rainha dos Baixinhos". Mas não é bem assim que a banda tem tocado.
O seu atual programa no horário matinal vem levando seguidas surras da concorrência. O game Conexão Xuxa toma pau do Pica-Pau, líder no horário do meio-dia - e isso aos domingos! E ela, não satisfeita, ainda conseguiu um programa no sábado 'para a família', dizem.
São paliativos para não pôr a loira na temida geladeira, mas uma coisa é certa: o programa infantil, o tal do TV Xuxa, não passou de ano e fica de fora da grade da Globo em 2008.
Pensando bem, é uma boa. Ora... hoje o que é que as crianças têm de melhor pra ver? Simples: Disney Channel, TV Rá-Tim-Bum, Nickelodeon, Discovery Kids, Cartoon Network, Jetix e Boomerang. Nada menos que sete alternativas na TV a cabo, afora os bons desenhos exibidos pela concorrência da Globo - sendo que o eterno Pica-Pau segue, surpreendentemente, sendo um fenômeno de audiência.
Clip da semana - "Kashimir"
Divirtam-se!
Poucas vagas restam... quem vai?
Super Aguri
A equipe B da Honda sofreu com a falta de fundos e terminou o ano com um rombo financeiro que fez a montadora japonesa acender a luz de alerta. Falou-se até na extinção da escuderia, mas é bem possível que continuem em 2008. Takuma Sato, protegido da Honda, deve ficar. A salvação viria na contratação do italiano Luca Filippi, que levaria uma considerável quantia em patrocínios.
Force India
Tudo indica que Adrian Sutil permanecerá no ano que vem e que apenas dois pilotos despontam com chances reais para conquistar a outra vaga: Christian Klien e o recém-demitido Giancarlo Fisichella. Pesa a favor do austríaco a juventude e a velocidade. O italiano tem como pontos fortes a experiência, a motivação - que dizem estar ainda em alta - e os bons resultados que alcançou nos testes coletivos do início do mês, quando foi o sétimo mais rápido.
McLaren
Também dispôe de apenas duas opções ao estilo BBB (bom, bonito e barato): Pedro de la Rosa, que é o piloto titular de testes, aceitaria numa boa a condição de segundo piloto e trabalharia bem ao lado de Lewis Hamilton. Mas se Ron Dennis quer dar a volta por cima, tem que pensar em Heikki Kövalainen, a revelação finlandesa que começou mal em 2007, mas melhorou muito no decorrer do campeonato.
Eu aposto em Sato e Filippi na Aguri, Fisichella na FI e Kövalainen na McLaren.
E vocês?
Derrota merecida
Mas hei de convir que esta derrota do governo quanto o prolongamento da CPMF foi merecidíssima.
A CPMF, uma herança da gestão FHC que o PT ousou manter e defender, teve vida curta quando foi chamado de IPMF. Mas os tucanos voltaram com a matéria no congresso e em 1996, com o fito exclusivo de arrecadar tributos para a área de saúde, o imposto voltou com alíquota de 0,2%.
Lembro que a partir de 1999, quando me tornei de fato um assalariado, nunca engoli muito a proposta dessa CPMF. A cada movimentação - saque, compensação de cheques e quetais, sempre fomos mordidos em alguns centavos, o que pode não fazer muita diferença no bolso.
Mas faz. Principalmente num país onde os juros são escorchantes e os impostos absurdos. A minha restituição em 2007 mal passou R$ 500. Hoje, o que uma pessoa é capaz de fazer com esse dinheiro?
Quanto muito, uma boa compra de supermercado e olhe lá.
Isso se não houver contas a pagar e dívidas a cobrir, porque a restituição do IR hoje virou um socorro semelhante ao 13º salário na vida da população de classe média.
O fim da CPMF podia servir de aviso para os futuros governos de que a população brasileira não está satisfeita com o tamanho absurdo dos tributos que somos obrigados a pagar. Porque aqui as coisas funcionam assim: ninguém faz nada de vontade própria, é tudo por obrigação, por imposição.
Inclusive o voto, que deveria ser facultativo.
No dia em que isto acontecer, a turba de Brasília terá uma bela resposta.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Maria Irrita
Esta outra enquete teve muito mais votantes e um resultado bem mais acachapante que a primeira. E como eu já imaginava, quem chegou na frente foi Maria Rita, já apelidada por aqui (com meu entusiástico apoio) de Maria Irrita. Ela teve 40 votos (32%), superando bem o vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, que somou 28 votos (22%) no pleito.
O ministro da Cultura Gilberto Gil foi alçado à medalha de bronze em disputa duríssima com outro pilar da chatice no Nordeste: Chico César. O baiano teve 18% contra 14% do compositor de Catolé do Rocha.
A lanterna da eleição foi também disputada palmo a palmo, e Moska ficou em penúltimo somando 7% dos votos. O grupo carioca Biquíni Cavadão, com galhardia, fechou a eleição como o "menos mala" e 5% do total.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
O efeito Piquet
Eu costumo dizer que não tenho relações de amizade com qualquer piloto. Acho que só o respeito que podemos ter entre nós já é mais do que suficiente para ótimos momentos de conversa ou mesmo (e principalmente) excelentes informações, fundamentais para o nosso trabalho - quer seja em rádio, jornal, TV ou internet.
Pois há duas semanas atrás, quando a Stock esteve em terras cariocas, este escriba caminhava pelo paddock alagado e chuvoso de Jacarepaguá, quando à minha esquerda desponta uma figura conhecida: era Rafael Sperafico, chamando para um papo.
E não foi um papo curto, como costuma ser nessas ocasiões. Pra alguém notoriamente tímido como ele, tratou-se de uma conversa longa, franca, sobre frustrações no automobilismo, a carreira internacional prematuramente interrompida, a passagem pela Super Clio, a estréia na Stock Light, o futuro para 2008, uma possível permanência na Full Time Sports, vislumbrada no horizonte... despedimo-nos com um abraço forte. Ele iria treinar e eu voltava à sala de imprensa para poder atualizar meu blog.
Os sonhos e planos de Rafael Sperafico foram bruscamente interrompidos ao fim da sétima volta de uma corrida que, como já disse em postagem anterior, foi marcada pela imprudência de dezenas de pilotos. André Bragantini Jr., vice-campeão da categoria Light e outro por quem tenho grande estima, estava indignado com a quantidade de rodadas em tão poucas voltas. Fernando Parra foi taxativo: "Os que rodam, batem e provocam acidentes são sempre os mesmos."
Lições serão tiradas desta tragédia. Quem sabe a FIA finalmente percebe que Interlagos precisa de uma área de escape na Curva do Café? Quem sabe a Vicar e a JL se cotizam para que se apresse o lançamento do carro novo?
A Stock não é tida como a categoria "top" do automobilismo brasileiro?
O momento é de união e não se pode pensar em proveito próprio, em egoísmos e egocentrismos baratos. A Stock precisa rever conceitos. Deixar 34 carros correndo a cada etapa já é um passo, porque os mais fortes sobreviveram e por merecimento, têm que correr. Se é para o bem de todos, que se gaste mais no orçamento e sejam implementados novos conceitos de segurança.
A Nascar tem, em cada carro, pelo menos cinco barras laterais sobrepondo uma a outra. E lá, não existem pilhas de pneus nos ovais. Quando se bate, é no muro que o carro vai. Ok... eles até atravessam a pista em alguns incidentes. Mas a segurança passiva dos Stocks estadunidenses é praticamente perfeita.
Voltando ao assunto lá do primeiro parágrafo, torço claramente para que NAP tenha uma estréia digna na Fórmula 1. Ele assume um discurso a princípio perfeito: o do aprendiz que tem muito a ganhar na companhia de Fernando Alonso. Ótima estratégia, assim ele sabe que não poderá ser muito cobrado, embora o peso do sobrenome Piquet em algum momento lhe venha cobrar a conta.
Mas não duvidem: ele será um concorrente de respeito a partir de 2009.
E, quem sabe, um futuro campeão do mundo.
***
É sabido que o anúncio oficial da dupla Alonso-Piquet foi feito ontem. Mas, na quinta-feira, quando estava num táxi em plena Av. Água Espraiada a caminho do hotel, em Sampa, recebi uma ligação. Era o companheiro de trabalho Virgílio Dias, me consultando sobre o imbroglio da espionagem da Renault, cujo veredito acabara de sair.
Depois que terminou de falar, falei pra ele:
"Pode escrever aí, até segunda-feira, a Renault confirma Alonso e Nelson Ângelo Piquet como sua dupla para 2008. E o Kovalainen deve ir para a McLaren."
Bem... parte da previsão foi certeira. Falta confirmar o resto.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Acabou a novela: Alonso volta à Renault
Nada mais lógico, pois era aguardada a decisão do Conselho Mundial da FIA sobre a não-punição à Renault. Como os homens de terno deram seu veredito na última quinta e a Régie escapou, o acordo foi rapidamente assinado.
Alonso fechou um contrato de dois anos, mas foi esperto. Incluiu uma cláusula que lhe permite a rescisão ao fim do primeiro ano do compromisso, visto que o sonho do asturiano é correr na Ferrari no futuro. Sonho este facilitado com a saída de Jean Todt do cargo de diretor esportivo.
Junto com o fim desta novela que já se arrastava de forma chatíssima, veio a confirmação de que Nelson Ângelo Piquet, que também estava assinado faz tempo, será o companheiro de equipe de Fernando Alonso. Aos 22 anos, NAP traz mais um sobrenome campeão do mundo de volta à Fórmula 1. E se Nelsão garante que o moleque é bom... quem sou eu pra discordar.
Ah... nem tudo foram boas notícias: Romain Grosjean será o piloto de testes, ceifando as chances do brasileiro Lucas di Grassi.
É... na Fórmula 1, tudo tem seu preço.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Rafael Sperafico
Rafael Sperafico, integrante de tradicionalíssima família do esporte-motor, primo dos gêmeos Ricardo e Rodrigo - este vice-campeão da Stock V-8 - faleceu durante a corrida da Stock Light, a última da temporada.
Durante a gravação da corrida, eu tinha comentado repetidas vezes que esta corrida tinha que ser disputada com respeito entre os pilotos, até porque seria a decisão do campeonato entre Norberto Gresse Fº e André Bragantini Júnior.
E tudo o que faltou entre grande parte dos 32 participantes daquela competição foi respeito.
Houve um festival de toques, batidas e rodadas. E o ponto culminante, o ponto lamentável, aconteceu no fim da sexta volta, quando a plena velocidade o piloto de Toledo entrou na proteção de pneus e foi atingido a pleno por Renato Russo.
Imagens impressionantes pra quem, como eu e o colega Daniel Pereira, que conduzia a narração, viram do estúdio. Imagino para quem estava no autódromo. Pior ainda, para os pilotos, amigos de Rafael - uma figura muito querida na comunidade da Stock Car. E mais doloroso para a equipe médica, que teve que cumprir o dever de tentar reanimar o piloto e tentar tornar o impossível um fio de esperança.
O acidente vai dar munição aos detratores que vêem a categoria como Stock-Crash. Mas por outro lado, dá a pensar no seguinte: por que é que uma pista com homologação FIA não tem uma área de escape decente num ponto muito rápido do seu traçado?
São questões que virão com certeza à baila.
Mas neste momento de imensa dor para a família Sperafico, me solidarizo com todos: Rodrigo, Ricardo, Dilso, Milton, Elói, Fabiano, Guilherme, Alexandre, todos os que estiveram na pista em algum momento de suas vidas, e também mães, tias, demais primos, primas, avôs e avós.
Por hoje, é só.
Xará vice
Mas não foi assim que a corrida começou, pois Thiago Camilo fez a pole e liderou como quis até poucas voltas após uma relargada, quando a bomba de combustível do seu carro pifou e depois houve um princípio de incêndio - rapidamente controlado. Atrás dele, momentos antes, Felipe Maluhy precipitou-se numa tentativa de ultrapassagem e bateu com Rodrigo Sperafico, quase pondo tudo a perder para o piloto da Action Power.
Mas a sorte sorriu para Rodrigo Sperafico, que com a quebra do carro #21 subiu para quarto e pôde assim comemorar o vice-campeonato. Um prêmio para um dos pilotos que mais evoluíram na categoria e que desde já pode ser apontado como um dos favoritos ao título em 2008.
Em tempo: conhecendo o Paulão como a comunidade automobilística o conhece, sabemos que a emoção aflorou do experiente tetracampeão. E uma imagem bacana da corrida é a celebração entre Marquinhos e o irmão Pedro, que também já venceu na categoria.
É... esses Gomes não são mole não.
Daqui a pouco volto, em instantes, começa a decisão da Stock Car Light, com Betinho Gresse e André Bragantini Jr. na disputa pelo título.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Stock in Sampa X
Stock in Sampa IX
Na V-8 principal, dois dos postulantes ao vice-campeonato, Thiago Camilo e Rodrigo Sperafico, dividem a primeira fila. A Júnior viu a pole position de Eduardo Leite e Gustavo Sondermann foi o mais veloz na divisão Light.
O sábado não foi marcado só pelo calor inclemente. Como disse o amigo Fred Sabino em sua última postagem no blog que ele tem no Lance!, hoje foi aniversário do Braga (parabéns, Braga!), assessor de imprensa da Stock Car. Além da festa que a Action Power promoveu com a presença de jornalistas, pilotos atuais e antigos e demais agregados, para celebrar 20 anos de existência, recheados com seis títulos e 55 vitórias - só na Stock Car.
Parabéns a Paulo de Tarso e Afonso Rangel, os grandes dínamos da existência de uma equipe que é referência e faz parte da história do automobilismo brasileiro.
Stock in Sampa VIII
Pois bem: o trio da Cidade Maravilhosa formado por mim, Fred e Rafael sofreu para chegar em Interlagos neste sábado. Cortesia de um taxista dos mais esdrúxulos que já conheci.
Nosso colega Fred, com a verve que lhe é peculiar, retratou bem o nosso drama.
Quem quiser, que acredite.
Stock in Sampa VII
Na categoria Light, já aconteceu o terceiro treino livre e Gustavo Sondermann foi o mais veloz, com 1'44"219. De novo os postulantes ao título andaram juntos: Norberto Gresse fechou a sessão em segundo e André Bragantini Jr. em terceiro.
Detalhe: no Rio, após a chegada, os dois bateram. Mas o clima de camaradagem entre eles é muito grande e o risco de uma repetição do incidente é zero. Pelo menos na minha opinião.
Na Júnior, Cauê Carvalho foi o mais rápido. O líder do campeonato Thiago Riberi fechou a sessão em terceiro.
Eu volto logo.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Stock in Sampa VI
André Bragantini Jr., no que parece ser um match race contra seu rival na briga pelo título, foi o segundo melhor e Rafael Sperafico terminou o dia com a terceira marca. Ao todo, 33 carros andaram durante o dia e a categoria terá a estréia de André Posses - que foi bem e fez o décimo tempo - e o retorno de Renê Bauer, na vigésima-primeira colocação.
Amanhã, ou mais tarde, volto.
Stock in Sampa V
Thiago Camilo fechou o dia na terceira colocação e Juliano Moro, que vai lutar para classificar a Nascar Motorsports entre as dezesseis melhores equipes com acesso para o próximo ano, terminou em quarto. Cacá Bueno foi o quinto.
Tempos:
1. Marcos Gomes - 1'47"331
2. Rodrigo Sperafico - 1'47"540
3. Thiago Camilo - 1'47"708
4. Juliano Moro - 1'47"736
5. Cacá Bueno - 1'47"781
6. Chico Serra - 1'47"795
7. Ricardo Maurício - 1'47"839
8. Allam Khodair - 1'47"855
9. David Muffato - 1'47"906
10. Enrique Bernoldi - 1'47"909
11. Antonio Jorge Neto - 1'47"929
12. Felipe Maluhy - 1'47"972
13. Valdeno Brito - 1'47"992
14. Thiago Marques - 1'48"141
15. Ingo Hoffmann - 1'48"199
Stock in Sampa IV
Na Stock Light, José Mário de Castilho deu seu pancadão de traseira que afetou o chassi, já despachado para a sede da JL (a antiga ZF Racing), na Granja Viana. Mesmo destino teve o carro de Ricardo Sperafico, da WA Mattheis, que bateu de frente e tão forte que toda a seção dianteira será cortada e uma nova inteiramente produzida para que o piloto de Toledo possa treinar amanhã.
Logicamente, os dois não andam mais nesta sexta.
A V-8 volta à pista para seu segundo treino livro e neste momento o mais rápido é Ingo Hoffmann, com 1'48"199. Thiago Camilo é o segundo e Rodrigo Sperafico, o terceiro.
Vuelvo después. Aguardemmmmmmmmmm!
Stock in Sampa III
Valdeno Brito, o quinto colocado, assinou com a A. Mattheis Motorsport. É a notícia que pintou hoje em Interlagos. E quem sai? Ricardo Maurício ou Marcos Gomes?
Cartas para a redação.
Tempos:
1. Rodrigo Sperafico - 1'47"665
2. Allam Khodair - 1'47"944
3. Felipe Maluhy - 1'47"952
4. Ingo Hoffmann - 1'48"022
5. Valdeno Brito - 1'48"181
6. Thiago Camilo - 1'48"316
7. Paulo Salustiano - 1'48"317
8. David Muffato - 1'48"424
9. Enrique Bernoldi - 1'48"665
10. Ricardo Maurício - 1'48"886
11. Marcos Gomes - 1'48"894
12. Antonio Jorge Neto - 1'48"963
13. Alceu Feldmann - 1'48"988
14. Thiago Marques - 1'49"017
15. Flávio Nonô Figueiredo - 1'49"094
Stock in Sampa II
Antônio Jorge Neto é o terceiro mais rápido e Valdeno Brito o quarto. O campeão Cacá Bueno sequer arriscou uma saída para a pista e ainda não treinou nesta manhã. Duas caras novas estão andando em Interlagos: Nelson Silva Júnior, creio que com o Bora que Gualter Salles gentilmente se recusou a guiar aqui em Sampa, e Galid Osman, o Duda, com um carro da Tatu Motorsports.
Em menos de 40 minutos, trago os tempos finais da sessão.
Assim espero.
Stock in Sampa
Luiz Carreira Júnior foi o segundo colocado na sessão livre e Gustavo Sondermann terminou em terceiro. Os dois postulantes ao título começaram em marcha lenta: André Bragantini Júnior foi o décimo e o líder do campeonato, Norberto Gresse, foi o 12o.
Tempos:
1. Rafael Sperafico - 1'59"489
2. Luiz Carreira Jr. - 2'00"496
3. Gustavo Sondermann - 2'00"573
4. Tiago Gonçalves - 2'00"647
5. Dudu Santos - 2'00"953
6. Cláudio Capparelli - 2'01"101
7. Vicente Siciliano - 2'01"248
8. Leonardo Burti - 2'01"294
9. Ariel Barranco - 2'01"931
10. André Bragantini Jr. - 2'01"955
11. Afonso Bastos - 2'02"146
12. Norberto Gresse Fo. - 2'02"534
13. José Mário de Castilho - 2'02"798
14. Rafael Daniel - 2'02"892
15. Eduardo Berlanda - 2'03"093
Redundância
Isto posto, já estou em Interlagos acompanhando os treinos da última etapa da Stock Car e a Light é quem está na pista. Bem... no momento nenhum carro está no traçado, pois foi desfraldada uma bandeira vermelha há instantes. Somente agora o treino foi reiniciado.
O melhor tempo até aqui é de Luiz Carreira Júnior, com 2'00"496 - uns 15 segundos mais lento do que a Light anda com pneus slicks em Interlagos.
A Stock Júnior já andou em seu primeiro treino livre e o líder do campeonato, Thiago Riberi, foi o mais veloz, com Cauê Carvalho em segundo e Lucas Finger na terceira posição.
Em instantes, eu volto.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Culpados, porém impunes
Assim como aconteceu com a McLaren, que foi "punida pero no mucho", a Renault também foi considerada na reunião desta quinta do Conselho Mundial da FIA, culpada pela acusação de espionagem industrial que lhe foi imputada... ora vejam, pela McLaren!
O pivô de uma história menos controversa que o "Stepneygate" foi Phil Mackereth, que mui gentilmente abasteceu a Renault de informações sigilosas levadas da equipe de Woking, onde trabalhava.
Incursa no artigo 151, inciso c do Código Desportivo, o mesmo no qual a McLaren foi incriminada há alguns meses, a Renault escapou de punição embora, como eu tenha dito há dois parágrafos, fosse culpada de violação de propriedade intelectual.
A esta altura do campeonato, doido pro ano acabar, Flavio Briatore respira aliviado e agora o pensamento do dirigente da Renault é um só: acertar um contrato com o bicampeão mundial Fernando Alonso para que ele retorne à equipe em 2008, correndo - provavelmente - na companhia do brasileiro Nelson Ângelo Piquet.
Viajandão
Até mais tarde!
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Para o mano Caetano
Muito bem: e eis que o cantor baiano venceu com alguma margem sobre Oswaldo Montenegro a enquete proposta sobre "quem é o maior mala da MPB".
Caetano teve no total 40 votos, contra 36 do seu ferrenho adversário - que acredito não ter vencido a eleição porque tem uma fã devotada (uma amiga muito querida) capaz de trazer um rebanho de votantes pró-OM contra Caetano.
Em terceiro lugar, houve um empate: Los Hermanos e Ana Carolina disputaram palmo a palmo a "medalha de bronze". E morreram abraçados com 14 votos cada. Marisa Monte reinou sozinha em quinto com quatro votos e o menos mala de todos acabou sendo o londrinense Arrigo Barnabé, lembrado somente duas vezes.
Todavia, propus outra enquete onde seis nomes disputam a primazia de ser o "sétimo mala". E como vocês podem ver, a disputa é duríssima entre Maria Rita e Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial.
Clip da semana - "Soul Sacrifice"
Santana soube retribuir o carinho dos brasileiros - que é grande. Veio tocar muitas outras vezes, uma delas no Rock In Rio de 91, quando fez um belíssimo solo de guitarra para "Oceano", de Djavan - chamado ao palco para cantar o hit.
Recentemente, seu disco Duets vendeu horrores e o DVD também fez muito sucesso. Mas nada comparado ao que ele fazia nos anos 70, com versões para clássicos de Tito Puente - "Oye Como Va" e Peter Green - "Black Magic Woman".
Sem contar composições próprias, como a que abalou Woodstock, a sensacional "Soul Sacrifice", que se tornou obrigatória anos a fio, com diferentes arranjos e durações.
No vídeo abaixo, Santana e sua banda - a mesma do festival estadunidense - arrebentam no Royal Albert Hall, em 1971, em uma versão do clássico woodstockiano.
É para ver, rever e guardar na retina. E na memória.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Pequenas maravilhas XIII - Benettons
E a segunda - possivelmente a última - em 21 de outubro de 1990, no GP do Japão, em Suzuka.
Não, não foi por conta do bicampeonato de Ayrton Senna.
E sim graças à histórica dobradinha de Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno naquela corrida, onde não só Senna e Prost bateram logo após a largada, como Berger rodou de forma infantil no início da segunda volta e Nigel Mansell, a velha cavalgadura, moeu o câmbio semi-automático da Ferrari após uma parada recorde de menos de 5 segundos.
Piquet e Moreno, que corriam sem qualquer tipo de pressão, totalmente à vontade, conquistaram resultados duplamente históricos.
O primeiro, tido por muitos como "acabado", venceu pela primeira vez em três anos e deu um grande passo para terminar em 3º no Mundial de Pilotos, atrás apenas de Senna e Prost - um feito histórico, considerando que sua Benetton tinha pelo menos 100 HP de motor a menos que os possantes motores de Honda e Ferrari.
E o segundo, depois de comer o pão que o diabo amassou nas esdrúxulas AGS, Coloni e EuroBrun, viu a oportunidade de correr em Suzuka cair em seu colo quando lamentavelmente o italiano Alessandro Nannini teve um braço decepado (e depois reimplantado) num acidente de helicóptero.
As miniaturas que ilustram esta postagem foram enviadas, mais uma vez, pelo confrade Caíque Pescarolo. Produzidas pela Hasegawa, do Japão, são em escala 1/24.
Duas jóias que ilustram um momento ímpar, emocionante e grandioso do automobilismo brasileiro na Fórmula 1.
Já vi esse filme
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Daytona 2008 já começou
O experiente piloto brasileiro já não será o único representante do nosso país na Grand-Am, pelo menos nas 24 Horas. É que a Krohn Racing anunciou hoje a formação dos trios que vão compor os dois Lola Pontiac que a equipe vai alinhar: o carro #75 terá Tracy Krohn / Eric van de Poele / Oliver Gavin e o bólido #76 ficará com Nic Jönsson / Darren Turner / Ricardo Zonta - que já correu pela equipe em Sonoma, na Califórnia, neste ano.
Com a mesma base mecânica, mas com o chassi Riley, o mesmo com o qual ganharam a série em 2007, os pilotos Jon Fogarty e Alex Gurney já sabem quem correrão com eles em Daytona no carro #99 da GAINSCO / Bob Stallings Racing: o experiente Jimmy Vasser, de 42 anos, e Jimmie Johnson, o atual bicampeão da Nascar, a Stock Car estadunidense.
A Alex Job Racing / Ruby Tuesday definiu que Bill Auberlen e Joey Hand serão os pilotos do Crawford Porsche #23 na temporada completa. Os demais nomes que comporão a equipe em Daytona ainda não foram definidos, sendo que Patrick Long e Jörg Bergmeister, que guiaram o carro neste ano, têm poucas chances de fazê-lo no ano que vem. Long deve ser, inclusive, anunciado como o substituto de Ryan Briscoe na equipe oficial Porsche na ALMS.
Já Wayne Taylor, que se retirou da pilotagem ao fim deste ano, contratou o canadense Michael Valiante, até então na Chip Ganassi / Felix Sabates, para substitui-lo e acompanhar Max Angelelli na condução do #10 SunTrust Riley Pontiac - que neste ano de 2007 teve em Daytona os reforços de Jan Magnussen, Jeff Gordon, Jonathan Cochet e Memo Gidley.
A temporada, com 14 provas no calendário, começa nos dias 26 e 27 de janeiro. Os treinos livres serão de 4 a 6 de janeiro - claro, em Daytona.
Você discorda?
E o time da Bola de Prata de 2007 é este:
Rogério Ceni
Leonardo Moura
Thiago Silva
Breno
Kléber
Richarlyson
Hernanes
Thiago Neves
Valdívia
Leandro Amaral
Acosta
São quatro jogadores do São Paulo, dois do Fluminense, e um cada de Palmeiras, Náutico, Santos, Flamengo e Vasco.
Dois destes onze (Acosta e Valdívia) são estrangeiros.
E pela primeira vez, o Bola de Ouro é um atleta do Fluminense: Thiago Neves, graças à ótima partida contra o Santos, derrotou a revelação Breno e levou a taça.
"Agradeço ao Breno por não ter jogado", gracejou o meio-campista, que travou um duelo palmo a palmo com o zagueiro do São Paulo pelo troféu. "Brincadeiras à parte, é um prêmio e tanto, num ano onde pude ajudar o Fluminense na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro."
Aos 22 anos, Thiago Neves foi o artilheiro do Flu com 13 gols. E se não é um craque, pelo menos foi um dos jogadores que mais se destacou não só no clube carioca como também em todo o campeonato.
Puxa-saquismos à parte (eu acho que o Felipe merecia a Bola de Prata como goleiro), as notas foram justas e os eleitos, em sua maioria, merecedores dos seus prêmios.
Se alguém discordar... entre e fique à vontade.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Pequenas maravilhas XII - BS-McLaren M23 de Nelson Piquet
Pitacos finais do Brasileirão
Um ano repleto de confirmações.
- O São Paulo, enquanto não tiver adversários e organização à altura, é o melhor time do Brasil.
- Só Vanderlei Luxemburgo pode ser capaz de levar um time como este do Santos para a Libertadores.
- O Flamengo conseguiu o que parecia impossível, chegou na competição continental, mas foi incompetente para ser vice-campeão - um resultado que, aliás, seria irreal e surreal para um time mediano, porque não dizer, medíocre.
- Digno no minimo de um vice-campeonato é o Fluminense, que fez uma despedida honrosa, ao nível de suas tradições, goleando por 4 x 2 o freguês Santos na Vila Belmiro, numa atuação exemplar de Luiz Alberto, Arouca e Thiago Neves.
- Que com inteira justiça deve ser o Bola de Ouro da revista Placar, após disputa duríssima com o excelente zagueiro são-paulino Breno, uma grande revelação do futebol brasileiro em 2007.
- Companhia ao nível do jovem jogador do tricolor paulista, só Thiago Silva, este sim merecedor - já - da camisa amarela da seleção brasileira. Só que o Dunga não enxerga jogadores made in Brasil.
- O Palmeiras eliminado da Libertadores por um guerreiro Atlético-MG é justiça sendo feita pelo que aconteceu com o Flu em 2005.
- E o melhor de tudo, o melhor deste 2 de dezembro, aconteceu no Olímpico.
- Repetindo o que já aconteceu com Fluminense, o mesmo Grêmio, Bahia, Vitória, Coritiba, Portuguesa, Atlético-PR, Atlético-MG, Palmeiras e Botafogo, todos estes clubes campeões ou finalistas do Brasileirão...
- O CORINTHIANS CAIU!
- E com inteira justiça, diga-se. Pois com um elenco horroroso, onde a melhor coisa dos onze titulares é o goleiro, alguém duvidava que a tragédia que vinha se desenhando desde há alguns meses iria deixar de acontecer?
- Felipe é bom demais pra continuar goleiro do Corinthians em 2008. Tem lugar em qualquer clube de nível. Tem lugar em qualquer dos quatro times já classificados automaticamente para a Libertadores.
- A queda do "Timão" é apenas a pá de cal num ano desastroso que culminou com o fim da parceria com a MSI, dos nefandos e nebulosos Kia Joorabchian, Boris Berezovsky e Renato Duprat, que resvalou na administração de Alberto Dualib e do seu comparsa - e vice-presidente - Nesi Curi.
- Diria que o Corinthians, em menos de dois anos, foi do céu ao inferno. Mas, para um clube onde confessamente o presidente afastado garantiu que o título de 2005 foi roubado, fez-se justiça.
- Faço agora um desafio. Quero ver se a torcida do Corinthians é mesmo fiel, lotando o Morumbi com 50 mil espectadores às 11 da manhã num jogo contra... o ABC!
- Um filme que lamentavelmente eu já vi.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
30 vezes Audi
E parece que não será num futuro próximo que isto vai acontecer.
A montadora sediada em Ingolstadt anunciou hoje no Essen Motor Show seu programa de motorsport para 2008, contemplando 30 eventos - mais do que no ano passado - porque a Audi investirá numa presença a tempo inteiro na... Le Mans Series.
Sim! Depois da passagem do R8 pela categoria em 2004 e 2005, no próximo ano a categoria verá o duelo Audi x Peugeot - ambos os protótipos com motores turbodiesel. Os franceses venceram as seis corridas neste ano, e se prosseguirem na LMS não terão a menor moleza.
A preparação do único Audi R10 TDi confirmado na categoria e que estréia nos 1000 km de Barcelona, ficará a cargo do lendário Reinhold Joest, vencedor dos 500 km de Interlagos em 1972, com um Porsche 908/3. Os pilotos não foram confirmados, mas tudo indica que serão Alexandre Prémat e Mike Rockenfeller, que correrão no DTM - o Campeonato Alemão de Turismo.
A Audi seguirá na ALMS, que tem 11 etapas previstas para 2008, com dois carros e quatro pilotos: Dindo Capello, Allan McNish, Marco Werner e Lucas Luhr, cuja escolha foi uma surpresa. Frank Biela e Emanuele Pirro correrão em Le Mans, Sebring e Road Atlanta. Em Le Mans, a marca inscreverá três protótipos, com os mesmos pilotos de 2007.
Os 30 eventos da Audi em 2008 serão:
DTM - 12 etapas
American Le Mans Series - 11 etapas
Le Mans Series - 6 etapas
24 Horas de Le Mans
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Alonso em outra direção?!?
Pois é, camaradas... o asturiano, para surpresa geral, pode parar na Honda. Pelo menos é o que diz o Mundo Deportivo em seu site nesta quinta-feira, com base em reportagem do semanário alemão Sport Bild. Segundo informações, Alonso já teria ido a Brackley - sede da equipe - e experimentado banco e pedais para se adaptar melhor ao RA108.
A Honda quer passar uma borracha na péssima temporada deste ano e já contratou Ross Brawn para ser o diretor-geral, o dínamo da virada que a montadora japonesa precisa para esquecer o que passou com o pior carro que a Fórmula 1 viu em 2007. E nessa história toda, fica a pergunta:
Se Alonso assinar, quem sai? Button? Ou Rubens Barrichello?
Cartas para a redação.